domingo, 21 de dezembro de 2008

O REGIME DEMOCRÁTICO ESTARÁ EM PERIGO NA MADEIRA ENQUANTO SE MANTIVER O CONCEITO INSTÁVEL DE AUTONOMIA EVOLUTIVA - COMO NOS AÇORES

A Democracia, para funcionar como deve ser, implica um conjunto de regras claras estáveis e aceites por todos. O conceito de autonomia evolutiva não põe em risco a unidade da Nação, visto que esta, na sua coesão intrínseca, é imune aos jogos político-partidários e aos arremessos dos líderes de circunstância, ainda e quando a circunstância leve 30, 16 ou doze anos de aturado governo. Mas o que, de facto, não aguenta a instabilidade do regime é a Democracia. As maiorias políticas que têm governado as Regiões Autónomas, particularmente a Madeira, sabem-no bem: nenhuma alternativa democrática é possível enquanto não se estabilizar de vez o regime constitucional vigente nas Autonomias. As maiorias regionais não estão preocupadas sinceramente com mais ou menos autonomia. O que as (de)move é, de facto, a construção das alternativas. Só vejo uma solução para isso: que as oposições se unam em redor de um projecto de revisão constitucional que defenda a Independência Nacional no todo pátrio, e que essa defesa se faça em uníssono com a defesa da Autonomia e da Democracia. Portugal formou-se com base na coesão dos municípios, segundo um movimento indutivo, que coincidiu em absoluto com o movimento dedutivo da Reconquista e só assim pode subsistir e ser o gérmen do mais longo império que o Mundo conheceu.

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