sábado, 11 de abril de 2009

Indepedentes nas candidaturas partidárias

1. Sempre defendi e defendo que os cidadãos independentes podem ser uma mais-valia na política, porque, não tendo optado por um partido, podem dar bons contributos à política.
2. Contudo, há cidadãos que decidiram ser independentes por comodidade, sem as agruras que a vida partidária acarreta, que falam com nojo dos partidos e da vida política mas estão sempre prontos a ser candidato de qualquer partido e a ministro de qualquer governo.
3. Aquilo que se passou nas últimas regionais no PS-M foi um escândalo: ficou um vice-presidente e o secretário-geral de fora dos lugares elegíveis, o que é inédito, e não se pode argumentar apenas com o resultado excepcionalmente mau, para incluir pessoas que, voluntária e legitimamente, tinham-se afastado da vida político-partidária.
4. Entendo, por isso, que a inclusão maioritária de independentes na lista do PS para a Assembleia da República, em lugar elegível, em detrimento daqueles que deram e dão a cara, com sacrifícios pessoais, pelo partido e pelo seu projecto é inadmissível.
5. A não inclusão de novos quadros do partido em lugares de relevância política com o argumento de que não são conhecidas impede a renovação do partido e o aparecimento de alternativas políticas, e, diga-se de passagem, às vezes é mesmo esse o propósito.
(Já fui convidado por um líder do PS para um lugar efectivo para a AR, 5º. lugar, que recusei por razões que nada têm a ver com a essa posição. O referido líder argumentou que não me atribuía um lugar mais cimeiro porque eu não era conhecido, não obstante as competências políticas, dizia o referido líder, que, aliás, considero um dos menos facciosos da história do partido).
6. Depois, há um grupo no PS que parece que, por direito divino, tem sempre lugar cativo nas candidaturas, com o argumento de que já tem notoriedade: pudera, se os outros não têm oportunidade. Aliás, essa da notoriedade provoca situações caricatas: recordo-me de uma certa candidata a vereadora que era tida como notável - dentro de certo círculo, é claro -, e que a maioria dos militantes só conheceu no acto eleitoral, e, como os militantes, os cidadãos.
7. Dou um exemplo, entre muitos, será que o Dr.Rui Caetano, não tem currículo político e académico para integrar a candidatura à AR em lugar elegível?
8. O que é que os militante andam a fazer no Partido: a acarretar pianos, como soe dizer-se? Basta!
9. Portanto, das duas uma: ou os eventuais independentes são mesmo uma mais-avalia ou provocarão incómodo dentro do partido. E, note-se, não é por serem doutorados que passam a ser, só por isso, uma mais-valia política, e, sem cinismos, uma mais-valia eleitoral.
10.Aguardemos e cá estaremos.

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