segunda-feira, 19 de novembro de 2012
OS RESSABIADOS QUE ATACAM A DIREÇÃO DO PS-M, O JORNALISMO E OS FRETES OU LOGRO DE ALGUNS POLÍTICOS DA OPOSIÇÃO
Já toda a gente percebeu que a atual direção do PSM tem a mesma cultura do regime, ou seja, a atual direção do PSM não se diferencia do regime nem vê problema nos seus métodos. O problema para a Direção do PSM é não ter poder e tender cada vais mais a tê-lo e obtê-lo cada vez menos. De resto, a Direção do PS faz sarcasmo com os que se queixam dos métodos que usa para denegrir os seus adversários, tal como o regime; faz ou é cúmplice dos ataques pessoais dos seus colaboradores, tal como o regime; desenvolve campanhas de descredibilização do adversário, tal como regime, ou mesmo ultrapassando-o. E há uma acusação generalizada sem provas que a Direção do PSM herdou do regime: quem não concorda com o regime é ressabiado. Quando é necessário, a Direção do PS e seus colaboradores, no chamado perímetro do Apolo, que é amplo, e vai desde a praça amarela ao centro da sé, abrange o Apolo e pode ir até ao Golden ou mais. E nesses dias é passada a palavra de ordem a dirigentes políticos da oposição e do regime: fulano, beltrano ou sicrano é ressabiado. Acontece que a campanha também se estende a jornalistas, que, na sua boa fé, e não sabendo do que se trata e de quem se trata, engolem-na. Bem, manda a objetividade jornalística que se faça o crivo, quer por parte de um jornalismo sério e responsável quer de dirigentes políticos dignos desse nome. Além de outros, também eu sou atingido por essa acusação de ressabiamento sem que nem a direção do PSM nem os seus interlocutores cuidem de saber os fundamentos da acusação. Ora vejamos o meu percurso no PSM. A última, à falta de melhor, é que eu sou ressabiado porque queria ir para a Direção do PS Madeira, seja lá isso o que for. Bem, já integrei a Comissão Regional do PS, a Comissão Política e o Secretariado, que é a Direção do PS, neste caso, do Secretariado, que é o governo do Partido, sempre convidado por líderes que não apoiei, onde, aliás, apresentei, entre muitas propostas – dizia um já saudoso militante que, num secretariado do Partido, se tinha apresentado mais propostas que 20 anos de partido – desde a criação da Associação de Autarcas, a Tendência Sindical Socialista, a denominação de Festa da Liberdade para a festa do PS, a criação do Gabinete do Cidadão. Se eu tivesse ambição de ir para a direção do PS, certamente não tinha sempre apoiado os candidatos antecipadamente tido como perdedores.
Funções remuneradas em cargos políticos: de deputado municipal do PS: toda a remuneração auferida foi entregue ao partido e suspendi o mandato para dar lugar a outro por defender a rotatividade dos mandatos; vereador em Santa Cruz, suspendi por não concordar com a orientação política da Direção do Partido; função pública exercida por indicação do PS: adjunto da vice-presidência da ALR: suspendi por ser incompatível com a proposta que defendi na Comissão Política de que o então Presidente do Partido e recentemente eleito deputado da Assembleia da República (2011) devia exercer o cargo de deputado nacional.
Portanto, o que é um ressabiado em política? Aquele que, querendo um lugar e não o obtendo, fica agastado. Como se vê, eu tive-os e renunciei a eles por “moto próprio”.
A verdade é esta: a atual Direção do PS e do Grupo Parlamentar está ressabiada porque eu não as apoiei como no passado politicamente e não suportam nem aceitam o direito de eu poder ter participação cívica que não passe por um apoio político a essa Direção. A Direção partidário-parlamentar sabe muito bem disso. Ou não sabe e quer que lhe explique?
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