quarta-feira, 21 de julho de 2010
A Oposição trabalha para a estatística ou para o povo?
Os partidos da Oposição, alguns, não todos, volta e meia dizem: já apresentamos tantas propostas, disto e daquilo, e sobre isto e mais aquilo. É claro que, na maioria das vezes, ninguém deu por nada. Mas os interessados alimentaram o seu ego desmesurado, foram protagonistas, tiveram direito a retrato. Afinal, trabalham para as estatísticas ou querem mesmo trabalhar a sério para o Povo? Sim, porque não basta dizer que o PSD chumbou todas, porque isso está na natureza das coisas: a primeira, é normal num partido no poder, para mais com maioria absoluta, em qualquer lado do mundo, não governa com o programa dos outros; a segunda, é da natureza do regime, o PSD é autoritário; a terceira, última e decisiva, é que o PSD não paga politicamente por chumbar. E porque é que não paga? Justamente porque os eventuais interessados a quem se destinam as propostas, os sectores a quem elas se destinam nem sequer foram informados, motivados, mobilizados. Apresentar propostas para a Educação sem mobilizar os professores, nem sequer os militantes do partido que as apresenta? Apresentar propostas para a Economia sem informar e dialogar com os empresários? Apresentar propostas sobre agricultura sem falar com os lavradores? Apresentar propostas sobre Cultura sem falar com os agentes culturais, Dr. Rui, Dr. Agostinho, Dr. Miguel - ah, este sou eu, risca - francamente, isso é trabalhar para as estatísticas. Ironias à parte, porque isto, nem sequer se aplica em grande parte ao meu partido - às vezes, até se aplica - as propostas da Oposição até podem ser para chumbar pela maioria - o que não podem é ser ignoradas pela população, porque, nesse caso, o PSD não paga os custos políticos do seu chumbo. Há muito trabalhinho de casa a fazer, meus caros! E não falo do trabalho dos técnicos que, diga-se, às vezes é de má qualidade. Haja mais política e menos tecnocracia!
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