Até sempre, amigo, Raquel Gonçalves
O Nélio morreu! A notícia que não queríamos dar entrou-nos de rompante pela redacção: dura, triste, sem recurso. E, de repente, é tão difícil escrever. O Nélio era um dos nossos. Um amigo, um camarada de profissão. Uma voz nas ondas da rádio que ontem nos encheu de silêncio. Um silêncio doloroso, um silêncio já de saudade.
Todas as palavras me parecem pouco para fazer a homenagem necessária e justa ao Nélio. Lembro-me do empenho, das suas ideias, do quanto acreditava nesta missão de informar que nos une e, sobretudo, do quanto acreditava na vida. Por isso, custa-me escrever. Se ao menos não doesse tanto cada palavra, cada memória, eu poderia dizer do jornalista e do homem que foi. Podia ser factual, cumprir as regras de todas as notícias. Mas nada nos prepara para a notícia de um adeus a um amigo, e, para nós, o Nélio era sobretudo isso, um amigo, um dos nossos.
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