segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Batalha de Ásculo


A Batalha de Ásculo (em latim, Asculum ou Ausculum) - teve lugar em 279 a.C., e teve como adversários os Romanos, sob o comando de Publius Decius Mus, contra os Tarentinos, Oscos, Samnitas e Epirotas, sob o comando do rei Pirro. Esta batalha ocorreu na sequência do conflito entre Tarento (Tarento (em italiano Taranto) é hoje uma comuna italiana, capital da província homônima, na região da Puglia) e Roma pelo controlo da Magna Grécia.

[editar] Exércitos
Esta batalha foi o segundo recontro entre um exército à base de falanges Alexandrinas e a legião de Roma. Os exércitos tinham um número de forças semelhante.

Os romanos tinham mais infantaria (quatro legiões, vinte mil romanos, mais alguns aliados Daunos) e trezentos dispositivos anti-elefantes. Depois da Batalha de Heracleia, na qual os elefantes de guerra epirotas tiveram um impacto pesado nos romanos, as legiões trataram de prover-se de armas flamejantes e mecanismos anti-elefantes: eram carroças de bois equipadas com longos picos que serviam para ferir os elefantes, potes de cerâmica a arder para assustá-los e tropas que atiravam dardos aos animais, de maneira a afastá-los.

Pirro colocou no campo de batalha infantaria e cavalaria macedónias, as suas próprias tropas, infantaria de mercenários gregos, aliados gregos da Itália, inclusive uma milícia de Tarento, vinte elefantes, e cavalaria e infantaria samnitas. O exército Epirota tinha vantagem na cavalaria e nos elefantes. De modo a neutralizar a legião romana, que tinha mais mobilidade e era mais flexível, Pirro misturou nas falanges algumas tropas ligeiras itálicas.

[editar] Batalha
A batalha travou-se durante dois dias. Como era costume nas estratégias militares da altura, ambos os exércitos colocaram a infantaria ao centro e a cavalaria nos flancos. Pirro dispôs a sua guarda pessoal de cavalaria em reserva na retaguarda, ao centro. Os elefantes, inicialmente ficaram também dispostos em reserva.

No primeiro dia, a cavalaria e os elefantes de Pirro não conseguiram transpor os bosques e colinas onde a batalha foi travada. No entanto, os soldados itálicos que se encontravam entre as falanges lutaram bem. Os macedónios romperam a primeira legião romana e os aliados latinos no flanco esquerdo, mas a terceira e quarta legiões romanas derrotaram, no centro, os Tarentinos, Oscos e Epirotas. Entretanto, uma força de Daunos atacou o campo de Pirro. Este enviou cavalaria de reserva para tratar das fileiras em ruptura no centro, ao mesmo tempo que lançou mais cavalaria e alguns elefantes para desbaratar os Daunos. Quando eles retiraram para uma colina inacessível, Pirro mandou os elefantes contra a terceira e quarta legiões. Estas, tal como os Daunos, refugiaram-se em locais altos arborizados, ficando debaixo de fogo dos arqueiros e fundeiros que conduziam os elefantes e não podendo responder. Pirro enviou então infantaria atamana, acarnense e samnita de modo a afugentar os romanos para fora dos bosques, mas esta foi interceptada por cavalaria romana. Ambas as partes retiraram ao pôr-do-sol, não tendo qualquer delas ganho grande vantagem sobre a outra.

De madrugada, Pirro enviou infantaria ligeira para ocupar o terreno difícil, que tinha sido um ponto fraco no dia anterior, forçando os romanos a lutarem em campo aberto. Tal como em Heracleia, seguiu-se um confronto entre a falange e a legião, até que os elefantes, com o auxílio da infantaria ligeira, romperam a linha romana. Foi nesta altura que os carros anti-elefantes se lançaram contra eles. A eficiência destas forças não durou muito, pois os psiloi (forças semelhantes a archeiros ou peltastas) deram conta das carroças romanas. Os elefantes carregaram então contra a infantaria romana, desbaratando-a. Simultaneamente, Pirro ordenou que a sua guarda real carregasse, consumando a fuga romana. Os romanos retiraram para o seu campo.

Os romanos perderam 6000 homens; Pirro perdeu 3500, incluindo muitos dos seus oficiais. Foi uma vitória arrancada a ferros pelos epirotas, que veio a ser conhecida como Vitória Pírrica, significando que foi uma vitória com custos altos demais para ser considerada uma boa vitória. Consta que Pirro terá dito mais tarde: "Mais uma vitória destas e estou perdido."

[editar] Bibliografia
Informação acerca desta batalha pode ser encontrada nas Vidas (Pirro 2 1), de Plutarco, Políbio, Dionísio de Halicarnasso (XX 1--3) e Lívio.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_%C3%81sculo"

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