terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Não reivindico coerência mas também não peço nem recebo lições
Quanto ao facto de dizer que fiquei irritado, já não comento, é seu hábito envolver sentimentos e questões fisiológicas com questões ideológicas, enfim, é o que há. Não, não sou recentemente socrático, porque não me defino como socrático, nem deixei de ser anti-socrático, porque nunca foi. Sou democrata e socialista e pugno por essas ideias. Se, por causa disso, tiver de ser anti-qualquer coisa, serei, mas não me defino anti-nada mas sempre em função das ideias que defendo. Sou do PS porque o PS se identifica com aquilo que penso, e em defesa daquilo que penso critico tudo aquilo que, no PS, entendo, bem ou mal, não serve o seu ideário - e criticar os erros dos dirigentes é defender um partido e não atacá-lo. Debato o projecto socialista, mas, no essencial, não questiono. Criticar os líderes não é, necessariamente criticar o PS, desse ponto de vista - isso é próprio de partidos antidemocráticos. Já o fiz, e não me senti a criticar o projecto do PS. Diferente, bem diferente, mas legítimo, para os que o não são, é criticar o PS pretendendo criticar igualmente o programa. Defenderei sempre o projecto socialista e, se para isso, for necessário criticar os erros, não hesitarei. Já agora, não me lisonjeiam os aplausos, antes rejeito, dos que mos dão quando critico os erros dos socialistas, mas também não me incomodam os reparos de quando aplaudo os socialistas, era só o que faltava. Até porque não interfiro em críticas, raras ou inexistentes ou os aplausos diarreicos de elementos de outros partidos entre si, são assuntos deles. Não reivindico sempre coerência, até porque a coerência absoluta leva ao imobilismo, nem me preocupo com as coerências formais mas radical contradição. Quanto ao texto de Mário Crespo, tem um conjunto de factos, alguns dos quais censurei em devido tempo, mas eles, obviamente, não sou ingénuo, inserem-se num determinado contexto político-eleitoral. Outros ainda, são mera mixórdia e calúnia. Mais do que o que ele diz, referi-me ao que ele não tem dito, e, portanto, quem aqui cala, por que ali fala? De qualquer maneira, saúdo a dinâmica renovada desse blogue neste ano eleitoral...
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A Comunicação Social ao Serviço do Poder
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