domingo, 5 de abril de 2009

ANÁLISE DA SEMANA ARRASA POLÍTICA DO GOVERNO DO PPD

DIÁRIO DE NÓTICIAS:

(um exemplo para os que, tendo desistido já de criticar o PSD, têm imensa coragem para criticar o líder do PS).

Governo põe-se a jeito das moções de censura
A hora mudou mas os problemas continuam a acordar cedo os que mal dormem
Data: 05-04-2009


Domingo de Ramos. Uma jornada que torna presente a entrada triunfante do profeta na sua terra, depressa transformada em via-sacra e calvário. Já há dois mil anos a glória era efémera.

Por cá, há quem se habilite ao mesmo desfecho, embora ignore a cruz presente em muitas vidas, forçando à dimensão folclórica da existência, como forma de conquistar um lugar na história.

Uma obsessão reprovável, assente na exploração do suor e sangue dos verdadeiros obreiros da Madeira, na estigmatização da diferença, no escárnio constante e na festa hipócrita. É este o Governo que alguns fizeram por merecer, mas que se põe a jeito da censura pública permanente, através de moções ou simples emoções.

O que merece então um Governo que promove a asfixia económica, não inaugura o povo e se serve das obras feitas à custa do dinheiro de todos os contribuintes para descarregar ódios e fazer propaganda política?

O que merece um Governo que foge ao debate, discrimina deputados da oposição e desrespeita o Parlamento?

O que merece um Governo que, em troca da bajulice e de louvores encomendados, se prepara para conceder um apoio a mais um estádio de futebol que vai custar mais de 31 milhões de euros?

O que merece um Governo que goza com a precariedade laboral e não consegue travar o desemprego galopante?

O que merece um Governo cujos membros fazem férias em casas pagas pelo povo madeirense?

O que merece um Governo mais preocupado com o desempenho eleitoral do partido que o sustenta e com a necessidade de ter em quem não manda na Região um 'bode expiatório' do que em resolver os dramas da população, como se o desenvolvimento pagasse a prestação da casa, a conta do supermercado e a educação dos filhos?

O que merece um Governo que insulta quem não faz o frete, nem o discurso conveniente ?

O que merece um Governo que não paga a quem deve e só subsidia quem controla?

O que merece um Governo que põe em risco a saúde pública ou não zela pela qualidade de vida dos cidadãos, muitos deles sem direito a médico de família, nem a uma cama hospitalar para curar-se do alcoolismo?

O que merece um Governo que apregoa o que não pratica, que pede a salvaguarda dos postos de trabalho, mas que também despede nas empresas onde injecta milhões de euros mas que dão prejuízo e acumulam dívidas?

O que merece um Governo que desregula o mercado e é cúmplice da concorrência desleal?

O que merece um Governo que conta versões à sua medida dos negócios que inviabiliza e espeta na praça pública o que lhe dá jeito, na tentativa tresloucada de fugir às responsabilidades?

O que merece um Governo que ignora os conselhos dos sábios e de quantos decidem injectar capital nas economias em crise, reafirmando que a Região continua a não precisar de orçamento rectificativo?

O que merece um Governo que processa judicialmente gente que não governa, só porque, a bem da nação e dos valores inegociáveis, ousa opinar sobre o desgoverno reinante?

Um Governo deste calibre merecia apanhar boleia no foguetão lançado por estes dias no Cazaquistão e que colocou no espaço o satélite financiado pela Madeira. Nessa viagem sempre podia lembrar-se que, quando quer, aterra.

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