segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

PROGRAMA DO PND, claro e directo: Fim do Estado Social



Amigos, trabalhadores e camaradas, a Declaração de Princípios do PND não é fraca não, ao contrário de Pedro Passos Coelho com a sua revisão constitucional, é directa, frontal e brutal, bruta mesmo. FIM DO ESTADO SOCIAL é o seu objectivo.

Princípio de regresso do Estado Social ao Estado Arbitral, pelo afastamento decidido do modelo do Estado Social e do regresso ao Estado Arbitral.

Atenção professores, médicos, enfermeiros, trabalhadores do público e do privado: para o PND não há "direitos adquiridos".


A Declaração de Princípios do PND é muito clara quanto aos direitos adquiridos, caros trabalhadores e camaradas:

"Os direitos merecidos por oposição aos “direitos adquiridos” – Há direitos inatos: que nascem com os homens e são invioláveis. Em contrapartida, não há direitos adquiridos, mas direitos merecidos, direitos que todos os dias se jogam, com esforço e empenho e se ganham enquanto se merecem, se perdem quando se deixaram de merecer".

O Secretariado do PS

A petulância vingativa de alguns jornalistas: alguns jornalistas, sem coragem nem competência para debater em directo no facebook, chutam para colunas ditas satíricas todo o fel, já para não falar da inveja e do despeito, sempre a falar no tachinho de deputado, falam da direcção do PS como se o Secretariado do PS fosse um bando de analfabetos. Licenciatura não é sinónimo de competência, mas há-de querer dizer alguma coisa. No Secretariado do PS, estão, por inerência ou nomeação, o Presidente, os vice-presidentes, o presidente do GP, e há desde licenciados em engenharia, ciências do desporto e educação física, economistas, contabilistas, em literaturas, profissionais e licenciados em área comercial e serviços de públicos, em saúde, autarcas, deputados, etc. Pode acontecer que sejam todos incompetentes, mas um pouco de mais humildade de alguns jornalistas não ficaria mal.

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O mesmo que fazia atentados de caráter no Pravda mudou-se agora para outra Planeta onde continua a intriga

O «Mourinho» de que fala o basta-que-sim que vai mudar de clube não é JMC...

... e o treinador não é JPG.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Cairo

Funchal

Há petróleo no Beato








Grande transferência na política: o autointitulado «Mourinho» está de saída para outro «clube»


... e está a envolver o «treinador» na manobra, que, por sua vez, ficará sem equipa para treinar na próxima época. Os dois estão apenas à espera de um pretexto para invocar alguma legitimidade na denúncia do «contrato». Anotem isto para mais tarde (vos) recordar.

sábado, 29 de janeiro de 2011

O tesouro


Os dirigentes do PND acham que encontraram um tesouro e comportam-se como os três irmãos de Medranhos. Se querem saber como é que a história acaba, leiam Eça de Queirós.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

«O Senhor Coelho»



Afirmações extraídas de uma entrevista do líder do PND acerca do candidato à Presidência da República, e deputado à Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Coelho


“ambos abstiveram-se das decisões de expulsão do senhor Coelho e da suspensão do parlamento”

O senhor Coelho fez essas declarações numa manifestação 'a quente'”.

O senhor Coelho tem direito à sua opinião”


“ São votos do senhor José Manuel Coelho mas são também votos de uma equipa”

”Se ficarmos reféns do senhor José Manuel Coelho, ainda bem, porque estamos entregues a uma pessoa de bem”.

“O problema é que os senhores nem sabem o poder que o senhor José Manuel Coelho tem dentro do partido”.

“ Essa era a propaganda que era espalhada cá fora, de que o senhor José Manuel Coelho era uma espécie de autómato controlado à distância”

O senhor José Manuel Coelho já manifestou publicamente vontade de se candidatar a essas eleições [República]”

“ nós não vamos fazer o que outros têm feito com o PND e designadamente com o senhor Coelho

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Regime, em estado de choque, entrou em coma


Ja repararam que o regime faz de conta que não percebe o que se passou no domingo. Ninguém fala do resultado de Coelho, que, além de arrasar com a candidatura apoiado pelo PS, humillha o regime e o seu todo poderoso Cavaco na área metropolitana do Funchal e vence em três Concelhos, Funchal, Santa Cruz e Machico. A vitória de Cavaco nos outros 8 concelhos não evitou o seguinte: Cavaco obém 44% por cento dos votos e os outros candidatos um total de 56%. Mas uma vez ficou demonstrado que uma solução política pode sair vencedora na Madeira ganhando apenas em três Concelhos. Daí a pressa de Guilherme Silva em decretar, sem propósito nem razão aparente, que a Plataforma Democrática acabou.

Furacão Coelho arrasa tudo



Não vale a pena disfarçar. O candidato do PS foi estrondosamente derrotado. Mas todos são atingidos. O candidato do regime - apoiado pelo PSD e pelo CDS - nas últimas regionais estes dois partidos obtiveram 70 por cento somados - e a Oposição obtém 56% dos votos, não incluindo o CDS que, convém notar, é da Oposição. Retira-se aos 44 por cento de Cavaco os 5% do CDS, e então temos 39%. Se isto não é um terramoto, então o que é? Um furacão! E tendo em conta o carácter satírico da candidatura contra o regime, então sempre tinha razão quando colocava a etiqueta abaixo.

Eu sempre previ qual era o fim deste regime. Vejam a etiqueta deste post

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Francisco Lopes: o Voto na Democracia Social

Afinal, quem quer extinguir os partidos da Oposição? – Graves declarações de um candidato presidencial

José Manuel Coelho, candidato presidencial: o Bloco de Esquerda "vai desaparecer na Madeira".

1. Imaginemos que Cavaco dizia que os partidos de Esquerda, PS, BE e PCP, em consequência da sua eleição iriam desaparecer? Fascismo”!, diria a Esquerda e com razão. Ou que Alegre dizia que o PSD e o CDS, também como consequência da sua eleição, iriam desaparecer? Ditadura comuno-socialista!, diria a Direita, e com razão! Pois bem, um candidato presidencial afirmou, alto e bom som, que um Partido, no caso o BE-Madeira, iria desaparecer.
2. Todos sabemos a peculiaridade da candidatura de José Manuel Coelho. Há ali uma nebulosa que abrange um arco que vai do anarco-populismo gauchista, que rejeita qualquer tipo de poder organizado, até ao populismo mais radical de direita de natureza antidemocrática. Nenhum eleitor de JMC, com todo o respeito, lhe dá o voto para ser PR, antes pelo contrário, com a certeza de que não o será.
3. Num momento de grande desalento social e de graves dificuldades, o desespero de uma classe média e baixa atingidas, em cheio, pela crise é um viveiro potencial para desenvolver-se uma candidatura destas.
4. Tudo isto é verdade a nível nacional. Só que, se a nível nacional, por mais críticas que se faça, é pacífico que temos uma democracia segundo os cânones europeus, a nível regional todos os partidos de Oposição estão de acordo que não se atingiu os mínimos aceitáveis no quadro europeu. Ou seja, na prática, neste caso, esta candidatura está, objectivamente, ao serviço do regime na Região. (Ver parte final do ponto 6).
5. Ora, ao usar indiferentemente os termos “regime” a nível nacional e regional – que já ontem era usado, com intuitos claros pelo líder do PSD-M, com significado nacional – e ao tratar, por igual, Cavaco, Manuel Alegre, Sócrates e os corifeus do regime na Madeira, a candidatura populista de José Manuel Coelho está a branquear o que se passa na Madeira. Afinal, os epítetos lançados contra o regime na Região não são, dirão os observadores e o regime, por causa da sua natureza, sua, dele, regime regional, mas por causa da natureza da candidatura de JMC.
6. A questão que aqui se coloca é se, afinal, contra tudo o que têm dito publicamente, os corifeus do movimento desta candidatura querem uma alternativa a este regime na região ou se querem apenas ocupar o lugar dos outros partidos da Oposição mantendo o regime? Ou seja, se serão um obstáculo a uma alternativa ao regime, por via de uma arrogância que já se adivinha, o que, na prática, seria, objectivamente, servirem o regime. (Ver final do ponto 4).
7. Por outro lado, toda a gente sabe que esta candidatura de JMC tem sido apoiada formalmente por muitos elementos da candidatura derrotada no último Congresso do Partido – elementos que, formalmente, apoiam a candidatura oficial do Partido - e que (ver peça no Diário) se preparam para promover a agitação se o resultado da candidatura oficial não obtivesse os resultados expectáveis para o Partido. Ou seja, estes elementos apoiam, à socapa, e sem frontalidade, JMC e vão pedir os que formal e realmente apoiam o candidato do partido? Por que não têm a frontalidade de dar a cara por JMC? Por outro lado, é bom lembrar que estes elementos acusaram o líder do Partido de querer banir outros partidos do parlamento. Agora, nada dizem.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Krugman sobre a colocação da dívida portuguesa: mais uma vitória [pírrica] como esta e a perifeira europeia está perdida

Krugman e a vitória de Pirro do governo português: No blog que publica no New York Times, o Nobel da Economia questiona o sucesso da operação de venda da dívida portuguesa e parafraseia Pirro: "Mais uns sucessos e a periferia da Europa será destruída"

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O Diário de Notícias chamou Cão a um assessor de um partido da Oposição



"Cães, jornalismo de sarjeta, filhos de uma grandessíssima pouca vergonha, piores que ratos de canos de esgoto"! - dizia.
- Oh rapariga, o que é que se passa?
- Já viste, chamarem cão a um assessor?
- Bem, e daí?
- E daí? Então tu achas isso bem?
- Olha, eu sou adjunto de um vice-presidente do parlamento, mas, a mim, se me chamassem cão, como franciscano que sou, sentir-me-ia mais próximo de S. Francisco, que chamava irmão ao próprio lobo.
- Mas já viste a raiva com que eles falam desse assessor?
- Olha, estás a chamá-los cães?
- E não são?
- Não lhes faria esse elogio sem os conhecer!

A Oposição interna está a aproveitar uma candidatura libertária para fazer movimentação facciosa no interior do partido

1. Não haverá fim deste Regime na Região sem uma alternativa consistente e não haverá alternativa consistente sem o PS.
2. Há quem, em aliança objectiva com o Regime, mesmo que sem esse intenção estratégica, a tentar fragilizar o PS. Com isso, está a impedir a construção de uma alternativa.
3. Esta notícia nada tem de novo. Já o tinha clarificado aqui e aqui.
4. A questão que se tem de colocar, em termos de equação é esta. Há elementos da Oposição interna que publicamente dão a cara por uma candidatura mas já dão mostras públicas de queter tirar proveito político de eventuais maus resultados dessa candidatura. A atitude é condenável, mas, colocados os dados da equação, uma vez que pretendem fazer uma leitura facciosa desses resultados o que se pergunta é, se efectivamente, estão a apoiar essa candidatura ou estão a apoiar outra candidatura de forma informal? Já o fizeram nas autárquicas. Há um conhecido elemento da oposição interna que se gaba ele mesmo de ser um dos responsáveis pela candidatura libertária.
5. E a candidatura libertária - vai deixar-se instrumentalizar por essa facção? Também é provável que esta atitudes destes elementos está a afastar potenciais votantes.
6. Quanto à questão facciosa, estes dados, se fosse para fazer esta leitura facciosa, serviria para responsabilizar esses elementos. Mas, é bom que se repare, até que ponto vão os princípios desta facção. São capazes de usar uma eleição presidencial para seu uso faccioso. Já o tentaram fazer com o projecto político sério e que abalou o regime da Plataforma Democrática.
7. As candidaturas presidenciais são acima dos partidos. Os cidadãos são livres de apoiar quem quiser. Respeito o candidato da voz da Liberdade, mas tenho grandes simpatias por outras candidaturas: a candidatura libertária que se quer afirmar contra o kitsch de qualquer poder, não obstante poder criar uma dinâmica que pode objectivamente servir o regime se não for estratégica e ficar refém dos que só querem corrgir o rumo deste regime, e tenho ainda simpatia pela candidatura utópica que representa, obviamente, uma utopia para toda a humanidade, não obstante depois os erros trágicos que foram cometidos. Também me identifica com a doutrina cristã não obstante os crimes da Inquisição.
8. Agora, o que eu repudio é a duplicidade dos que dizem publicamente apoiar uma candidatura e estão à sucapa em outra candidatura só para tomarem de assalto o poder no seu partido. Se eu decidisse apoiar uma candidatura, di-lo-ei publicamente. É sabido que nem sempre votei nos candidatos presidencia apoiados pelo PS: em 1976 e em 1980, e tive simpatias por outros candidatos, em 1986. Nestas, o caso repete-se. Agora, não cometo a hipocrisia de dar público apoio a um para arregimentar apoios para outros.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O Réplica e Contra-Réplica não sabe artimética, não sabe lógica, ou sabe-a todo e soma parcelas de unidades de realidades diferentes?



Diz o Replica e contrareplíca: As candidaturas apoiadas por estes partidos tiveram na Madeira 46 402 votos nas Presidenciais de 2006.. Refere-se ao PS e BE.

Como é que o Réplica chega ao total de 46 402?
Soma três parcelas: as candidaturas cujos candidatos foram Manuel Alegre, Mário Soares e Francisco Louçã. Qual é o argumento para a soma desta unidades: "As candidaturas apoiadas por estes partidos tiveram na Madeira 46 402 votos nas Presidenciais de 2006".
Primeiro problema: isto só era possível se as candidaturas apoiadas por estes dois partidos (BE e PS) tivessem o mesmo candidato. Ora, dois desses candidatos não o são hoje, Mário Soares e Francisco Louçã;
Segundo problema: não se pode dizer "as candidaturas destes dois partidos" porque, no caso do PS, Alegre não era então apoiado pelo PS, logo os 2 não podem entrar na conta.
Terceiro problema: se o Réplica quer mesmo falar de candidaturas destes dois partidos tem de somar não Alegre com os outros dois candidatos, mas apenas Soares e Louçã, o que perfaz não 46.402 mas 25.801. Mas isso faz reemergir de novo o problema político: estes dois candidatos não encabeçam candidaturas.
Quarto problema: uma candidatura tem uma dinâmica própria que vai para além do candidato, mas depende deste e da sua relação com os eleitores. Não é crível que os eleitores dos dois candidatos, Soares e Louçã, transitem automaticamente para Alegre.
Quinto problema, noutro perspectiva: mantendo-se o candidato, como o homem, neste caso, o candidato é ele e a sua circunstância, desapreceram dois candidatos e a sua circunstância, política e pessoal, manteve-se um dos três candidatos, mas alterou-se a circunstância: Alegre é hoje candidato do PS, ao contrário de há cinco anos, e do Bloco mas, por isso mesmo, se alteraram as variáveis políticas.
Ou seja, o Réplica ou está confundido ou quis-nos confundir. Não fosse o caso da convicção do Réplica no apoio ao candidato Manuel Alegre, dir-se-ia que quer comparar este universo de votantes com o universo de 23 de Janeiro e daí tirar ilações políticas que nada têm a ver com as presidenciais. Se assim fosse, a formalidade do apoio ficaria denegada, e seria depois constada, quer por eventual futura leitura posta ao serviço de, por enquanto, recatadas intenções, quer por indícios deixados cair no presente, por uma cripto-intenção que, a verificar-se, não poderia deixar de contender com a autenticidade da convicção.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Há cinco anos, Manuel Alegre ficou em segundo lugar na Madeira. Victor Freitas era vice-Presidente do PS-Madeira. Presidente, o actual

O Movimento «Renovação com Continuidade do Chefe» apoiado pelo Diário já tem candidato a sucessor de AJJ: JAIME ORNELAS CAMACHO

Sejamos claros: o movimento de Renovação com Continuidade lançado pelo Diário tem um objectivo: afastar Cunha e Silva do Governo


A Ala Cunha e Silva no Diário foi derrotada. Pronto. Agora a Ala Anti-Cunha e Silva vem lançar o movimento «Renovação com Continuidade do Chefe». Falam em nomes sonantes do passado para a Renovação com Continuidade. Mas Albquerque e Miguel de Sousa estão unidos num ponto: Cunha e Silva fora do Governo!

Marcello Caetano: evolução na continuidade. Regime PSD/Diário: Continuidade e Renovação



A Evolução na Continuidade depois do Chefe falhou.
O Diário lança a "Renovação com Continuidade».

No reino do absurdo ou como o Diário aprendeu com a História



Como eu sempre denunciei, o Diário sempre apostou na mudança dentro do Regime. Domingo lançou a renovação do regime, com a continuação de AJJ. Ou seja, era como se o Regime do Estado Novo se renovasse com Salazar. Bem vistas as coisas, está certo: se a evolução na continuidade falhou com o Sucessor de Salazar, o Diário - e o Regime - acham que a evolução deste Regime se dará com a continuação do actual Chefe do Governo.

No reino do absurdo: Quem é que se deveria demitir se Manuel Alegre fosse eleito Presidente da República?

Digo, se não fosse eleito.

1. Jacinto Serrão, que é lider do PS-M?
2. Francisco Dias, autoridade máxima da campanha?
3. Vítor Freitas e Jaime Leandro, responsáveis por uma campanha que quase-foi?
4. Eu, idem?
5. Indivíduos anónimos facilmente identificáveis do «interior» que apoiaram uma amplo movimento no Funchal e em Santa Cruz contra as candidaturas autárquicas do PS, a que, em termos clássicos, e quando havia princípios, se chamavam traidores, e que ora se movimentam com o mesmo objectivo pérfido?
Nunca se saberá visto que o resultado da eleição presidencial obstará a que se saiba a resposta. E, por outro lado, estamos no reino do absurdo iniciado domingo pelo diário de notícias com a renovação e continuidade.
(Pedir a cabeça de Serrão, Eu, Vítor, Leandro ou Francisco com um hipotético desaire seria o mesmo que exigir, em caso de vitória, que o mérito da eleição do candidato não seria dele mas, excepto Eu, dos nomes citados. Mas há gente para tudo, até para embarcar.