quinta-feira, 29 de maio de 2008

JAIME MONIZ




Jaime Constantino de Freitas Moniz (Freguesia da Sé, Funchal, 18 de Fevereiro de 1837 — Lisboa, 16 de Setembro de 1917) foi um político e intelectual madeirense que se distinguiu na área da educação. Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, foi advogado de nomeada, professor do Curso Superior de Letras, deputado, par do Reino, Ministro da Marinha e Ultramar no Governo de Fontes Pereira de Melo e presidente do Conselho Superior de Instrução Pública. Foi membro da Academia Real das Ciências de Lisboa, da qual foi secretário, tendo publicado sob a égide da instituição uma importante colectânea de diplomas referentes às relações entre Portugal e diversas potências estrangeiras. Introdutor da pedagogia científica em Portugal, a reforma do ensino secundário que liderou em 1894-1895, conhecida por Reforma de Jaime Moniz, ficou famosa, influenciando o desenvolvimento daquele nível de ensino até à década de 1930.
Como lente do Curso Superior de Letras afirmou-se como um dos mais distintos, tendo como colegas no magistério personalidades como António José Viale, Pinheiro Chagas, Adolfo Coelho e Teófilo Braga.
Iniciou em Lisboa uma carreira de advogado. Na defesa do jovem intelectual e deputado José Cardoso Vieira de Castro, desencadeou uma atenção mediática sem precedentes, havendo-se com assinalável eloquência e brilhantismo, o que lhe valeu grande exposição na imprensa da época e o louvor de intelectuais como Pinheiro Chagas e Camilo Castelo Branco. Os discursos proferidos e as actas do julgamento foram publicados em livro[2, que teve largo sucesso editorial, com tal impacto que os portugueses residentes no Rio de Janeiro enviaram uma coroa de ouro a Jaime Moniz, como homenagem ao seu desempenho.
Foi deputado por Castelo Branco e depois por Goa. No parlamento afirmou-se como orador distinto, intervindo maioritariamente em matérias relacionadas com a instrução pública e com as questões coloniais.
Como Ministro empreendeu algumas reformas, mas defrontou-se com sérias dificuldades em resultado da revolta das tropas indígenas do Estado da Índia, que foi dissolvido e substituído por forças expedicionárias enviadas de Portugal.
Proferiu na Câmara dos Deputados um notável discurso sobre a excessiva militarização da administração colonial portuguesa, que depois fez publicar como opúsculo.
Para além da sua actividade política, empreendeu diversos estudos científicos, em comissões de serviço especialmente autorizadas para esse fim, incluindo uma destinada ao estudo da existência de povos celtas na Península Ibérica.
Foi sócio de várias sociedades literárias e científicas, nacionais e estrangeiras. Foi sócio efectivo da Academia Real das Ciências de Lisboa, exercendo durante muitos anos o cargo de secretário daquela instituição, sucedendo no lugar a Latino Coelho e Pinheiro Chagas. Nessas funções elaborou diversos relatórios e memórias, alguns dos quais foram publicados.
Após o seu falecimento, por proposta da Academia Real das Ciências de Lisboa, em 1919 foi dado o nome de Liceu de Jaime Moniz ao Liceu do Funchal, a actual Escola Secundária Jaime Moniz.(Fonte: Wikipédia)

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