sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

TELEVISÃO DA MADEIRA / "ESTADO DA REGIÃO"

















Para os que criticam o Governo da República, vale a pena lembrar que o canal público de televisão tem programas de debate e de crítica cuja pluralidade política é inegável. Basta lembrar o "Prós e Contras" (às vezes, mais prós do que contras, reconheça-se), mas sobretudo quero aqui falar do "Estado da Nação", um programa com representantes de todos os partidos.
Já está na altura de a RTP-Madeira ser autónoma em relação ao poder político do Governo do PPD e promover um programa semanal, ou quinzenal, mensal, vá lá, com representantes de todos os partidos políticos com assento parlamentar.
Ou julgam que a Autonomia da Madeira só se defende com invectivas a Lisboa? Não, a Autonomia amplia-se com o aprofundamente da Democracia, com uma visão regional dos problemas da Madeira, do ponto de vista político, uma política que traça desígnios na cultura madeirense, na economia madeirense, no ensino madeirense, na geografia madeirense (ainda se sabe mais da geografia do território continental do que da da região) na ciência madeirense, na História madeirense, na Língua Portuguesa na sua variante madeirense (com a Autonomia, a sintaxe, o léxico, a pronúncia, a fonética madeirense, tão ricas, foram colocadas na clandestinidade - estes autonomistas - não será melhor dizer estes "antilisboetas" ou até mesmo "antiportugueses" (confundem, estes autonomistas de pacotilha, o que revela uma mentalidade de escravo colonizado, "continental" com "português, o que quer dizer que julgam que a portugalidade dos madeirenses é também uma "transferência" do Governo da Repúlbica) que governam a região, fala-se hoje mais "lisboeta" ou "continental", quer na pronúncia, quer no léxico - onde anda o nosso vocabulário? A propósito, por que é que se insiste em dizer "cobarde" quando a maioria do povo madeirense diz "covarde", os brasileiros, que são a esmagadora maioria dos falantes, dizem "covarde" e é uma das opções disponíveis na Língua? Só porque os continentais dizem "cobarde"? - Condunde-se a norma padrão com "norma continental", é de uma ignorância de bradar aos céus! Autonomistas complexados, é o que é! - na sintaxe que antes da autonomia, e quase já não há semilhas à mesa, só se come batatas. Até me faz lembrar a minha viagem de finalista em 77. Ia no grupo um flamista assumido. No Hotel Oslo em Coimbra, eu, com o meu orgulho madeirense dentro da portugalidade pedi ao empregado que servisse mais semilha. Mais semilha mesmo, assim mesmo. E faz o flamista aflito: "Não digas semilha, diz batata para eles não gozarem connosco!" - "Gozar, mas então tu não és separatista, não defendes tudo o que é madeirense?"), com políticas sociais madeirenses. Isso sim, é que é ser madeirense. Não é dizer "a Madeira é linda", "o nosso povo é o maior", "a Madeira devia ter uma selecção (ah, sim, dava jeito para fazer grupos de apuramento, daquelas equipas que servem para aumentar a pontuação das grandes selecções, e assim se humilhava a Madeira e se achincalhavam os madeirenses. Essa da selecção da Madeira faz lembrar a ideia da moeda própria (a "pataca" de Crisóstemo).

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