As crises cíclicas que afectam o PS/Madeira têm quase sempre o mesmo objectivo e tiveram quase sempre uma "audiência seleccionada", desde os "famosos notáveis", onde estava reservado o direito de admissão, isto é, a própria conspiração vinha eivada do espírito faccioso que corrói o partido - e o objectivo é: derrubar o presidente. E o resultado foi também sempre o mesmo: zero. Alguns dos conspiradores participaram já em vários movimentos contra vários líderes, alguns em todos os movimentos e alguns mesmo tinham elegido o líder que queriam derrubar. Alguns, depois de terem tentado derrubar o líder, aceitaram ser candidatos a deputados à ALR e AR indicados pelo líder ou líderes que antes tinham querido derrubar. Ver-se-á no futuro se tal volta a acontecer.
Entretanto, passada a euforia conspirativa, toda volta à estaca zero e o partido e a sua inserção na sociedade ficam por discutir porque não se vai à raiz dos problemas. E, pelo que vejo, desta vez será o mesmo: não se discute a questão essencial porque, para isso, era também preciso ter a humildade de estudar, a fundo, qual a origem do partido, qual o seu papel, a sua natureza, o que se pretende do PS, quais os factores endógenos e exógenos que contribuem para a sua crise que não é só e não é sobretudo endémica, muito embora tenha marcas genéticas da sua implantação aqui e antes, com reflexos aqui e agora, aqui e para o futuro. E nos factores exógenos, que sistema partidário é que temos, na teoria e na prática, na Região. Quais os objectivos prioritários, determinados em função da natureza do PS e do seu papel, que podem estancar e reverter o percurso que vimos todos trilhando. Receio que as mesmas reuniões com os mesmos protagonistas, alguns - eu já conheço, e já integrei esses supostos movimentos - onde, se discutem mais as personagens que o enredo da história, conduzam sempre aos mesmos resultados - desejo de mudar as personagens para que tudo fique na mesma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário