segunda-feira, 29 de junho de 2009
Sinecuras
Sinecuras: emprego ou cargo rendoso que exige pouco trabalho. Etimologia ing. «sinecure», significando “benefício eclesiástico sem cuidado real de almas (sem paróquia); por ext. “qualquer função ou situação que assegure uma remuneração sem que seja exigido trabalho ou responsabilidade real; do latim medieval «sine cura», sem cuidado [de almas]; cargo ou emprego que não obriga a nenhuma função ou que necessita de pouco trabalho; situação de repouso; SINÓNIMOS: benesse, boca, conezia (canonicato, funções e rendimento de cónego), governicho (exercício de um cargo modesto), mamola (proveito sem esforço), nicho (aqui, significa emprego) , prebenda (canonicato, sinecura...), tacho (emprego chorudo), tribuneca (aqui, emprego rendoso e de pouco trabalho).
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Etimologia
POR QUE RAZÃO ENTENDO QUE A OPOSIÇÃO SE DEVIA FAZER REPRESENTAR NO DIA DA REGIÃO
1. O dia nacional de um país, o dia de Portugal, de uma Região, o dia da Madeira é um acontecimento cuja simbologia devia unir e não dividir.
2. Concordo com o que disse o Dr. João Carlos Gouveia sobre a qualidade da Democracia na Região. Concordância absoluta quanto ao conteúdo, portanto.
3. Os partidos políticos devem ter uma concepção estratégica sobre as questões e não casuística. Sendo assim, o que devia ser definido, neste caso, é o signficado de cada data comemorativa.
4. A nível nacional, as grandes datas históricas são o dia 5 de Outubro, o dia 25 de Abril e o dia 10 de Junho, dia de Portugal. Destas três datas, só o 25 de Abril é comemorado no parlamento. O dia de Portugal tem um figurino idêntico àquele que é proposto para comemorar o dia da Região.
5. Quando eu era membro da Assembleia Municipal do Funchal estive presente numa comemoração em que discursou o Presidente, no dia do Município. Ia preparado para duas decisões, tendo em conta discursos oficiais em que se ataca sistematicamente a oposição: ou o PGRegional fazia um discurso em que respeitava a função, e eu ficava; ou ele atacava despudoradamente a Oposição, sobretudo o PS, e eu levantava-me e saía. O discurso reteve-se no plano institucional, atitude que aplaudi então, nomeadamente em declarações públicas, chamando a atenção para outras ocasiões em que tal não acontecera.
6. Ora, eu percebo o discurso da Oposição, quanto aos conteúdos, crítica da conduta política do PSD, mas, em nome justamente de novos conteúdos democráticos, discordo da forma.
7. Pode argumentar-se: a presença da oposição caucionaria o poder. Não: a ausência da Oposição é que o desresponsabiliza. Até porque a presença, a dar-se, teria de fazer-se sob determinadas condições, em diálogo com os cidadãos: ou o poder se comportaria com respeito pela data - comemorações regionais para o dia 1 de Julho idêntico às nacionais para o 10 de Junho, ou... .
8. Se assim não fosse, isto é, se o poder partidarizasse, pelo discurso e pela atitude, as comemorações, a Oposição, em bloco, abandonaria essas comemorações - justamente em atitude de respeito pelo carácter regional da comemoração - não esqueçamos a comemoração e o que é comemorar - comemora-se o dia 1 de Julho de 1419 e - parece-me!... - esse, o descobrimento, por mais que este regime nos pareça eterno, não é obra do PSD - e co-memorar é memorar, lembrar, em conjunto, colectivamente (co), um determinado facto histórico relevante.
9. Julgo que esta estratégia seria não só reveladora de uma atitude de fundo sobre a questão, que não dependeria do poder e da atitude do partido que o detém,no ponto de partida, e seria politicamente mais penalizadora para o mesmo poder. Assim, é deixar o campo aberto ao PSD.
10. Resta ainda a questão, que está já tratada implicitamente mas não foi dito de forma explícita, passe a redundância: o facto de os partidos não usarem da palavra. Discordo e lembro, mais uma vez, as comemorações a nível nacional. Em nenhum momento, no dia de Portugal, os partidos intervêm.
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Dia da Madeira
domingo, 28 de junho de 2009
COMO O PÚBLICO TRATOU SECTARIAMENTE OS DOIS DOCUMENTOS DOS ECONOMISTAS SOBRE AS GRANDES OBRAS
LADRÕES DE BICICLETAS
“Pequeno destaque em caixa com fundo...” ou a moral insólita do Público e de José Manuel Fernandes
Um dos pontos cruciais para apreciar a forma como uma sociedade está capacitada para o debate e para o exercício do pluralismo é o modo como faz a recepção do próprio debate, isto é, das controvérsias em que ele se baseia. Para além do fundamento das ideias em diálogo, está em causa saber que “tecnologias” de discussão é que se convocam. Por vezes convocam-se as piores. Entre elas estão a da “credibilidade”: uma ideia é “credível” mas a ideia que se lhe opõe não o é, independentemente dos seus conteúdos ou fundamentos. Outra das más “tecnologias” é a da reserva de legitimidade: mesmo que a questão seja colectiva, só alguns são legítimos intervenientes, em vista de um saber “imperialista” que possam deter. Os outros saberes (e as razões que formulam) são coisas marginais, irrelevantes, fora do assunto. O direito à delimitação do campo da discussão é outra das arrogâncias que mina o debate. Albert Hirschman, um economista exemplar, abordou de forma original questões desta natureza em The Rhetoric of Reaction, um livro de 1991.
Mas há questões mais insidiosas. Uma deles é a do exercício prepotente do poder que se tenha para introduzir a batota no jogo. O que o Público ontem fez é exemplar, neste domínio. Recebeu de forma privilegiada o texto, não recusou esse privilégio, não o publicou ou referenciou mas o Director, em Editorial, atacou-o, assumindo uma resposta a algo que os seus leitores não conhecem. Esta moral é tão amoral que nem precisa de ser qualificada.
Entretanto, hoje, o texto teve uma singela referência no jornal. Ironia das ironias, por baixo do texto, na edição online, vinha uma daqueles frases “técnicas” que, de forma espúria, ficam à disposição dos leitores. Dizia assim: “Pequeno destaque em caixa com fundo que também pode servir de legenda para a fotografia do lado esquerdo”. Se calhar nem tinha a ver com a notícia a que me refiro. Mas a vontade está lá: pequeno destaque...
“Pequeno destaque em caixa com fundo...” ou a moral insólita do Público e de José Manuel Fernandes
Um dos pontos cruciais para apreciar a forma como uma sociedade está capacitada para o debate e para o exercício do pluralismo é o modo como faz a recepção do próprio debate, isto é, das controvérsias em que ele se baseia. Para além do fundamento das ideias em diálogo, está em causa saber que “tecnologias” de discussão é que se convocam. Por vezes convocam-se as piores. Entre elas estão a da “credibilidade”: uma ideia é “credível” mas a ideia que se lhe opõe não o é, independentemente dos seus conteúdos ou fundamentos. Outra das más “tecnologias” é a da reserva de legitimidade: mesmo que a questão seja colectiva, só alguns são legítimos intervenientes, em vista de um saber “imperialista” que possam deter. Os outros saberes (e as razões que formulam) são coisas marginais, irrelevantes, fora do assunto. O direito à delimitação do campo da discussão é outra das arrogâncias que mina o debate. Albert Hirschman, um economista exemplar, abordou de forma original questões desta natureza em The Rhetoric of Reaction, um livro de 1991.
Mas há questões mais insidiosas. Uma deles é a do exercício prepotente do poder que se tenha para introduzir a batota no jogo. O que o Público ontem fez é exemplar, neste domínio. Recebeu de forma privilegiada o texto, não recusou esse privilégio, não o publicou ou referenciou mas o Director, em Editorial, atacou-o, assumindo uma resposta a algo que os seus leitores não conhecem. Esta moral é tão amoral que nem precisa de ser qualificada.
Entretanto, hoje, o texto teve uma singela referência no jornal. Ironia das ironias, por baixo do texto, na edição online, vinha uma daqueles frases “técnicas” que, de forma espúria, ficam à disposição dos leitores. Dizia assim: “Pequeno destaque em caixa com fundo que também pode servir de legenda para a fotografia do lado esquerdo”. Se calhar nem tinha a ver com a notícia a que me refiro. Mas a vontade está lá: pequeno destaque...
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COMUNICAÇÃO SOCIAL
São tão bonzinhos que até impressionam, Gilberto Teixeira
Jornal da Madeira
Eles estão a desafiar muita gente, porque afirmam que no mercado dos jornais, há concorrência desleal. Já atropelaram todas as regras da deontologia e da ética para colocar o JM no topo das críticas mais abjectas, como forma de justificar erros de estratégia e má conduta de gestão, e agora, pasme-se, através de uma nova sociedade (velha) apresentam-nos um novo produto, dedicado ao desporto. Um semanário com um custo de 30 cêntimos, que será distribuído gratuitamente com a edição normal do DN até ao fim do ano.
“Imprinews, Lda, é a nova gráfica constituída pela empresa Diário de Notícias e pelos empresários Sidónio Castro e Eduardo Abreu para substituir na impressão de jornais a Grafimadeira e a Maquetizar. A operação foi feita com a garantia da manutenção de todos os postos de trabalho das duas empresas substituídas”.
Aqui está uma notícia publicada na edição do domingo transacto do independente do outro lado da rua. Segundo a mesma “é já em 3 de Julho que aparece nas bancas outro novo produto editorial da EDN, um semanário dedicado ao desporto da Região”.
Estou feliz por dois motivos: o primeiro e irrecusável tem a ver com a manutenção dos postos de trabalho nas empresas de impressão atrás citadas, cujos proprietários me merecem especial consideração. O segundo foi socorrerem-se de um artigo que publiquei nestas colunas, em 28 de Maio, onde lembrava aos responsáveis do DN, que a melhor secção que tiveram em tempos passados, era precisamente a do DESPORTO. Por ela e através dela, diga-se o que se disser, ganharam muitos assinantes e leitores.
Apesar de terem citado uma frase chave desse meu artigo com o humor crítico que os caracteriza, a verdade é que ponderaram o recado e lançaram-se rapidamente na ‘confecção’ do tal produto que rendeu frutos, no passado. Não quero ser como outros ditos especialistas em “primeiras vezes” ou “primeiras mãos” e não cobro nada pela ideia, só que estou confuso com a advertência que fazem.
O novo semanário, dizem no anúncio, conta com a “experiência da editoria Desporto do DN, cujos jornalistas já manifestaram disponibilidade para o projecto”. Dos tempos em que a ‘coisa’ era bem feita, e concorrente dos jornais nacionais especializados, há alguns jornalistas que foram saneados e outros desviados para outras secções por inveja e birras internas, à imagem e semelhança do que se passa actualmente no PS-M. Sem ofensa para ninguém. Logo não pode ser a mesma coisa.
Por outro lado, e considerando o choradinho do DN e dos prejuízos que regista por causa do Jornal da Madeira, não vejo justificação para lançarem um novo semanário com preço de capa míseros 30 cêntimos, e uma tiragem de 10.000 exemplares e média de 24 páginas. Bem sei que dizem que é “dedicado ao desporto da Região”.
Esta deve ter sido da pressa em redigir uma nova iniciativa editorial, porque a ser verdade, estamos perante uma tremenda inflexão de objectivos jornalísticos, que privilegiam o desporto autonómico a preço de “saldo ou a pataco” como diziam da hotelaria madeirense, portanto, acrescento eu, abaixo do preço dos peixes verdes, vulgarmente conhecidos por “cagões”. Não sei se isto configura “concorrência desleal” como apontam aos outros, ou se introduz novos factores de publicidade e marketing em tempos de crise. Lembra-me aqueles casais desavindos que para reabilitar o casamento, resolvem arranjar mais um filho…depois vem o divórcio.
Mas venha o semanário e trate de espiolhar tudo do desporto regional, e deixe para os outros, o desporto continental e internacional, para ver se a gente se livra de tanta roupa suja sobre o “nosso” Cristiano Ronaldo, que ainda era bebé e já vaticinavam que seria o “mais badalado do mundo” e a melhor imagem de promoção desta terra por esse mundo além, cuja mais valia, neste intervalo de férias entre Manchester e Madrid tem sido para os especuladores moralistas, proceder ao engate de famosas mulheres, algumas mais ricas e poderosas do que ele. Bom proveito!
Neste episódio EDN (há quem não goste de misturas com o DN) vejo uma sucessão deles. É que, infelizmente, as carências de que padecia recentemente o DN e que levaram a ameaças de redução de salário, e até possíveis despedimentos de profissionais, podem concretizar-se. Nem sequer vou remoer a maçada que tiveram alguns, de citar leis que enxotavam o JM para os confins do mundo, como se todos os que aqui trabalham ou colaboram, sentissem vergonha daquilo que fazem, ou fossem incoerentes, como certa gente viciada no enxovalho, e seduzida pela sanfona da Marcha Fúnebre.
As ameaças, as denúncias, as críticas, os argumentos mais absurdos, encontraram, finalmente, uma saída para a crise, que não compromete ninguém, não viola regras, nem leis, e coloca os redentores a engolir toda a porcaria e velhacaria que produziram quando lhes faltou a humildade para reconhecer que erraram no caminho que escolheram. Oxalá tenham passado todos os delírios e façam um semanário de dimensão nacional em vez de um, exclusivamente regional, e analisem durante estes meses que nos separam do final do ano, se o êxito ou o insucesso, é de quem decide o trabalho sem culpas para a vizinhança. E já agora reivindiquem apoios ao Estado, que sempre aplaudiram, particularmente ao longo destes últimos quatro anos, e não peçam nada ao Governo Regional que está comprometido com este jornal.
Estamos conversados quanto a esta gente aparentemente boazinha, que depois usa das maiores trafulhices para impressionar a população. Parece-me que vai ser interessante acompanhar este novo semanário, porque seja qual for a encenação, nasce sob o signo da dúvida em saber como unir o que está desavindo, e quanto medirá e pesará o novo produto face à concorrência. Que outros reparem no enviesamento, e façam uma verdadeira e real ponderação sobre certos factos. Não contem comigo.
Eles estão a desafiar muita gente, porque afirmam que no mercado dos jornais, há concorrência desleal. Já atropelaram todas as regras da deontologia e da ética para colocar o JM no topo das críticas mais abjectas, como forma de justificar erros de estratégia e má conduta de gestão, e agora, pasme-se, através de uma nova sociedade (velha) apresentam-nos um novo produto, dedicado ao desporto. Um semanário com um custo de 30 cêntimos, que será distribuído gratuitamente com a edição normal do DN até ao fim do ano.
“Imprinews, Lda, é a nova gráfica constituída pela empresa Diário de Notícias e pelos empresários Sidónio Castro e Eduardo Abreu para substituir na impressão de jornais a Grafimadeira e a Maquetizar. A operação foi feita com a garantia da manutenção de todos os postos de trabalho das duas empresas substituídas”.
Aqui está uma notícia publicada na edição do domingo transacto do independente do outro lado da rua. Segundo a mesma “é já em 3 de Julho que aparece nas bancas outro novo produto editorial da EDN, um semanário dedicado ao desporto da Região”.
Estou feliz por dois motivos: o primeiro e irrecusável tem a ver com a manutenção dos postos de trabalho nas empresas de impressão atrás citadas, cujos proprietários me merecem especial consideração. O segundo foi socorrerem-se de um artigo que publiquei nestas colunas, em 28 de Maio, onde lembrava aos responsáveis do DN, que a melhor secção que tiveram em tempos passados, era precisamente a do DESPORTO. Por ela e através dela, diga-se o que se disser, ganharam muitos assinantes e leitores.
Apesar de terem citado uma frase chave desse meu artigo com o humor crítico que os caracteriza, a verdade é que ponderaram o recado e lançaram-se rapidamente na ‘confecção’ do tal produto que rendeu frutos, no passado. Não quero ser como outros ditos especialistas em “primeiras vezes” ou “primeiras mãos” e não cobro nada pela ideia, só que estou confuso com a advertência que fazem.
O novo semanário, dizem no anúncio, conta com a “experiência da editoria Desporto do DN, cujos jornalistas já manifestaram disponibilidade para o projecto”. Dos tempos em que a ‘coisa’ era bem feita, e concorrente dos jornais nacionais especializados, há alguns jornalistas que foram saneados e outros desviados para outras secções por inveja e birras internas, à imagem e semelhança do que se passa actualmente no PS-M. Sem ofensa para ninguém. Logo não pode ser a mesma coisa.
Por outro lado, e considerando o choradinho do DN e dos prejuízos que regista por causa do Jornal da Madeira, não vejo justificação para lançarem um novo semanário com preço de capa míseros 30 cêntimos, e uma tiragem de 10.000 exemplares e média de 24 páginas. Bem sei que dizem que é “dedicado ao desporto da Região”.
Esta deve ter sido da pressa em redigir uma nova iniciativa editorial, porque a ser verdade, estamos perante uma tremenda inflexão de objectivos jornalísticos, que privilegiam o desporto autonómico a preço de “saldo ou a pataco” como diziam da hotelaria madeirense, portanto, acrescento eu, abaixo do preço dos peixes verdes, vulgarmente conhecidos por “cagões”. Não sei se isto configura “concorrência desleal” como apontam aos outros, ou se introduz novos factores de publicidade e marketing em tempos de crise. Lembra-me aqueles casais desavindos que para reabilitar o casamento, resolvem arranjar mais um filho…depois vem o divórcio.
Mas venha o semanário e trate de espiolhar tudo do desporto regional, e deixe para os outros, o desporto continental e internacional, para ver se a gente se livra de tanta roupa suja sobre o “nosso” Cristiano Ronaldo, que ainda era bebé e já vaticinavam que seria o “mais badalado do mundo” e a melhor imagem de promoção desta terra por esse mundo além, cuja mais valia, neste intervalo de férias entre Manchester e Madrid tem sido para os especuladores moralistas, proceder ao engate de famosas mulheres, algumas mais ricas e poderosas do que ele. Bom proveito!
Neste episódio EDN (há quem não goste de misturas com o DN) vejo uma sucessão deles. É que, infelizmente, as carências de que padecia recentemente o DN e que levaram a ameaças de redução de salário, e até possíveis despedimentos de profissionais, podem concretizar-se. Nem sequer vou remoer a maçada que tiveram alguns, de citar leis que enxotavam o JM para os confins do mundo, como se todos os que aqui trabalham ou colaboram, sentissem vergonha daquilo que fazem, ou fossem incoerentes, como certa gente viciada no enxovalho, e seduzida pela sanfona da Marcha Fúnebre.
As ameaças, as denúncias, as críticas, os argumentos mais absurdos, encontraram, finalmente, uma saída para a crise, que não compromete ninguém, não viola regras, nem leis, e coloca os redentores a engolir toda a porcaria e velhacaria que produziram quando lhes faltou a humildade para reconhecer que erraram no caminho que escolheram. Oxalá tenham passado todos os delírios e façam um semanário de dimensão nacional em vez de um, exclusivamente regional, e analisem durante estes meses que nos separam do final do ano, se o êxito ou o insucesso, é de quem decide o trabalho sem culpas para a vizinhança. E já agora reivindiquem apoios ao Estado, que sempre aplaudiram, particularmente ao longo destes últimos quatro anos, e não peçam nada ao Governo Regional que está comprometido com este jornal.
Estamos conversados quanto a esta gente aparentemente boazinha, que depois usa das maiores trafulhices para impressionar a população. Parece-me que vai ser interessante acompanhar este novo semanário, porque seja qual for a encenação, nasce sob o signo da dúvida em saber como unir o que está desavindo, e quanto medirá e pesará o novo produto face à concorrência. Que outros reparem no enviesamento, e façam uma verdadeira e real ponderação sobre certos factos. Não contem comigo.
sábado, 27 de junho de 2009
Eleições simultâneas
Por uma vez estou de acordo com este personagem. Na verdade, em outros países, como nos Estados Unidos, é frequente realizar, no mesmo dia, eleições para o presidente, para a câmara dos representantes, para o senado, para governador, para mayor, e até vários referendos sobre várias questões. Será que os americanos serão mais esclarecidos do que os portugueses? A espeficidade de cada eleição não justifica eleições separadas, como não se aceita que o país possa viver um ano em autêntico clima eleitoral. É um convite à abstenção e à não participação. Como cidadão, protesto. De futuro, seria de alterar a lei, fazer as eleições legislativas em Junho, e encurtar decisivamente os prazos de marcação do acto eleitoral. Oitenta a noventa dias é um atentado à economia do país.
VOTO ANTECIPADO: aos Estudantes Madeirenses no Continente
O estudante madeirense deverá solicitar no seu estabelecimento de ensino o comprovativo de matrícula e entregar na Câmara Municipal da sua área de residência na Região Autónoma da Madeira, juntamente com fotocópia do BI (autenticada nos serviços camarários) e do cartão do eleitor, mediante requerimento para exercer o seu direito de voto.
Muitos dos jovens da Madeira, deslocam-se a partir do próximo mês de Julho para a Região, em pausa lectiva. É fundamental que possam já nesta deslocação, fazerem-se acompanhar com o documento a ser emitido pelo estabelecimento de ensino superior, e a tempo, consigam, durante a sua estadia na RAM, efectuar os procedimentos necessários.
Pelo exposto anteriormente, e porque o papel e intervenção da juventude é importante na construção de uma melhor Sociedade, de um melhor Portugal, pedimos o vosso empenho e contributo em todo este processo, já que são os que estão mais perto dos nossos estudantes.
Perfume no jardim
sexta-feira, 26 de junho de 2009
«Olhe que não! Olhe que não» - 7 de Novembro de 1975
Há trinta e dois anos, o país parou durante quatro horas (das 10 da noite às duas da manhã) para assistir a um frente-a-frente entre Mário Soares e Álvaro Cunhal, no debate mais célebre do PREC - a poucos dias de este chegar ao seu fim.
Ficou para a história uma frase com que Cunhal respondeu a Soares quando este afirmou que o PC dava provas de querer transformar Portugal numa ditadura:
«Olhe que não! Olhe que não!» (A frase de Álvaro Cunhal não chega a ouvir-se neste excerto).
Entre as brumas da memória
Ficou para a história uma frase com que Cunhal respondeu a Soares quando este afirmou que o PC dava provas de querer transformar Portugal numa ditadura:
«Olhe que não! Olhe que não!» (A frase de Álvaro Cunhal não chega a ouvir-se neste excerto).
Entre as brumas da memória
O PPD está convencido que o Sol anda à volta da terra por decisão sua
Desde sempre, desde o início do regime, desde quando se instalou o sistema laranja de partido único no bojo do sistema constitucional de natureza multipartidária, quanto ao número mas não quanto à relevância, que o PPD está convencido que alguém precisa de um atestado de qualidade passado pelo PARTIDO para se sentir confortado. Era bom que o PPD e os seus próceres percebessem que os atestados com o papel timbrado pelo Partido são de mau presságio. Não, não precisamenos de doutoramento honoris causa vindos do PSD. E digo mais, no dia em que, se fosse membro da ALR, me fossem feitos rasgos louvores pela bancada do PPD eu pediria a defesa da honra.
O que o PPD ainda não percebeu é que só ele se leva a sério.
A atitude recente do PPD para com o líder do PS tem suscitado atitudes díspares. Uns, isso significa que o PPD acharia que o líder do PPD é fraco e quer mantê-lo. São os detactores do actual líder do PS. Outros, o PPD estaria a fazer psicologia de caverna: se o PPD elogia é porque ele é bom, e o PPD quer que se pense que, se o elogia, ele não é bom e, portanto ele é bom. Não, o PPD não está a fazer nada disso. O PPD está simplesmente a ser PPD, isto é, a ser ele próprio. O PPD, pura e simplesmente não tem vergonha, como nunca teve, e está-se borrifando para a coerência. Se o líder do PS está a ser contestado no interior do PS por alguns sectores minoritários então há que mantê-lo por enquanto. Amanhã voltaria a apresentar um requerimento à medida da sua inqualificável conduta parlamentar ao longo destes anos sem nenhuma hesitação. Portanto, deixe-se o PPD de tontices, que ninguém precisa dos seus atestados de qualidade.
P.S. 1 - tudo o que foi dito sobre o PPD e os seus atestados serve também para aqueles que, seja de que partido forem, tenham atitudes de natureza facciosa, conforme os comentarios aqui publicados sirvam ou não a sua estratégia de tomada de poder. Também eu me estou categoricamente borrifando para eles.
P.S. 2 - O título não é engano. É mesmo assim: o PPD vê tudo ao contrário e julga que os outros é que estão enganados!
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o sistema laranja
quinta-feira, 25 de junho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
Um pároco meteu-se na política? Meu Deus, meus Deus, meu Deus!
Desta vez não poderia esta mais em desacordo com o meu amigo Carlos Pereira: então Vª. Exª. não acha mal um pároco meter-se em política? Sinceramente! Gravíssimo! O drama, o horror, a tragédia, o opróbrio! É a primeira vez que tal acontece na nossa pujante Democracia! Um pároco na política! Como é que foi possível chegar a este ponto?! Meu Deus! Eu proponho uma assembleia eclesial de desagravo. E como? Nova reunião catecúmena para uma nova bênção no rio Jordão daqueles que, já tendo sido aspergidos com o hissope, tenham caído no pecado. Onde? Ora onde, enfim, queimam-se-me os lábios de proferir, mas tem de ser, ao emitir a prolação do nome de um dos lugares mais sagrados do nosso credo, mas, que Deus me perdoe, o que tem de ser tem de ser, a, credo em cruz, Fundação, valha-me Santo Onofre, Social, Santa Catarina de Sena valei-me, Demo... oh, São Tiago, crata. Oh, perdoai-me, Senhor, porque pequei e contra os lugares sagrados blafesmei e entre eles o Tabernáculo do sistema citei.
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o sistema laranja cai à gargalhada
DESAFIO A MAXIMIANO MARTINS: DIGA DE QUE FORMA SE PROCESSARÁ A INTERVENÇÃO DE JOSÉ SÓCRATES NO PS MADEIRA
Maximiano Martins pede a intervenção de Sócrates no PS-Madeira. Tem o dever de esclarecer de que forma:
1. Nomeando um Comissário Político?
2. Formando uma Comissão de Gestão?
3. Suspendendo a Comissão Regional, a Comissão Política e o Secretariado do Partido?
4. Maximiano Martins quer ser e aceita ser o indigitado gestor do PS-Madeira?
5. Maximiano Martins assume publicamente que deve deixar de existir Congresso Regional do PS-Madeira?
Nota: estas perguntas são dirigidas não só ao deputado Maximiano Martins mas a todos os que apoiam as propostas - quais? - avançadas por ele para o PS-Madeira.
1. Nomeando um Comissário Político?
2. Formando uma Comissão de Gestão?
3. Suspendendo a Comissão Regional, a Comissão Política e o Secretariado do Partido?
4. Maximiano Martins quer ser e aceita ser o indigitado gestor do PS-Madeira?
5. Maximiano Martins assume publicamente que deve deixar de existir Congresso Regional do PS-Madeira?
Nota: estas perguntas são dirigidas não só ao deputado Maximiano Martins mas a todos os que apoiam as propostas - quais? - avançadas por ele para o PS-Madeira.
Com o apoio do Diário de Notícias, as actuais movimentações no PS - Madeira só aparentemente têm como alvo João Carlos Gouveia
As actuais movimentações no PS-Madeira, a cujos responsáveis têm de ser atribuídas muitas das responsabilidades no passado, a começar pelos efeitos da Lei das Finanças Regionais, e a quem devem, também, ser exigidas culpas pelos resultados eleitorais nas europeias e em Setembro e Outubro, pelo instabilidade que estão a causar, visam, aparentemente, João Carlos Gouveia. Contudo, têm um objectivo escondido: impedir o aparecimento de outras candidaturas, quer no congresso - Vítor Freitas é um dos visados por este grupo, que se julga detentor de qualidades políticas que nunca demonstrou - alguns deles desempenharam altos cargos no partido, foram deputados na AR e na ALR e eram deputados e ou candidatos quando se deu o descalabro de 2007 - quer ainda nas autárquicas e nas legislativas. Este grupo de bem vestidos e linguisticamente afectados, que se recusa a assumir o sotaque madeirense mas, de, notadamente, incompetentes, do ponto de vista político, luta, desesperadamente, por um conjunto de prerrogativas, nomeadamente indicar quem são os candidatos em próximas eleições, autárquicas incluídas, cujo perfil querem determinar. Desse «perfil», consta, obrigatoriamente, a pertença a esse grupo.
A estratégia deste grupo foi derrotada no congresso último e foi igualmentre rechaçada na Comissão Política, mas os seus elementos não estão dispostos a desistir, e, fingindo retirar-se da vida polítca, alegando fastio - fazem, aliás, sistematicamente o discurso do desinteresse, da retirada táctica, para depois atacar de novo na semana seguinte, numa espécie de trégua intercalada para nova incursão tipo guerra de guerrilha e nada convencional ou clássica - se tivessem, porque tiveram oportunidade, usado a mesma táctica contra o poder laranja, teria sido bom - ataca, de forma premeditatada e planificada, com o auxílio empenhado do Diário de Notícas, contra o PS - sim, contra o PS, visto que, ao estarem a actuar, em pleno período eleitoral, estão, objectivamente, a prejudicar o Partido Socialista - e fazem-no de forma a levar o partido a ceder por cansaço, para poderem, finalmente, imporem a sua linha e os seus aos comandos do partido.
Não tenhamos dúvidas: fá-lo-ão agora, p'rá semana, p'rá outra e p'rá outra ainda, sem excluir o salto de cavalo, para contagem das baixas, lamber as feridas e atacar de novo e de surpresa - surpresa? - até (não) conseguirem levar a sua avante.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Já agora...
Ambos estamos de acordo em não discutirmos assuntos estritamente internos do respectivo partido, como é óbvio, mesmo quando eles se tornam públicos. Todavia, sobre isto, é público o que aqui disse.
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blogosfera
domingo, 21 de junho de 2009
Estupidez
A Assembleia
"Abáfavamos sob as vaias as belas frases dos oradores bem pensantes; quando os nossos tomavam a palavra, impúnhamos a murro o silêncio."
Simone de Beauvoir, in O sangue dos outros
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o belo literário traz a felicidade
E eu também...
Mas eu também, caro Filipe Malheiro, como diria M. J. Nogueira Pinto, que citou, "eu sei que sabe que eu sei que sabe" a que me refiro quando falo de negócios e nogociatas, sobretudo estas, menos aqueles (se legítimos, por empresários de que quadrante for), na Madeira social-democrata: os mesmos que estão sempre com o poder, seja ele qual for. E por isso, o que os distingue não é serem do PPD ou do PS mas a cor do dinheiro. Nisso, estamos de acordo. É a vida, como diria o Engenheiro António Guterres. Obviamente que também concorda que não é pecado haver empresários da área do PS. No que não estamos de acordo é na política e na solidariedade que cada um deve aos seus companheiros de partido, o seu caso, e aos camaradas, o meu.
É verdade, sempre nos cumprimentamos...
É verdade, sempre nos cumprimentamos...
sábado, 20 de junho de 2009
TIMIDEZ OU AMEAÇA?
Há um deputado, que não me conhece pessoalmente, e que costuma fixar-me quando passa por mim. Como não sou político, mas sou suficientemente conhecido pelo que publico, aquilo só pode ser timidez, não sabe se há-de cumprimentar, ou ameaça. Decida-se.
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DEMOCRACIA OU DITADURA
sexta-feira, 19 de junho de 2009
A «crise» acabou
Em 1976, num tempo de antena do PS para as legislativas, Salgado Zenha, numa declaração que muito irritou o PCP, declarou, peremptório: "a Revolução acabou". Pois bem, analisados eleitorais, ultrapassada a ressaca, o PS entrou em velocidade de cruzeiro rumo as eleiões autárquicas e presidenciais. Não há nenhuma crise orgânica. O Secretariado, a Comissão Política e a Comissão Regional funcionam em pleno, excessivamente em pleno, dir-se-ia, e dão concretização às decisões soberanas do Congresso e da Convenção Regional e a todos, indepentemente das suas sensibilidades, cabe dizer o que pensam e o que propõem. Ao Presidente do Partido, guardião da legalidade estaturária, compete zelar por que essas decições sejam respeitadas.
Rui Caetano candidato ao Funchal
Aquilo que era uma prioridade absoluta na actual situação do PS está resolvido: o Secretariado do PS-Funchal aprovou por unanimidade, o que está a ser saudado pela blogosfera socialista e democrática - que, aliás, também saudou a candidatura do independente Luís Miguel França a Santa Cruz, (aqui (Farpas da Madeira e aqui Réplica e contraréplica), por exemplo) o que só fica bem a quem põe o interesse do Partido acima do interesse de facção - o nome do Dr. Rui Caetano para candidato ao Funchal. Têm os cidadãos funchalenses uma candidatura ao seu serviço e não ao serviço de interesses de grupo. Bem Haja o PS. Assim, se reencontra com a sua história e a sua linha política.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
A velha direita e a nova direita
Madeira Minha Vida:
Os socialistas debatem ideias, não partem e repartem interesses. Os socialistas discutem projectos de sociedade, não projectos pessoais. Os socialistas divergem e convergem, não se submetem nem se calam.
Agora, a direita dos interesses, a nova direita e a velha direita, de que o cavalheiro faz parte, procura um Chefe a quem se possa submeter. Está na génese da direita a fidelidade canina a um chefe. Ouve a voz do chefe e derrama a baba de Pavlov. Aconselho-o, já que gosta tanto de marchar sob uma voz de comando, a propor uma farda e um bivaque lá nos domínios e contradomínios da sua corrente ideológica. Quem sabe se não lhe faz bem marchar, marchar, para, através dos rigores do esforço físico, aprenda o que a vida ainda não lhe ensinou?
quarta-feira, 17 de junho de 2009
MAS ENTÃO ESCLAREÇA-ME COMO SE EU FOSSE UMA CRIANÇA DE 4 ANOS: ASSUME-SE MESMO COMO NEO-LIBERAL?
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