sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Convenção democrática na Primavera de 2011

Líder do PS-M espera reunir partidos e pessoas e instituições com actividade cívica

Jacinto Serrão quer organizar, na Primavera do próximo ano, uma convenção da plataforma democrática que espera ver criada pelos partidos da oposição, por entidades com actividade cívica e cidadãos independentes.

Esta convenção, que funcionará em moldes idênticos às reuniões magnas dos partidos, servirá para a apresentação de propostas concretas de convergência entre as forças políticas e sociais e poderá constituir a base de outros acordos futuros.

Na carta que está a enviar a partidos, instituições e personalidades de diversas áreas, o líder do PS-M já adianta um calendário para os trabalhos. A Primavera de 2011 é o período proposto para um encontro alargado que permita debater os problemas da Região, sobretudo as consequências da crise económica e o ambiente político e estabelecer bases de convergência.

Por coincidência, esta convenção deverá acontecer num período em que também está prevista a realização do congresso regional do PSD que irá preparar as eleições legislativas de Outubro de 2011.

Plataforma alargada
Na proposta de Serrão fica claro que esta convenção será "autónoma em relação ao poder nacional e regional" e que não só contará "com os partidos com assento parlamentar, mas igualmente com os movimentos e organizações da sociedade, além de personalidades de relevo da vida da Madeira".
Convencer os outros partidos a integrar esta plataforma democrática é o próximo objectivo do líder socialista madeirense.

"Não há nenhuma razão, do ponto de vista ideológico que possa ser invocada para não aderir a uma ideia que tem como ponto de partida, justamente, criar as condições democráticas para a afirmação dos diferentes programas políticos", escreve Jacinto Serrão na carta enviada às direcções partidárias.

Serrão faz contas
Além dos partidos - são referidas todas as forças da oposição - e cidadãos independentes com reconhecida actividade social e especialistas em áreas como a economia, ambiente e cultura, a plataforma também poderá integrar, segundo o PS, "cidadãos sociais-democratas sem partido ou que não se identificam com o PPD/PSD".

Serrão avalia em 40 a 55% dos votos o universo eleitoral das forças políticas a quem enviou propostas. Uma base de entendimento que poderia constituir uma maioria na sociedade madeirense.

Até à Primavera, pode ler-se no texto assinado pelo presidente do PS-M, decorrerá tempo suficiente para o diálogo entre os intervenientes na plataforma democrática e "entre estes e a sociedade".

Coligação em aberto

Embora afirme que essa não é, neste momento, "a prioridade nem mesmo um objectivo", Jacinto Serrão reconhece, na carta enviada aos partidos que o entendimento poderá ter outra abrangência.

Sem referir, abertamente, a possibilidade de coligações, o líder do PS-M considera que "havendo convergência permanente e prolongada no tempo entre partidos em diferentes matérias, podem os mesmos partidos decidir evoluir para outro patamar de acordos". No entanto, considera obrigatório o respeito pela "autonomia programática de cada força política".

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