sábado, 4 de outubro de 2008

As nacionalizações ou a horas das reformas estruturais, Willem Buiter



Lido aqui:

«O apoio do Estado deve ter um preço. Proponho que, como parte desse preço, o Estado se torne accionista permanente das instituições que beneficiem do seu apoio. Pode ser que esta proposta se torne redundante porque a maior parte do sector financeiro acabará por ser nacionalizado à medida que a crise se desenrola». Willem Buiter da London School of Economics no seu blogue no Financial Times. A presença pública directa no sistema financeiro, associada a uma série de outras reformas estruturais, é a única forma de assegurar a estabilidade financeira sistémica e de proteger minimamente os cidadãos. Bem público. Não é só o neoliberalismo, concebido como a renovada ficção do mercado auto-regulado, que tem de ser deitado para o caixote do lixo da história. É a ideia, associada a uma versão mais sofisticada do movimento e que fez o seu caminho na «esquerda moderna», de que a propriedade pública já não interessa para nada e que basta criar reguladores «independentes». Independentes do poder político democrático. Inevitavelmente dependentes dos interesses irresponsáveis e predatórios dos operadores dos mercados financeiros ou de outros sectores estratégicos em mãos privadas.

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