quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Casa dos Sem-Abrigo nas 5 centúrias de obra social
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
O tempo da razão
Tenho seguido, atenta e
razoavelmente, a campanha para a liderança do PSD-Madeira e lido as propostas.
Algumas, não poucas, são boas por si mesmo, outras pela visão estratégica que
revelam. Tenho também acompanhado as críticas inerentes ao processo e nada
ultrapassou, até agora, as fronteiras da fratura irreversível no pós-eleições,
a não ser para aqueles que acham que as disputas eleitorais não podem ser
duras, uma cultura que vem do tempo do unanimismo salazarista. Em todo o
processo, o que mais se coloca é a
questão da razão. Em política, há quem tenha razão antes do tempo e há quem
tenha razão a tempo e ainda há os que têm razão depois de tempo, que é o que se imputa a todos ou a alguns destes
candidatos. Se estiverem – agora – a fazê-lo e a dizê-lo por convicção e não por mera tática eleitoral, interna e
externa, ainda vão a tempo. Até porque, no futuro imediato, seja qual for o
vencedor e candidato a presidente do governo, muitas destas críticas e
propostas vão ser cotejadas com a nova realidade que vamos viver a partir de
2015, com os condicionamentos regionais, nacionais e internacionais que se
sabem. Da razão, também se pode dizer dos partidos mais oficialistas da
Oposição. É certo que a razão com que
criticam o poder executivo regional se mantém intacta, porque nunca o
exerceram. O busílis é a aplicação
proporcional e ética da sua conduta a partir dos fóruns onde têm e são poder. A razão formal
que lhes assiste ao destempo da razão destes candidatos do partido que sempre
exerceu o executivo regional, esvai-se, não
total mas fortemente, quando se conhece a forma de
exercício do poder interno dos
respetivos aparelhos partidários ou dos lugares onde são ou têm sido poder externo, seja no poder local, seja no poder
nacional, onde todos eles, os partidos oficialistas, já foram poder. Não há, assim, um maniqueísmo que salve
ninguém se ele se limitar a usar a velha fórmula proselitista do “nós” e do
“eles”. O momento requer que todos,
coletivamente, assumamos o que há de melhor em cada um e de todos nós. P.S. A
vitória do CDS em Santana foi uma surpresa eleitoral para mim e para muitos, e,
até agora, o exercício do poder pelo respetivo Presidente da autarquia, uma
surpresa agradável.
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