quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Chames já os capacetes azuis, Óscar Freitas Branco (selá inevitável, mais tarde do que cedo)
A campanha eleitoral ainda mal começou, mas já anda tudo louco. Depois dos casos ocorridos nas freguesias do Estreito da Calheta e do Caniço, a polícia voltou ontem a ser chamada para intervir na Ponta do Sol e repor a legalidade numa reunião que tinha apenas como objectivo, imagine-se lá, escolher os membros das mesas de voto. O caso, mais um no espaço de dias, veio soterrar ainda mais o pouco crédito democrático que ainda existia. Veio colocar a meia haste todas as bandeiras da Democracia, verdadeiro pilar de um Estado de Direito. Veio demonstrar que as coisas por cá não são como alguns apregoam. Mas, no meio de tanta evidência, ainda existem alguns ilustres que têm a distinta lata de negar o que todos nós vemos e assistimos. Mais grave é um ex-ministro da Justiça e dirigente do PSD vir a público desmentir que alguma vez a sua líder tivesse entrado na viatura da Presidência do Governo Regional. Se calhar deve pensar que os portugueses são todos cegos e que as imagens da TV fazem parte de uma nova série de ficção. Para alguns tudo isto pode não passar de um jogo, mas a verdade é que as posições começam a extremar-se e colocam em causa conquistas democráticas de décadas. Por este andar, qualquer dia eleições por cá só mesmo com a supervisão de observadores internacionais e presença dos 'capacetes azuis' das Nações Unidas.
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