sábado, 10 de maio de 2014

As 4 grandes virtudes do homem de Estado


Para  defesa do interesse do País ou da Pólis, o homem de Estado deve concentrar em si a inteligência, a eloquência, o patriotismo ou civismo e a abnegação.
A inteligência dá-lhe a faculdade de analisar a situação política e de antecipar os acontecimentos, dando-lhe a resposta necessária através dos actos.
A eloquência dá-lhe o poder de suscitar o apoio do povo e levá-lo a participar na ação política.  De cada vez que fala à Cidade,  coloca-se ao seu  nível, como se, naquele momento, devolvesse ao povo o  poder que dele recebeu. Reforça-o ou enfraquece-o na medida em que for capaz de partilhar com o povo  a sua própria convicção naquilo que é necessário para a cidade.  O patriotismo ou sentido cívico, fá-lo colocar acima de tudo o interesse do País ou da Cidade.  Já a abnegação confere-lhe o altruísmo e a humildade que o defendem e o tornam incólume aos interesses estranhos à Pólis.
 Desta forma,  o homem de Estado suscita o reconhecimento  unânime da Pólis, mesmo daqueles cidadãos, que,   não partilhando das mesmas convicções, vêem nele um homem de inteligência para dirigir os destinos do País ou da Cidade; a eloquência, que é sustentada na convicção em princípios; o patriotismo ou civismo,  que coloca a cidade acima dos egoísmos, incluindo o seu,  e a abnegação, que volve invulnerável ao que não é o interesse geral. Era assim em Atenas no tempo de Tucídides, que encontrou estas virtudes em Péricles.   Nós,  cidadãos desta Democracia do século XXI d. C,   temos os mesmos direitos que os atenienses do século V a. C .

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