quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ou a Europa acaba com a crise ou a crise acaba com a Europa

Imperfeições do Socialismo? Certamente! E as imperfeições do Capitalismo? Que admirável mundo novo é este que nos oferece milhões e milhões à míngua, à fome, expulsos do sistema, à margem de qualquer benefício de uma sociedade que evoluiu como nunca do ponto de vista científico e que marginaliza milhões? Esses milhões postos à margem pelo sistema também não se reconhecem nele, e contestam-no por essa Europa fora, em Lisboa, em Madrid, em Atenas, em Paris, em Londres, em Berlim, e há-de alastrar ainda mais. Este sistema capitalista está podre e tem de cair. Estado mínimo? Só se for para os pobres, porque, para os ricos, tem funcionado o Estado máximo! A que é que estamos hoje a assistir senão à transferência de enormes massas de rendimentos do trabalho para o capital? Quais os resultados dessa retirada de dinheiro da remuneração do trabalho para remunerar o capital? Especulação bolsista, crise financeira, colapso do sistema bancário, crise económica, crise social e finalmente crise do próprio sistema político a nível europeu. Neste momento o parlamento de Atenas está cercado porque ninguém acredita no sistema político para resolver a crise da Grécia. Na Islândia passou-se o mesmo. O momento actual relembra 1848 e as revoluções que alastraram por toda a Europa. Recorda 1929, com a queda das democracias e a emergência dos nacionalismos exacerbados, do nazismo e finalmente da II Guerra mundial. Ou a Europa acaba com a crise ou a crise acaba com a Europa. Mas onde estão os líderes europeus, de direita ou de esquerda? Não se os vislumbra nesta Europa de Barroso.

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