terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

PLURALIDADE NA TELEVISÃO

É obvio que o que disse sobre o Canal I, Marcelo e Vitorino, o mesmo se aplica à Televisão da Madeira. Sem transformar o comentário em programa de propaganda partidária, é óbvio que o comentário político, que em Portugal abusa do estatuto de comentador-político, mas que, nessa circunstância, deveria cobrir o leque da pluralidade democrática, pois isso só enriquece a democracia e solidifica as convicções de cada um. Além de tornar possível uma escolha consciente e democrática dos cidadãos. Entendo que as forças políticas devem ter a força proporcional ao valor das suas propostas e dos seus argumentos e à convicção com que os defendem - não podem os resultados eleitorais serem a consequência do silenciamento de nenhuma força política. Na Madeira, é isso que acontece. Aliás, devo dizer que não são as vitórias do PSD que me incomodam. O que me incomoda é sobretudo a forma como o PSD consegue essas vitórias, pelas quais, aliás, não está de parabéns. No dia em que o PSD ganhar as eleições em igualdade de circunstâncias com as outras forças políticas, eu estarei perfeitamente em paz com a minha consciência cívica. Enquanto assim não for, não me parece que me mereça congratulação.

Nenhum comentário: