O nosso sistema é parlamentarista no dia a dia e
semi-presidencialista nos momentos de
crise. Isso permite ao PR ser o grande estratega nacional e
deixar os governos governarem.
O próximo Presidente da República tem que responder à
encruzilhada histórica em que Portugal se encontra e traçar as linhas
estratégica de um novo desígnio nacional, traçados em termos geó-históricos, geoestratégicas,
geoculturais e geoeconómicos.
O Presidente da República deve mobilizar a nação para as
grandes questões à semelhança das grandes figuras históricas como D. Afonso
III, o Infante D. Henrique, D. João II, sem cuja visão estratégica não
existiria o Brasil, o Marquês de Pombal, Salazar e Mário Soares ou Álvaro
Cunhal. Todos eles tinham uma visão para Portugal, às vezes contraditórias
entre si.
Temos de ter uma visão estratégica para a Península Ibérica
como teve D. João II e incluir a nossa pertença Ibérica nas questões internacionais.
Na questão europeia, temos de estar atentos às
transformações que têm vindo a ocorrer e que estão a colocar em risco a nossa
sobrevivência económica, o perigo da diretiva europeia bancária que vai dar
cabo do sistema financeiro dos países do sul.
Na CPLP, deve ser traçado um verdadeiro plano para a Língua
Portuguesa que é o nosso último reduto de dimensão universal e que passa para
a sua expansão nas alianças regionais em que estão inseridos os países
lusófonos, como a união europeia e o Mercosul.
A nível global, todos os agentes políticos dos diferentes
quadrantes devem mobilizar-se junto das instâncias internacionais para tornar
possível a eleição de António Guterres para Secretário-Geral da ONU, com o
apoio dos países candidatos a membros permanentes do Conselho de Segurança, o
Brasil, a Índia, o Japão, a Alemanha.
O mar e a os recursos minerais devem igualmente ser objeto de acordos estratégicos nacionais
mobilizados pelo PR.