quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Uma posição que tem a minha simpatia: Nem Jacinto Serrão, nem Víctor Freitas

Miguel França, para já, não apoia nenhuma das candidaturas à liderança do PS-M
Data: 12-11-2009

O único deputado do PS-M na Assembleia da República (AR) não vai declarar apoio a nenhuma das candidaturas à liderança do PS-M, pelo menos por agora.

O antigo pivot do Telejornal da RTP-M, Luís Miguel França vê virtudes quer em Jacinto Serrão, quer em Víctor Freitas, de quem aliás "é amigo pessoal" mas esta é uma guerra onde o socialista não se quer meter. "Acho que o Jacinto Serrão foi um bom líder para o PS, até porque foi com ele que tivemos os melhores resultados, mas considero também que Víctor Freitas é um excelente quadro do partido, que fez um óptimo trabalho enquanto líder parlamentar", analisou.

Militante no papel

Apesar de se ter filiado em Setembro no partido, o parlamentar prefere, agora, centrar atenções no combate político em Lisboa, até porque lembra que o congresso regional é só em Janeiro. "Acho que o que é melhor para o partido é que eu me concentre nas minhas funções no parlamento nacional", afirmou ao DIÁRIO o deputado. Luís Miguel França está empenhado em dominar a terminologia e dinâmicas parlamentares pois antevê grandes desafios como a discussão da Lei das Finanças Regionais, onde terá um papel preponderante uma vez que pertence à comissão de Orçamento e Finanças da AR (a pedido do próprio), onde a proposta será exaustivamente analisada.

Esta posição não quer, contudo, dizer que Luís Miguel França está à margem do que se passa na Região, muito menos do que se passa no partido. "Estou a par dos programas, acho que são ambos bons e espero um debate sereno e elevado nas concelhias". explicou. Em causa, diz o deputado, "está o futuro do partido e a recuperação de um certo eleitorado perdido". O responsável não descarta a possibilidade de, mais tarde, vir a declarar apoio público ao candidato que merecer a sua confiança, mas garante ser capaz de trabalhar quer com um quer com outro, o que vai acabar por acontecer, já que o mandato na AR será, à partida, de quatro anos.

Nenhum comentário: