quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A Oposição interna está a aproveitar uma candidatura libertária para fazer movimentação facciosa no interior do partido

1. Não haverá fim deste Regime na Região sem uma alternativa consistente e não haverá alternativa consistente sem o PS.
2. Há quem, em aliança objectiva com o Regime, mesmo que sem esse intenção estratégica, a tentar fragilizar o PS. Com isso, está a impedir a construção de uma alternativa.
3. Esta notícia nada tem de novo. Já o tinha clarificado aqui e aqui.
4. A questão que se tem de colocar, em termos de equação é esta. Há elementos da Oposição interna que publicamente dão a cara por uma candidatura mas já dão mostras públicas de queter tirar proveito político de eventuais maus resultados dessa candidatura. A atitude é condenável, mas, colocados os dados da equação, uma vez que pretendem fazer uma leitura facciosa desses resultados o que se pergunta é, se efectivamente, estão a apoiar essa candidatura ou estão a apoiar outra candidatura de forma informal? Já o fizeram nas autárquicas. Há um conhecido elemento da oposição interna que se gaba ele mesmo de ser um dos responsáveis pela candidatura libertária.
5. E a candidatura libertária - vai deixar-se instrumentalizar por essa facção? Também é provável que esta atitudes destes elementos está a afastar potenciais votantes.
6. Quanto à questão facciosa, estes dados, se fosse para fazer esta leitura facciosa, serviria para responsabilizar esses elementos. Mas, é bom que se repare, até que ponto vão os princípios desta facção. São capazes de usar uma eleição presidencial para seu uso faccioso. Já o tentaram fazer com o projecto político sério e que abalou o regime da Plataforma Democrática.
7. As candidaturas presidenciais são acima dos partidos. Os cidadãos são livres de apoiar quem quiser. Respeito o candidato da voz da Liberdade, mas tenho grandes simpatias por outras candidaturas: a candidatura libertária que se quer afirmar contra o kitsch de qualquer poder, não obstante poder criar uma dinâmica que pode objectivamente servir o regime se não for estratégica e ficar refém dos que só querem corrgir o rumo deste regime, e tenho ainda simpatia pela candidatura utópica que representa, obviamente, uma utopia para toda a humanidade, não obstante depois os erros trágicos que foram cometidos. Também me identifica com a doutrina cristã não obstante os crimes da Inquisição.
8. Agora, o que eu repudio é a duplicidade dos que dizem publicamente apoiar uma candidatura e estão à sucapa em outra candidatura só para tomarem de assalto o poder no seu partido. Se eu decidisse apoiar uma candidatura, di-lo-ei publicamente. É sabido que nem sempre votei nos candidatos presidencia apoiados pelo PS: em 1976 e em 1980, e tive simpatias por outros candidatos, em 1986. Nestas, o caso repete-se. Agora, não cometo a hipocrisia de dar público apoio a um para arregimentar apoios para outros.

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