“O agravamento do défice [em resultado das políticas de combate à crise] acabará por afastar (“crowd out”) o investimento privado, programado para o futuro, como muitos clamam?
Isso é absolutamente improvável. Pelo contrário, um programa de despesa pública bem sucedido criará oportunidades lucrativas que encorajarão negócios privados a manter-se abertos ou mesmo a expandir-se, em vez de encerrarem por ausência de uma política de despesa pública anti-crise.
Uma melhoria generalizada da situação económica só pode baixar, e não aumentar, os actuais e proibitivos ‘prémios de risco’ incorporados nas taxas de juro a que estão sujeitos todos os que hoje recorrem ao crédito!
Em nenhuma circunstância a despesa pública presente ou futura, mesmo em grande volume, poderia nas actuais condições, conduzir à subida generalizada das taxas de juro de longo prazo por tal forma que anulasse os efeitos positivos da reanimação da actividade económica e da redução do risco. Bem pelo contrário! A despesa pública acabará por atrair, e não afastar, o investimento privado.”
(Excerto de uma entrevista a James Galbraith; tradução minha [do blogue Ladrões de Biciletas]).
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