domingo, 16 de março de 2008

TRAIÇÃO À MEMÓRIA DE ÁLVARO CUNHAL


Esta atitude do PC e da sua clique dirigente liderada por Edgar Silva nem sempre foi a tradição do PCP das lutas anti-fascistas e do combate heróico contra a direita ideológica. E isto porque o PCP sempre distingiu entre o combate aos Governo do PS que "praticavam políticas de direita", no dizer do PCP, e o combate estratégico contra o adversário comum da direita ideológica. Se em Outubro de 1985 o PCP de Álvaro Cunhal contribuía para a estrondoda derrota do PS de Mário Soares na legislativas, já em Janeiro de 1986 o PCP reunia o seu Congresso Extraordinário e Álvaro Cunhal apelava ao voto no candidato da esquerda unida, Mário Soares, para derrotar o candidato de toda a direita. Se estivesse no Congresso Extraordinário do PCP que se decidiu quase por unanimidade apelar ao voto em Soares, como teria votado Edgar Silva? Ter-se-ia juntado aos dois votos contra? Uma coisa é certa, ao (tentar) impedir a unidade dos democratas para derrotar o PPD, o PCP Madeira não honra a memória de Álvaro Cunhal, porque não distingue o acessório do essencial, porque se pede no seu tacticismo em vez de dar o seu contributo para a estratégia democrática, porque está mais preocupado com o seu umbigo do que com a saúde do corpo doente da Democractia na Madeira.

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