É fundamental, em nome de princípios éticos, de seriedade política e de respeito por todos os que deixaram o mundo dos vivos, vítimas da catástrofe que assolou a Madeira, que a demorada reconstrução da Região, que certamente propiciará empregos que estavam a fazer muita falta, não seja aproveitada para fins obscuros de enriquecimento ilícito e de ganância pelo lucro. A Madeira está farta dessas situações que todos conhecem e sobre as quais todos falam. Espero que as autoridades regionais sejam rigorosas no controlo das despesas (mais que no passado), que entidades judiciais competentes sejam eficazes no controlo - e não deixa de ser estranho que se ande a pedir a dispensa de vistos prévios do Tribunal de Contas, em vez de se pedir ao TC que outorgue os vistos prévios num prazo máximo de 4 ou 5 dias, suprindo alguma burocracia - e que todas as adjudicações sejam devidamente publicadas numa página a ser aberta na internet ara o efeito. Temos que ter o direito, a sociedade madeirense e as entidades nacionais e europeias que auxiliarão nessa reconstrução, tudo o que é decidido, a quem é atribuído o encargo dos trabalhos, pelos respectivos valores, etc. Não estou a levantar qualquer suspeição, mas sabemos todos que nestes momentos de reconstrução nem sempre as coisas funcionam exemplarmente e que não faltam as "ratazanas" a tentar aproveitar-se da desgraça alheia para encherem a pança. Se isso acontecer acho que ao povo resta-lhe o direito à indignação e agir em conformidade para manifestar o seu protesto. Porque quando se fala em reconstrução há uma bem pior, a reconstrução social, a ajuda aos que perderam tudo o que tinham. Mas que estão vivos, precisam de continuar, de viver e de trabalhar. E é esse respeito que a Região tem a obrigação de exigir que todos tenham por todos. Não quero acreditar, custa-me a acreditar, confesso-o, nas insinuações o(u nas acusações que já correm na internet), de que alguém procedeu ao "discreto" aumento, um dia depois da tragédia, dos preços de produtos que sabiam ser os mais procurados pelas pessoas neste smomentos. Custa-me a acreditar, porque a ser verdade, então a podridão é surpreendentemente maior do que se julga numa terra em que a solidariedade deve constituir um exemplo dado, desde logo pelos seus filhos.
(lido aqui)
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