Fui candidato às eleições regionais deste ano numa
Plataforma de Cidadãos não filiados em partidos, eleições cujo processo foram contestadas
em sede de Tribunal Constitucional. Sempre perfilhei a defesa do Estado Social
e a ideologia da socialdemocracia europeia e do socialismo reformista. Por isso,
estou disponível para votar PS. Mas,
para que tal aconteça, considero necessárias ver satisfeitas algumas condições
essenciais.
1.
Que o PS desenvolva todos os mecanismos
necessários, antes e depois do ato eleitoral, para que não paire a mais leve
sombra sobre os próprios resultados.
2.
Que o líder PS da Madeira e candidato diga qual
a posição de um governo nacional socialista
quanto ao novo hospital regional.
3.
Que o Governo do PS garanta as condições para
que o Estado Social na Madeira seja viável e sustentável, nomeadamente a
renegociação da dívida regional , montantes e juros. Embora essa não seja uma
condição para a minha decisão enquanto cidadão, defendo que o Estado devia
integrar na dívida da república a dívida regional, não só do ponto de vista
formal mas do ponto de vista de montantes, plafonds e pagamento.
Estas são as condições necessárias para eu poder votar
livremente no PS. Não há aqui nenhuma pressão nem ultimato, mas não deixo de recordar
um texto que nos foi dado pela há miprofessora, aliás, uma excelente professora,
da disciplina de Língua e História Pátria. Dizia ao rei um
membro da corte de D. Afonso IV, criticando a sua administração: - Vossa
Majestade terá de mudar as suas prioridades, senão… - Senão,
o quê? – indagou o rei. – Senão, não! –devolveu-lhe
o conselheiro.
Aguardo até a última semana de campanha por uma posição clara do cabeça de lista do PS-Madeira à Assembleia da República. Um eleitor não deve passar cheque em branco a nenhum candidato. Só assim votarei em consciência.
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