quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O CARÁCTER DAQUELES QUE GOVERNAM O PAÍS

Vejam a pérola que o Governo de Passos Coelho exigiu que se colocasse no memorando de entendimento: "O Governo Regional da Madeira reconhece que a violação dos limites ao endividamento da Região Autónoma da Madeira, tal como estabelecido na Lei de Finanças das Regiões Autónomas, e a consequente deterioração da situação financeira da Região Autónoma da Madeira impossibilita o pagamento de compromissos no curto e médio prazos."

O meu comentário a isto:
Esse parágrafo é, de facto, inenarrável. Por um lado o governo regional reconhece que que ultrapassou o âmbito da LFR, é certo, mas isso toda a gente sabia. Não há nada que se pareça no memorando que Portugal assinou com a troika, ou seja, as entidades internacionais não submeteram Portugal ao vexame a que o Governo da República submete, gratuitamente, uma Região Portuguesa. Conclusão: mais uma vez eu digo que essa gente do PSD/Passos Coelho demonstra que não tem dimensão de estado e submete os madeirenses a um vexame gratuito e desnecessário, numa palavra: «Canalhas»!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Uma coligação não é um colete salva-vidas



1. Decorrem, neste momento, contactos informais entre alguns partidos para a possível constituição de uma coligação para as autárquicas.
2. Uma coligação só faz sentido na base de um projeto comum a favor das populações e se houver a probabilidade forte de ganhar o pleito eleitoral.
3. Sempre fui favorável a acordos e entendimentos entra partidos nessa base. Mas também sempre achei que há que escolher o momento, sob pena de uma boa ideia ser destruída por não ter sido aplicada nas circunstâncias adequadas.
4. Em 2001 opus-me, nos órgãos do PS, a uma coligação com o CDS por achar que não havia, naquele momento, condições políticas para uma coligação. O resultado eleitoral, pior ainda do que o obtido pelo PS sozinho em 2007, com a candidatura do então líder Mota Torres, veio a dar-me razão.
5. Neste momento, lançar a ideia de uma coligação para as autárquicas sem medir bem se há as condições necessárias para a concretizar pode parecer mais uma espécie de colete salva-vidas para as eventuais forças integrantes e sobretudo um projecto de poder interno das respetivas direcções do que um projeto consolidado ao serviço das populações. Não desperdicemos uma boa ideia, lançando-a mal, por maus motivos e no momento inadequado.