segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Até que ponto a cultura do regime foi instigada inconscientemente na opinião pública e publicada?

Qual é o principal adjectivo atribuído pelo regime aos que se lhe opõem: ressabiados! Ressabiados, louquinhos, frustrados, não coisam - toda a gente sabe que os infantários só têm filhos do regime. Agora, o Director do Diário de Notícias - o grande adversário da Plataforma Democrática no Diário - vem chamar-lhe de "do vinagre". Ricardo Oliveira fá-lo com consciência plena ou não tem a mínima noção de como e o quanto incutiu os argumentos do regime, que são argumentos pessoais, próprios de um regime totalitário? Que, a bem ver, não são argumentos lógicos mas patológicos, portanto, vitupérios, os do regime, "ad hominem", e que, eles, sim, revelam a natureza profundamente patológica de um regime que não tem consistência ideológica mas busca justamente a neutralidade ideológica e programática, visto que aspira a ser único? Aconselho a que leiam a recente História de Portugal de Rui Ramos e a ver a natureza compromissória da Constituição de 1933, com base na neutralidade programática, o que explica a longa vida do regime anterior e a do actual regime regional. (Salazar, que chegou ao governo por mão de um primeiro-ministro madeirense, teve como seu ideólogo inicial outro madeirense, Quirino de Jesus):

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