segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Grave intromissão do Estado nos assuntos da Fé, desrespeito à Constituição, liberdade de expressão religiosa ameaçada


- Isso pode causar um incidente diplomático com o Vaticano! Trata-se do princípio da separação da Igreja e do Estado.
- Pois, se eles sabem que isso ainda por cima se passou na Sé do Funchal!
- Na Sé do Funchal, mas isso então é na Madeira!
- tttttteeeee (com a ponta da lingua no céu da boca).

Duas linhas - Ricardo Duarte Freitas
Um acerto de altares?
Data: 07-09-2009

Porque todos os cargos são efémeros, nada haveria de estranho na transferência do cónego Manuel Martins para a Ribeira Seca, após 17 anos de sacerdócio na Sé, não tivesse isso acontecido na longa 'ressaca' das declarações eloquentes, com sentido crítico e pouco abonatórias para instituições sob a alçada do Governo Regional (Segurança Social, neste caso). A comparação pode não ser feliz, mas visto cada um no seu contexto, a perda do lugar de pivô de Manuela Moura Guedes no jornal da TVI está para o país como está para a Madeira o afastamento do cónego Martins da Sé Catedral. Ora, se não há aqui uma tentativa de silenciar a voz que, na Diocese do Funchal, mais se manifestava inconformada com a evolução da 'pobreza envergonhada', há de certeza um deliberado ajustamento dos altares da mediatização. Só não se sabe quem se sentia mais ofuscado com o protagonismo do cónego Manuel Martins... a Igreja ou o Governo? Há cerca de um mês, a função social da Igreja, que o cónego tanto defendeu, originou um aceso debate onde não faltaram críticas de pessoas próximas do governo que entendiam que havia uma censurável intromissão do sacerdote em matéria política. Agora, sugere-se o mesmo exercício democrático, mas no sentido inverso: que fronteira respeita o Governo Regional em relação aos assuntos eclesiais?...


Ricardo Duarte Freitas - Subeditor de Madeira

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