segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O papel do Presidente da República num novo desígnio estratégico nacional

O nosso sistema é parlamentarista no dia a dia e semi-presidencialista nos momentos  de crise.  Isso permite  ao PR ser o grande estratega nacional e deixar os governos governarem.
O próximo Presidente da República tem que responder à encruzilhada histórica em que Portugal se encontra e traçar as linhas estratégica de um novo desígnio nacional, traçados em termos geó-históricos, geoestratégicas, geoculturais e geoeconómicos.  
O Presidente da República deve mobilizar a nação para as grandes questões à semelhança das grandes figuras históricas como D. Afonso III, o Infante D. Henrique, D. João II, sem cuja visão estratégica não existiria o Brasil, o Marquês de Pombal, Salazar e Mário Soares ou Álvaro Cunhal. Todos eles tinham uma visão para Portugal, às vezes contraditórias entre si.
Temos de ter uma visão estratégica para a Península Ibérica como teve D. João II e incluir a nossa pertença Ibérica nas questões internacionais.
Na questão europeia, temos de estar atentos às transformações que têm vindo a ocorrer e que estão a colocar em risco a nossa sobrevivência económica, o perigo da diretiva europeia bancária que vai dar cabo do sistema financeiro dos países do sul.
Na CPLP, deve ser traçado um verdadeiro plano para a Língua Portuguesa que é o nosso último reduto de dimensão universal e que passa para a sua expansão nas alianças regionais em que estão inseridos os países lusófonos, como a união europeia e o Mercosul.
A nível global, todos os agentes políticos dos diferentes quadrantes devem mobilizar-se junto das instâncias internacionais para tornar possível a eleição de António Guterres para Secretário-Geral da ONU, com o apoio dos países candidatos a membros permanentes do Conselho de Segurança, o Brasil, a Índia, o Japão, a Alemanha.

O mar e a os recursos  minerais devem igualmente ser  objeto de acordos estratégicos nacionais mobilizados pelo PR. 

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