terça-feira, 31 de agosto de 2010

Pois, pois, Sancho...

É verdade, só por ironia é que defenderia para o País o que defendo para a Madeira. Mas, mutatis mutandis, o mesmo se passa contigo: defendes para o País o que não defendes para a Madeira. As coligações podem surgir, e não é disso que, neste momento, fala a Plataforma Democrática, em situações de ultrapassar bloqueios. Caso da AD em 1979 e 1980 contra a Esquerda. Mas não é comparável a situação nacional, em que o que não falta é alternância e alternativas, e a situação regional de único partido desde 1976. Decide o Povo da Madeira - e em que circunstâncias! - mas o Povo também decidia dar a vitória à esquerda quando surgiu a AD de Sá Carneiro. De resto, não somos incoerentes: tu não gostas do governo do PS nacional e defendes a junção de forças; eu não suporto este regime laranja e defendo o mesmo. Nisso, somos totalmente iguais. Passa ainda melhor do que eu.

Impasse

Disse-me o empregado do Apolo, depois da congratulação, que a função podia ser atribuída a uma determinada figura. Pois, mas é preciso servir escrever.

Financiamento dos Partidos: corte de 5 a 15% ou mais em alturas de crise

Além dos gabines e assessorias, volto a insistir: corte de 5 a 15% ou mais nas transferências para os partidos.

Português está em alta nos Estados Unidos mas sem capacidade de resposta

Dar a conhecer o trabalho desenvolvido por professores e investigadores na área do ensino das língua e culturas portuguesas, apresentar estratégias e divulgar actividades de sucesso nesse campo nos Estados Unidos, Canadá e Bermudas, foram os objectivos do Congresso Internacional do Ensino da Língua e Culturas Portuguesas na América do Norte, que decorreu a 27 de Agosto, em Fall River, Estados Unidos. Promovido pelas universidades dos Açores e de Lesley (em Cambridge) em parceria com o LusoCentro, o congresso foi o ponto alto de uma série de iniciativas para celebrar os cinco séculos de presença da língua portuguesa na América e os cem anos do ensino integrado do Português nos Estados Unidos, que teve início na Escola do Espírito Santo de Fall River.


O Congresso reuniu especialistas de Portugal, Brasil, Cabo Verde, EUA, Canadá e México, que debateram entre outros temas, o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, as técnicas e materiais relevantes para o ensino do Português e o multiculturalismo.
Graça Castanho, professora de didáctica e metodologia do ensino do português na Universidade Açores, ex-conselheira para o ensino junto da Embaixada de Portugal em Washington e uma das organizadoras do Congresso Internacional do Ensino da Língua e Culturas Portuguesas na América do Norte, revelou à agencia Lusa que quase todos os professores de português nos Estados Unidos dão conta de uma crescente procura no ensino da língua e das culturas lusófonas, mas também da incapacidade de resposta da estrutura existente.
“O que existe é uma autêntica brincadeira”, disse a especialista. “Por um lado, a procura é cada vez maior, o número de alunos, professores, escolas e universidades onde se ensina português. Por outro lado, assiste-se ainda a um abandono muito grande por parte das instituições em Portugal que têm a responsabilidade de apoiar esse ensino”, acrescentou à Lusa.
Graça Castanho referiu que ao nível da coordenação, são precisas “pessoas habilitadas ao nível de mestrados e doutoramentos” que tragam mais dinâmica. “Temos perdido muito pelo mundo fora com essa falta de política da língua”, afirmou, enquanto outras línguas têm investido na criação de estruturas profissionais.
“Nós não temos nada disso, nem sequer temos equipas de professores ao serviço das necessidades, das comunidades e de todas as pessoas interessadas em aprender português, por causa de Portugal, mas também do Brasil e dos países africanos lusófonos”, continuou.

Professora pede comunidade mais «lutadora»

O crescente interesse no português foi nota dominante nas intervenções no congresso de Fall River, que decorreu na Universidade Comunitária de Bristol.
Há mais de 30 anos ligada ao ensino da língua, e actualmente directora do programa de português na Universidade de San Jose na Califórnia, Deolinda Adão defende um maior envolvimento da comunidade, junto do sistema de ensino norte-americano, para reforçar cursos e meios. “Precisamos de fazer perceber as entidades americanas e das universidades que a língua e culturas são de interesse público e uma mais valia”, disse à Lusa a professora, que dirige um programa semelhante na universidade californiana de Berkeley.
“Temos culpa porque desenvolvemos uma comunidade fortíssima, bem sucedida, mas somos muito reservados e estamos a pagar por isso. Temos de ser mais lutadores e envolvidos na política local”, afirmou. Deolinda Adão afirmou que “o Governo tem dado muito apoio ao ensino, a nível primário para as crianças comunitárias ou a nível universitário, através dos leitores do Instituto Camões, e esse apoio tem sido esplêndido”. “Sem ele não teríamos os programas que temos hoje”, prosseguiu,
Também para António Luís Vicente, subdiretor da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), o melhor caminho é “criar incentivos para que a própria comunidade tenha maior capacidade de exigir do sistema público norte-americano”. “Estamos a falar do país mais rico da actualidade. Não faz muito sentido ser o Governo português a financiar 100 por cento o ensino da língua neste país”, disse à Lusa. “A situação não é tão pessimista como por vezes é retratada, mas há um grande espaço para crescer”, adiantou.
Ainda no âmbito da celebração da língua portuguesa na América do Norte, realizou-se um Pavilhão da Língua Portuguesa, que decorreu no Kennedy Park, entre 27 e 29 de Agosto, durante as Festas do Espírito Santo. No pavilhão decorreu uma Feira do Livro, com o lançamento de alguns livros sobre a temática do ensino, além de actividades para crianças e exposições de trabalhos de crianças que frequentam escolas portuguesas. As iniciativas incluíram também um almoço de gastronomia lusófona, com pratos típicos de Portugal, Cabo Verde, Brasil e Angola, confeccionados por elementos da comunidade falante de português em Fall River, e uma cerimónia de homenagem a individualidades e instituições “que muito têm contribuído para a promoção e dignificação da língua portuguesa”, referia o programa da organização.


Comemorações até 19 de Setembro


Este ano, comemora-se na América do Norte, os cem anos do ensino oficial da Língua Portuguesa. A efeméride marcada a partir de 27 de Agosto, em Fall River, estado norte-americano do Massachusetts, por um congresso e actividades culturais e religiosas.
A Conferência sobre o Ensino do Português e Culturas Lusófonas, que decorreu na Universidade Comunitária de Bristol, foi acompanhada de uma exposição sobre a cultura portuguesa e do lançamento de livros sobre o centenário, segundo a organização. “São eventos culturais pensados para promover o ensino da língua portuguesa e das culturas lusófonas e também para reconhecer os muitos indivíduos que dedicaram as suas vidas a apoiar o ensino nesta parte do mundo”, refere um comunicado da organização.
As comemorações encerram apenas a 19 de Setembro, com uma celebração religiosa na Escola do Espírito Santo, em Fall River, que completa cem anos naquela data.
Foi naquela instituição de ensino que arrancou o ensino de português integrado com o sistema público de educação do estado do Massachusetts. São cerca de 260 os alunos matriculados em aulas de português nesta escola, desde a pré-primária. Recentemente, a PALCUS, adoptou de forma honorífica a Escola do Espírito Santo, em reconhecimento do seu historial. Fundada em 1991 na capital norte-americana, a PALCUS intervém junto dos órgãos do poder americano em assuntos de interesse para as comunidades luso-americanas.

Deixa arder... PSD acha que nunca é tempo de ouvir, de prevenir, de evitar


O "PS - [que teve do seu lado o PCP e o BE] - queria ouvir as secretarias dos Assuntos Sociais, Ambiente, a Federação dos Bombeiros da Região, a delegação regional da Associação de Bombeiros Portugueses e os serviços de Protecção Civil.

Funchal tão vulnerável como no século XIX


Helder Spínola defende que a reflorestação só deveria iniciar-se no Outono de 2011

A foto que acompanha este trabalho é, por si só, sintomática da vulnerabilidade da cidade do Funchal face à desertificação provocada pelos últimos incêndios.
As pedras soltas, sem sustentação, ameaçam rolar sem esforço encosta abaixo.

Raimundo Quintal, que tem estudado as aluviões na Madeira, refere que a cidade voltou a estar tão vulnerável como estava no princípio do século XIX. Ou seja, tão vulnerável como estava na altura das cheias em 1803.

Num artigo publicado na Revista 'Territorium', o geógrafo refere que "de todas as catástrofes que martirizaram os madeirenses, a maior foi a aluvião de 9 de Outubro de 1803. Segundo relatos da época, devem ter morrido devido à força bruta das águas cerca de 1000 pessoas, a maioria delas no Funchal. A cidade capital da Região Autónoma da Madeira naquela altura não teria sequer 25.000 habitantes!".

O mesmo artigo conclui que "uma situação meteorológica geradora dum temporal como o de 9 de Outubro de 1803 é perfeitamente possível em qualquer Outono ou Inverno", na Madeira.

Citando vários textos de testemunhas da altura, Raimundo Quintal destaca, no referido artigo, "que na origem de tão grande tragédia esteve uma situação atmosférica caracterizada pela existência de vento de SW, trovoadas e forte precipitação. A calvície das montanhas sobranceiras ao Funchal, bem visível nas gravuras da época, e a falta de encanamento das ribeiras dentro das áreas urbanas, funcionaram como causas para o agravamento da catástrofe".

Reflorestar em 2011

A vulnerabilidade da cidade do Funchal é também realçada por Hélder Spínola. O dirigente da Quercus reconhece que a situação é bem pior do que a 20 de Fevereiro e diz que nem será preciso chover tanto para que o material solto escorregue pela encosta abaixo. Isto com a agravante de algumas obras de recuperação estarem a afunilar ainda mais certos ribeiros e existirem muitas zonas ainda fragilizadas pelas cheias e desmoronamentos.
E o mais dramático é que agora é difícil resolver a situação. Hélder Spínola diz que o que havia a fazer teria de ter sido feito antes, apostando na prevenção ou no reforço dos meios de combate.

Sempre se pode dispor algum material de forma diferente, ou colocar os troncos carbonizados ao longo das linhas de quota, de forma a que não deslizem e que sirvam de barreira aos outros materiais.

Contudo, Hélder Spínola defende que todo este trabalho tem de ser feito com muito cuidado, em virtude do solo estar fragilizado e de as rochas estarem fragmentadas pelo calor dos incêndios.

Apesar de se falar em reflorestar tudo muito rapidamente, entende que tal não resolve o problema para o próximo Inverno e pode até piorar a situação.
Aliás, refere que, mesmo podendo ser mal interpretado, é da opinião que a reflorestação não deveria avançar já no terreno.

Hélder Spínola manifesta-se contra intervenções muito profundas, que poderiam piorar a situação em áreas já muito fragilizadas.

Nos casos mais complicados deveria haver uma tentativa de reter os materiais, mas, de resto, defende que se deveria deixar espaço à regeneração natural, apostando na sementeira de herbáceas indígenas e depois esperar que as primeiras chuvas não sejam muito fortes.

Fazer buracos para plantar árvores é, em seu entender, uma medida perigosa no estado actual em que estão os solos.

Diz mesmo que há que dar espaço à regeneração natural, com a ajuda de sementes de herbáceas indígenas, e então avançar com um plano de reflorestação, mas só no Outono de 2011. Hélder Spínola diz que esta não é a solução ideal, mas seria a mais segura.

Mordomias: repto aos partidos da Oposição: aprovem esta proposta do Bloco de Esquerda e façam dela o lançamento de adesão à Plataforma Democrática

Mas tem mais... esses energúmenos do «bloco de esquerda» querem cortar nos motoristas, nos chefes de gabinete e nas mordomias do Presidente e dos Vice-Presidentes da Assembleia só porque custam 185 mil euros?! Acham bem que o «bloco de esquerda» queira retirar este dinheiro dos gabinetes do Miguel Mendonça, do Miguel de Sousa, do Paulo Fontes e do Jacinto Serrão para dar um complemento de reforma aos idosos e pensionistas mais pobres da Madeira?! Mas onde é que já se viu?!

1. Nunca a nomeação de um assessor foi tão badalada. Até com imprecisões. A badalação em si, não me incomoda. Mas, neste caso, não considero ser esta a intenção do autor do artigo. Parece-me ter uma intenção séria.
2. Contudo, esta proposta do Bloco de Esquerda tem forte cariz social.
3. Vou mais longe: gostaria de ver um corte nos salários de todos os assessores dos grupos parlamentares, deputados, governantes, financiamento dos partidos, entre, pelo menos, 5 a 10%. (No caso dos assessores dos Grupos parlamentares, tenho algumas reservas, visto que quem decide isso talvez sejam os partidos e há, eventualmente, compromissos assumidos);
4. Gostaria que, das verbas resultantes desta medida, beneficiassem, também, além dos idosos e pensionaistas mais pobres, os sem-abrigo, que não aceito que sejam ignorados ou quase por esta sociedade;
5. Aproveito para lançar um repto aos partidos da Oposição: apoiem esta medida do Bloco de Esquerda, reforçando-a ainda mais, se necessário for, e façam disso o instrumento de adesão à Plataforma Democrática!
6. Eu por mim, estou disponível para defendê-la nos órgãos do meu partido!
7. Mais há muito mais medidas financeiras e fiscais onde se podem ir buscar receitas para mais apoios sociais!

Moita!

Porque será que este nada disse disto? Pois!

PSD faz marcação cerrada à Plataforma Democrática e escancara-se à sociedade. Voltam os painéis ao Congresso laranja


Um dos objectivos da Plataforma Democrática é a participação das forças sociais e cívicas, sindicais, culturais, ecológicas, etc. Ora o PSD, e isto é que é reagir a tempo, decide reintroduzir aqueles famosos painéis de organizações que são livremente subsidiodepentes do regime. Além disso, há personalidades da sociedade civil que vão participar. Ora aí vai uma autêntica plêiade de participantes no Congresso laranja.

Presidente da Fundação Social-Democrata
Presidente da Associação de Municípios da Madeira
Líder sindical dos TSD
Presidente da Assicom
Além de Casas do Povo, Membros das Sociedades de Desenvolvimento, também no capítulo do Jornalismo, há surpresas, muitas, que futuramente o basta-que-sim, vai dando conta. Para já, é um furo nosso e da organização do Congresso, os principais colunistas, os 2 principais, han!, do JM estarão no painel da Comunicação Social.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

AJJ critica Raimundo contra o que pensava este blogue. Viu!

Jornal da Madeira de hoje.

Plataforma Democrática: Bloco de Esquerda responde ao PS

Assim, e apesar de termos estas, e outras opiniões, que são, certamente
discutíveis e susceptíveis de evoluirem, não temos qualquer reserva mental em nos
sentarmos à mesa para discutirmos estas e outras opiniões que eventualmente outros
protagonistas queiram lançar a debate.

O que é que eu penso do Governo Sócrates

Onde também se aproveita para lançar um repto ao dirigente comunista Leonel Nunes.

O Sancho pede coisas fáceis ao PS. Como sou da Comissão Política do PS, posso responder. Quando forem difíceis, respondam outros. O PS é um partido nacional como todos os outros, não há partidos regionais. A declaração de princípios é a mesmoa para todos os socialistas. Os verdadeiros socialistas, a Esquerda, a verdadeira esquerda, é solidária. (Sim, já sei, há gente de direita solidária).
Dito isto, a Madeira é uma Região Autónoma. Os Açores são uma Região Autónoma. Cada uma das duas Regiões tem Governos Autónomos. Se, no caso dos Açores, já dois partidos foram governo, na Madeira, depois de um regime de partido único desde 1926, temos um regime de um único partido desde 1975. E vão quase 90 anos, 90 anos, é muito. É quase um Século! Basta! Já me esquecia. Voltando ao assunto. As políticas do Governo da República: não têm, quando não têm, de se aplicar, necessáriamente, na Madeira. Não tenho de dar nenhum exemplo de nenhma política concreta. Enuncio princípios! O que é que o Dr. Alberto João Jardim pensava - e já agora, o Sancho, o que é que acha? - da União Soviética quando defendeu o afastamento de José Socrates com o compromisso histórico do Partido Comunista Português? Estás a ver como a tua pergunta, sendo pertinente, é fácil! Coloca-me outra!

P.S. - aproveitando para responder ao ilustre sindicalista Leonel Nunes: quando a Oposição, na Assembleia da República, aprovou, no início desta legislatura, vários diplomas contra o Governo de Sócrates, não se importou de, no ver do PCP, certamente o PS e o PSD serem "farinha do mesmo saco" para não falar do CDS. Então se não se importa lá por que se há-de importar cá?!

domingo, 29 de agosto de 2010

Ponha lá os 500, e deixe-se de divagações!

Deixados em Bruxelas pela propaganda vadia do PPD

Alegoria do regime: inesperadamente, deu de frente com a Plataforma.

PPD - Perdidos com a Plataforma Democrática

Mesmo e apesar de lançada por esse partido, a Plataforma Democrática não é do PS, é de quem a apanhar! E quiser voar mais alto!

A "Plataforma Democrática" [...] tem o significado de "Salvação Regional".


Clepsidra: o relógio do tempo joga a favor da Plataforma Democrática.

Lido em com que então:
A "Plataforma Democrática" constitui um acto de cultura, de liberdade e de respeito do Homem por si próprio. Um acto que, objectivamente, pretende dizer à sociedade, de lés-a-lés, dos pobres aos ricos, do sistema empresarial às instituições, sejam elas quais forem, de natureza social, cultural ou desportiva, que em defesa de todos nós madeirenses e porto-santenses, não podemos continuar com este jogo de cabra-cega que nos está a empurrar para o abismo fatal.

Os bom discípulos ultrapassam o mestre: Sancho também quer Plataforma Democrática na República

Tal como disse aqui, Sancho quer agora um "compromisso histórico" em Lisboa. E vai adiante: quer que o deputado do PS-M defenda a ideia na AR. Já na Madeira, a Plataforma Democrática não pede tanto, e não está à espera de que os deputados do PSD subscrevam o projecto. Mas, sabe-se lá!

Plataforma Democrática - porque é preciso ter esperança


Plataforma Democrática - Agarra a esperança!

A construção de uma nova solução política precisa de paciência, humildade e convicção. No contexto regional, onde o PSD assume um dominio tão grande e durante tantos anos, é natural que unir o que quase nunca esteve junto pode parecer impossível.
Contudo, quem deseja uma mudança, quem acredita em soluções alternativas, quem tem consciência da perversidade do regime e da sua incapacidade para encarar os novos e exigentes desafios, tem perfeita noção (estou certo disso) que é preciso algo que supere as esferas dos partidos isoladamente. Que ultrapasse as meras lógicas de coligação. Que atinja a sociedade civil, indo de encontro aos seus anseios e resolvendo os seus medos. É um dever dos partidos responsáveis.
A Madeira precisa de uma mudança política para desbloquear soluções urgentes para os problemas de todos. Só com uma união robusta e alargada que garanta o essencial das diferenças de todos e promova os pontos comuns, numa plataforma de ideias, de projectos, de soluções comuns e adequadas às nossas necessidades e adaptadas ao nosso contexto. Só assim parece-me possível alimentar a esperança de moralizar e tornar mais justa a região onde vivemos.
Esta é uma possibilidade oferecida a todos. Agora é connosco. Com todos nós. Com os partidos e a sociedade civil, mostrarmos que o que dizemos à "boca pequena" ou em entrevistas mais ou menos arrojadas é um desejo efectivo, sem complexos ou tabus.
Mas que fique claro que a responsabilidade do falhanço deste projecto não é do PS Madeira. Foi o PS o seu criador mas a responsabilidade passou a ser de todos nós! Compreendo que alguns estejam já a cruxificar a iniciativa por alguma tentativa de defender o seu espaço. Mas vai parecer óbvio para o povo da Madeira que falhar esta tentativa de convergência, falhamos todos. Falha também a sociedade: as suas elites e as suas instituições.
A plataforma democrática nasceu sabendo que é preciso músculo social e político para enfrentar uma bem organizada máquina partidária com meios financeiros ilimitados e com métodos desadequados às sociedades verdadeiramente livres. Estamos perante um nova ideia de dialogo que precisa de contributos, boa-vontade, bom-senso e objectividade. O principal objectivo deste desafio é o projecto de mudança que envolve partidos e sociedade civil. Um projecto que deve ultrapassar a esfera partidária e consagrar os movimentos civicos como grandes obreiros da mudança. Na verdade a evolução deste projecto pode devolver a esperança a todos os madeirenses que não se revêm neste regime. É altura para acertar objectivos, principios e linhas de actuação estratégica. Há ainda neste projecto arrojado e ambicioso muitas perguntas que ainda não têm respostas. Depende de todos dar, ou não, a dimensão certa aos anseios de mudança. Se dermos o rumo certo a este desafio as respostas aparecerão naturalmente...A intervenção civica consequente é um valor acrescentado para a sociedade. Por isso, parece-me óbvio que a participação num novo paradigma passa pela plataforma democrática!

sábado, 28 de agosto de 2010

Raimundo atribui-se a si mesmo papel de Gorbachov do sistema, mas não há perestroika nem glasnot que salve este regime!

Alternativa ao PSD: os empata-forças

Há para aí uns indivíduos que sempre que aparece algo de novo, alguma ideia, alguma nova força, agarram-se a pequenos pormenores técnicos para dizer que não devia ter sido assim, que é impossível, que isto não tem solução, que é preciso outra coisa que nunca dizem o que é. Retirando algumas críticas pertinentes, estes indivíduos ou são do sistema e estão ao seu serviço ou são os empata-forças do sistema. Vão bugiar também!

Eu não troco cumplicidades críticas com os repórteres de serviço

Agluns repórteres - tolhidos pelo medo de crítica ao sistema e com o claro intuito de depois comunicarem aos próceres do sistema as críticas que fazem à Oposição, forma enviesada de dizerem ao regime eu não sou dos vossos como vocês sabem e por isso me respeitam mas, de facto, aquela Oposição é uma tonta e vocês não prestam mas até são competentes e aquela genda da Oposição é mesmo maluca - o que é que fazem esses repórteres? Procuram sem decoro criticar o líder do PS - já conheço a velha táctica desde 1976 com os sucessivos líderes Emanuel, Mota, JCG, JS, José António Cardoso - procurando cumplicidade para a sua crítica que poderia ser legítima se não fosse covarde: alguma vez procuram cumplicidade e conivência na crítica a AJJ com Jaime Ramos, Albuquerque, Cunha etc? Não, então vão mais é passear.

P.S.
Aliás, ainda hoje me disse um desses repórteres que as conferências de alguns dirigentes da oposição são ocas. E eu perguntei-lhe o que ele achava de algumas do PSD, se as achava bem. Zero na resposta, e queria ele me convencer que era do reviralho. Arre!

Raimundo Quintal: a comunicação social é ingénua ou faz-se?

Sempre que há uma tragédia, a Comunicação Social, RTP, RDP, Diário de Notícias, Tribuna da Madeira, dão espaço proporcional ao desastre ao ambientalista Raimundo Quintal e este faz política. Alguém já se interrogou por que é o PSD e os seus dirigentes que tanto dizem que não se deve fazer política com essas tragédias nada dizem ou reagem às declarações de Raimundo Quintal? Obviamente, porque Raimundo Quintal está a cumprir, com a aquiescência voluntária dele ou não, de consciência crítica do regime e porque, falando ele, não fala mais ninguém.~
A questão que se coloca ao Dr. Raimundo Quintal é se já tem conseguido corrigir as causas que o seu discurso universalmente crítico denuncia. Oxalá que não tenha de ouvir tão cedo o Dr. Raimundo Quintal na Comunicação Social, é sinal de que não há tragédia, de que o Regime não está em apuros (oxalá) e a populão em aperto, e de que não é preciso esconder a verdadeira Oposição e os verdadeiros opositores do regime, que, esses sim, são ignorados em nome do sacrossanto princípio de que não se deve fazer política - a não ser os dirigentes do regime e o Dr. Raimundo Quintal (secretário natural do Ambiente de um hipotético governo Albuquerque) e consciência crítica do regime - nos momentos em que a incompetência e irresponsabilidade do regime flutua à vista de todos.

Calma! Raimundo Quintal é um homem que acredita na regeneração do Regime. É o Marcello Caetano do sistema, acredita na evolução na continuidade

Eu li atentamente a entrevista do Dr. Raimundo Quintal ao Diário de Notícias e a sua evolução é do típico cidadão americano que diz, naqueles filmes das matinés da tarde, depois de grandes injustiças da administração americana: o sistema não é perfeito mas tem em si as virtualidades da sua própria transformação. Raimundo diz que o governo já não tem criatividade, mas, em havendo criativos, justo o próprio, quem sabe? Mas, quando interrogado sobre as eventuais virtualidades da Plataforma Democrática, a resposta começa pelo fim, não, porque é preciso um novo paradigma. E ele já sabe o que é a Plataforma Democrática? Não, nem quer saber. É verdade que a Oposição precisa de um novo paradigma, mas o discurso da impossibilidade, do bloqueio, não facilita e serve objectivamente o regime. Todos os que dizem que nada é possível fazer são aliados, conscientes ou inconscientes, da situação. O Dr. Raimundo Quintal tem a seu favor o que fez, nem sempre bem, nem sempre mal, pelo ambiente, mas a verdade é que as afirmações universais e abstractas ou quase, ficam na periferia mas não vão para além das fronteiras do regime, além de alimentarem, como aqueles jornalistas que vêem tantos defeitos nas conferências de imprensa da oposição, mas nunca nas do poder, que têm tantos reparos a fazer à oposição mas nem uma palavra sobre o regime, a teoria de que a maldade do regime tem a génese na Oposição, pronto que seja, mas isso é para absolver o regime, e, portanto, a afirmação do Dr. Raimundo Quintal de que a Plataforma Democrática não é a solução, sem a conhecer mata a entrevista e confirma o seu papel na perpetuação do regime. O Dr Raimundo sabe muito bem, quando é requisitado pela comunicação social nos momentos de crise, que a sua participação exaustiva na comunicação social impede outras figuras críticas, nomeadamente do ambiente, de serem ouvidas. Porque não se ouve, por exemplo, a Quercus? Ou Hélder Spínola, Gil Canha, Idalina Perestrelo, Violante Saramago Matos ou outros? Ah! pois! Portanto, objectivamente o Dr. Raimundo Quintal pode ser a consciência crítica do regime, do regime, note-se, mas não é contra o regime, e acha, eu não acho, que o regime se autorregenera. Queira o Dr. Raimundo Quintal dar o seu contributo para a criação de um novo paradigma e mostrar que tudo isto que aqui está escrito não passa de um equívoco!

Mas do que é que estâo à espera para prender Anat'resa?

Até agora não havia responsáveis por tudo o que se passa na Madeira, agora já sabemos quem é, do que estão à espera para actuar, depressa e em força, já dizia o velho de Santa Comba? Prendam a Anat'resa!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

À beira da ruptura, Paulo Martins

Até parece a técnica do carteirista que para disfarçar, grita "agarra que é ladrão!"

Implacávelmente, todo um conjunto de acontecimentos têm vindo a pôr a nu o estado do regime autonómico, há 34 anos sempre governado pelo PSD/M em sucessivas maiorias absolutas.

O Poder instalado está incapaz de lidar com as adversidades - é incapaz de admitir que errou, de admitir que não tem toda a capacidade de resposta e mais grave do que isso tenta sempre atirar para inimigos ocultos ou citados aquilo que é causado pela Natureza e ampliado por erros nas obras humanas.

No que se refere ao grande temporal de 20 de Fevereiro que causou grande número de vítimas humanas, que teve uma pronta resposta em meios humanos e materiais, este poder autista atirou as culpas para as obras do Rei D. Manuel mas não reconheceu que muitas obras de ocupação e estreitamento do leito de cursos de àgua levaram à ampliação da catástrofe e hoje vê-se porquê - para continuar a fazer mais do mesmo, em vários pontos de grave cheia, com consequências graves em caso de futuro grande temporal!

Os estudos feitos por técnicos são metidos na gaveta, talvez substituídos por consultas às bruxas do betão e do cimento!
Depois quem lembra que avisou dos perigos é insultado e caluniado...
Os recentes incêndios vieram pôr a nu iguais comportamentos de risco!

Responsabilidades próprias nenhumas - Torres de Vigilância sem pessoal, ninguém é responsável; inexistência de meios aèreos para combate a incêndios florestais primeiro não eram possíveis e depois porque eram muito caros, mas no entanto gastam-se rios de dinheiro em coisas tão secundárias e era possível rentabilizar, por exemplo, um helicóptero para esse fim.

E depois a mesma paranóia - haveria na Região uma rede de incendiários que teria pegado lume às serras da Madeira e no JM de 20 de Agosto chegou-se a insinuar que as polícias não investigavam uma pista muito clara onde estaria um partido político.

De resto até agora nada mais sobre a prevenção, vigilância e reforço dos meios de combate a incêndios que deve haver na Região!
Finalmente veio a tragédia da queda da palmeira no comício partidário no Porto Santo com um morto e dois feridos graves.

Novamente as mesmas cenas tristes - que a palmeira caíu para o lado contrário ao que estava inclinada, para de seguida dizer à Lusa que afinal estava errado e que as raízes estavam podres e para finalmente fazer sair um comunicado onde, após notícia do DN desmente que os técnicos tivessem informado da gravidade da situação e que o abate da palmeira tivesse sido adiado para depois do Verão por oposição de vereadores!

Esta cena talvez tenha acontecido para não tirar brilho a quem aconselhou os madeirenses a irem à bruxa e insinuou que a queda da palmeira pudesse ter sido um acto para atacar a Região, já de si tão castigada!

Neste conjunto de acontecimentos e poderia citar outros - Marina do Lugar de Baixo, outras obras que têm dado para o torto, etc., e mesmo em questões sociais gravíssimas como a do desemprego a atitude de quem está pregado ao Poder é sempre a de não assumir responsabilidades, atribuir a factores externos - no desemprego é a crise internacional e a cassette estamos melhor que outros - ou então quando não há outros factores externos inventar um inimigo interno a quem atribuir as culpas que sobre eles recaem.

Até parece a técnica do carteirista que para disfarçar e ganhar tempo para fugir grita para um inocente no meio da multidão "agarra que é ladrão!"
Esta técnica tem resultado até agora porque o Poder tem tido obra para realizar e inaugurar! Mas quando o dinheiro está a faltar e as despesas para reparar estão sempre a aumentar, não será que a crise se instalou e a festa está a findar? O poder está à beira da ruptura!

Há que ajudar ao fim desta festa e a Mudar a Madeira - com propostas sérias e não de plágio e de boleia, com propostas eficazes e novas e não com propostas onde até o que parece ser o nome da convergência é cópia da designação da Coligação de Direita que governou a Catalunha - Convergència i Unió!

Convenção democrática na Primavera de 2011

Líder do PS-M espera reunir partidos e pessoas e instituições com actividade cívica

Jacinto Serrão quer organizar, na Primavera do próximo ano, uma convenção da plataforma democrática que espera ver criada pelos partidos da oposição, por entidades com actividade cívica e cidadãos independentes.

Esta convenção, que funcionará em moldes idênticos às reuniões magnas dos partidos, servirá para a apresentação de propostas concretas de convergência entre as forças políticas e sociais e poderá constituir a base de outros acordos futuros.

Na carta que está a enviar a partidos, instituições e personalidades de diversas áreas, o líder do PS-M já adianta um calendário para os trabalhos. A Primavera de 2011 é o período proposto para um encontro alargado que permita debater os problemas da Região, sobretudo as consequências da crise económica e o ambiente político e estabelecer bases de convergência.

Por coincidência, esta convenção deverá acontecer num período em que também está prevista a realização do congresso regional do PSD que irá preparar as eleições legislativas de Outubro de 2011.

Plataforma alargada
Na proposta de Serrão fica claro que esta convenção será "autónoma em relação ao poder nacional e regional" e que não só contará "com os partidos com assento parlamentar, mas igualmente com os movimentos e organizações da sociedade, além de personalidades de relevo da vida da Madeira".
Convencer os outros partidos a integrar esta plataforma democrática é o próximo objectivo do líder socialista madeirense.

"Não há nenhuma razão, do ponto de vista ideológico que possa ser invocada para não aderir a uma ideia que tem como ponto de partida, justamente, criar as condições democráticas para a afirmação dos diferentes programas políticos", escreve Jacinto Serrão na carta enviada às direcções partidárias.

Serrão faz contas
Além dos partidos - são referidas todas as forças da oposição - e cidadãos independentes com reconhecida actividade social e especialistas em áreas como a economia, ambiente e cultura, a plataforma também poderá integrar, segundo o PS, "cidadãos sociais-democratas sem partido ou que não se identificam com o PPD/PSD".

Serrão avalia em 40 a 55% dos votos o universo eleitoral das forças políticas a quem enviou propostas. Uma base de entendimento que poderia constituir uma maioria na sociedade madeirense.

Até à Primavera, pode ler-se no texto assinado pelo presidente do PS-M, decorrerá tempo suficiente para o diálogo entre os intervenientes na plataforma democrática e "entre estes e a sociedade".

Coligação em aberto

Embora afirme que essa não é, neste momento, "a prioridade nem mesmo um objectivo", Jacinto Serrão reconhece, na carta enviada aos partidos que o entendimento poderá ter outra abrangência.

Sem referir, abertamente, a possibilidade de coligações, o líder do PS-M considera que "havendo convergência permanente e prolongada no tempo entre partidos em diferentes matérias, podem os mesmos partidos decidir evoluir para outro patamar de acordos". No entanto, considera obrigatório o respeito pela "autonomia programática de cada força política".

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

20 de Fevereiro, Incêndios, árvore Porto Santo: é miserável fazer política com as vidas humanas mas também é miserável não assumir responsabilidade

O PSD, quando se vê em apertos, apela: não vamos fazer política. Bem, em primeiro lugar, eu não sabia que era possível governar durante quase quatro décadas sem fazer política. Igual, só o cinismo do ditador Franco, quando dizia a alguém de suas relações pessoais, por acaso anti-regime, quando esse alguém se lhe queixou de ter problemas com a polícia política, lhe respondeu Franco: "Olhe, faça como eu que não me meta em política". Quando houve o 20 de Fevereiro, seria miserável realmente fazer baixa política com feridos, desalojados, mortos, mas política não é possivel deixar de fazer. Baixa política foi ver a disputa de agentes do regime à procura de holofotes; depois vieram os incêndios, e logo veio a cantilena do costume: nada de fazer política; e lá não se fez política; agora caíu uma árvore, morreu uma cidadã, dois feridos graves e, claro, nada de política! Bem, muito bem, respeite-se a dor da família, mas, em nome justamente dessa dor, apure-se responsabilidades políticas, cívicas e eventualmente criminais. E chegue-se ao veredicto essencial no Estado de Direito: guilty or not guilty. (Embora em Portugal isso já não exista, por força da aliança do aparelho de justiça e uma comunicação social vadia que não desenvolve jornalismo de investigação mas de delação, com o apoio de certa blogosfera, o que há é o "suspeito ou não suspeito", mesmo que haja entre os suspeitos inocentes ou entre os não suspeitos culpados, e isso o que é que interessa, se as fogueiras da inquisição, agora mediática, estão de volta? Por acaso o Sancho ou o Eduardo Freitas estão preocupados, no caso Freeport, se o Sócrates é inocente ou não? É suspeito, dizem eles, ora, e pronto).
Foi o Governo ao parlamento, após o 20 de Fevereiro explicar o que se passou e dizer, no processo de reconstrução, o que pensa fazer para que se não repitam os mesmos erros, que originaram novas mortes? Está o Governo do PSD a responder, exigiu o presidente do PS, como está a fazer a reconstrução ou isso também é "fazer política"? Claro que é fazer política, mas sem aspas, isto é, ir ao parlamento prestar contas. O problema não é fazer política mas é não querer fazer política. O que se pede ao PSD é isso mesmo: faça política, melhor, Política, e não baixa política. Por não fazer política é que o desastre em 20 de Fevereiro foi exponenciado, aliando as forças da natureza à irresponsabilidade, negligência e falta de ordenamento do território; por não fazer política é que as labaredas nos verões são tão altas porque não há prevenção (já agora, não é só aqui), e por não fazer política é que as árvores em risco são ignoradas e algumas desgraças não são evitadas. Já agora, e sem querer fazer política, estão ao menos, agora, a fazer uma vistoria às árvores em risco? Que tal a Estrada Monumental?).Vamos lá mas é fazer política, o que a Madeira precisa mesmo é de política: a falta de política é que nos conduziu aqui. E para saírmos daqui, hemos (=havemos) de fazer política. Não foi a falta de política que nos criou a crise internacional? Não é falta de política que lançou a União Europeia num impasse? Viva a Política, vivam os grandes políticos, viva Churchil, viva Lenine, viva Roosevelt, viva Mário Soares, viva Álvaro Cunhal, viva Freitas do Amaral, viva Sá Carneiro. Viva a Política a valer! Ah, e viva Marx!

Cabras-bombeiro: Portugal e Espanha lançam projecto de 50 milhões para limpar florestas

150.000 cabras-bombeiro vão andar a pastar em Portugal e Espanha. O projecto, de 50 milhões de euros, visa prevenir os incêndios e deverá criar mais de 500 empregos.

(também tenho a dúvida do esquerda revolucionária)

Chama-se projecto Self-Prevention, foi apresentado pelo Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Duero-Doro, e é um método de prevenção de incêndios florestais e de desenvolvimento rural sustentado.

A iniciativa prevê a introdução de 150.000 cabras nas zonas fronteiriças Portugal-Espanha, para que estes caprinos façam uma “limpeza” natural dos campos agrícolas abandonados, montes e trincheiras enquanto comem, explica a publicação “Más Salamanca”.

O projecto, que precisará de um investimento de cerca de 50 milhões de euros, pretende criar mais de 500 postos de trabalho, sublinha por seu lado o “El Mundo”.

Além dos empregos para criadores de gado e pastores que espera criar, a iniciativa do AECT Duero-Douro (que agrupa 63 localidades fronteiriças entre Portugal e Espanha) pretende construir 12 queijarias, 15 lojas de comercialização de cabrito e produtos lácteos transformados, dois matadouros, uma plataforma de de distribuição e transporte e uma instalação central de comercialização, refere o jornal espanhol.

Também se pretende explorar uma central de biomassa para a produção de energia eléctrica, através do uso da matéria orgânica destas localidades, e está igualmente em vista a criação de diversos recursos turísticos em torno da cabra.

O objectivo é alcançar uma facturação anual de 30 milhões de euros com a venda de leite e derivados, assim como dos cabritos que se vendam para carne.

O projecto foi apresentado na Guarda e conta com o compromisso do Governo português de apoiar 50% do financiamento necessário, afirmou o director-geral da AECT, José Luís Pascual, citado pelo “El Mundo”.

A zona de actuação do projecto estende-se por um território fronteiriço de 9.000 quilómetros quadrados e 125.000 habitantes.

(

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Vamos ver o que traz o tempo

Provérbio chinês. E depois falamos.

Plataforma Democrática - estará o PS disponível?!



Bem lembrado!

Plataforma Democrática - cortar da direita

Concorda genericamente com o teu comentário. Apenas reforço dois aspectos que já estão no meu texto original: o CDS e qualquer outro partido tem o direito de sonhar em liderar a oposição; as divergências nos partidos são um sinal de pluralidade. É claro que tanto eu como tu estamos de acordo quanto a isto: mas do que uma disputa para ver quem lidera a Oposição, seria ainda melhor unir esforços para mandar o PSD liderar a Oposição. Acredito que em todos os partidos da Oposição há esse desejo. É uma questão de alternância mas sobretudo de alternativa em Democracia. E devo reconhecer que outros partidos, muito se esforçaram no passado, passanto por cima de sectarismos, para unir esforços com esse objectivo.

Diga você primeiro

Ora!
(E já agora deixe de repetir os argumentos do chefe que vêm no jornal da madeira de hoje ao falar da Plataforma Democrática).

Ajuda ao Regime: PLATAFORMA COLONIAL-FASCISTA

O Regime ainda hesita no epíteto em forma de réprobo: colonislisto-fascista, fascisto-colonialista, facho-colinalista. Vou dizer como é:

PLATAFORMA COLONIAL-FASCISTA

Claro que esta ajuda não é desinteressada, o ataque promove por antítese, mas então que seja um bom ataque. Portanto já sabem, vou repetir:

P L A T A F O R M A COLONIAL-FASCISTA

É sonante! É melhor que a designação de "coligação reaccionária" PS/CDS de 1989.

post scriputm:

Não é verdade o que foi dito aqui: o nosso jornal preferido já se referiu, não muitas, à Plataforma Democrática.

Regime reage e cria a "plataforma independento-libertária"

Sarcasmo aqui. É lamentável. E é lamentável porquê? É porque a ironia, o burlesco e o sarcasmo funciona por sátira do original. Acontece que os leitores do jornal ainda não leram ali a expressão original, Plataforma Democrática. Eu pelo menos não ali, admito que me tenha escapado. Se querem fazer humor, tem de dar opurtinidade aos leitores.

Sócrates na Madeira


O primeiro-ministro, José Sócrates desloca-se à Madeira, já em Setembro

Plataforma Democrática: Convergência e União!

A Plataforma Democrática não pretende anular ideologias, não está sujeita aos governos

O Défice mais baixo da III República foi obtido na era Sócrates

Sem nunca a nomear, LFM, PSD, desanca na Plataforma Democrática

Luís Filipe Malheiro, secretário-geral adjunto do PSD em mandatos directivos anteriores, desanca, sem nunca lhe referir o nome, e percebe-se, ataca, diga-se, sem dó nem piedade a Plataforma Democrática. Leia o ataque cerrado aqui. Mesmo que diga e dê a entender o contrário, vê-se que o articulista está entusiasmado - com a hipótese, irrealista, de que a Plataforma Democrática não se concretizará! Mas não é só ele que está possuído dessa esperança... Alguns blogues revelam, pela omissão, que, também eles, estão!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Francisco Lopes é o candidato do PCP às eleições presidenciais


Francisco Lopes 53 anos. Operário
Participou nas actividades do Movimento Democrático e integrou a União dos Estudantes Comunistas (UEC) em 1973.
Fez parte da Célula dos Trabalhadores da Applied Magnetics e foi membro da Comissão de Trabalhadores desta empresa
Participou na acção sindical no âmbito do Sindicato dos Electricistas do Distrito de Lisboa
Foi responsável da Organização Regional de Setúbal do PCP
Deputado à Assembleia da República, eleito pelo Círculo Eleitoral de Setúbal
Membro da Comissão Política e do Secretariado.

Cortar (da) Direita e da Esquerda o que houver que ser cortado


Num texto, muito bem escrito
, aliás, (só não entendo o título, não conheci nenhum movimento que se tivesse formado nem com o mesmo nome nem com o mesmo propósito de convergência das várias forças políticas), o Cortar (d)Direita, pela pena do seu editor, faz uma narrativa histórica com algum rigor, e lembra a última coligação PS/CDS para as autárquicas em que eu próprio e o autor daquele blogue fizemos campanha, até porta-a-porta. Convém lembrar que fui, nos órgãos próprios do PS, contra aquela coligação por entender que as coligações se fazem para ganhar e aquele, manifestamente, não era o momento. Além de que acho que uma candidatura exclusivamente com o CDS me parecia redutora. (Aliás, neste momento, o ninguém falou em acofdos eleitorais, que são muito mais complexos e requerem uma base programática e até consistência sociológica. Mas, uma vez aprovada, trabalhei para ela e até fui candidato num lugar bem cinzento, eu que havia sido o membro da ass. municipal mais activo no mandato anterior, coisas do meu partido e de todos, mas lá acabei por chegar à assembleia.
Agora, Roberto, feita a narrativa histórica, sem que o ignoremos, até para que nos sirva a sageza, não vale a pena ficar refém do passado. As culpas de cada um e as acusações mútuas só têm impedido que todos avancem. Todos, não, o PSD avança sempre enquanto os outros recuam. Ou se constrói ou se não constrói, trata-se agora de construir.
Eu percebo, não só pelo texto que agora escreves como por outros, qual é actualmente o sonho do CDS e o teu desejo pessoal, quando dizes que se calhar o PS, que é quem propõe já não lidera “numa fase em que o PS-M tem a sua mais fraca influência eleitoral, querer assumir um papel de liderança que se calhar já não terá”; ou seja, o CDS parece que tem como objectivo vir a liderar a Oposição e acha que a Plataforma Democrática pode ser um obstáculo a esse desiderato. Quanto a isso cabe dizer três coisas: primeiro, é legítimo que o CDS – ou qualquer outra força política querer liderar a Oposição - seria melhor que quisesse criar as condições para uma alternativa de governo; segundo, se o CDS ou quem quer que seja pensar de uma forma egoísta, acabará por não conseguir nem uma coisa nem outra; em terceiro lugar, se o CDS pensa mesmo em grande e tem ambições, a Plataforma Democrática é uma oportunidade para todos, se todos quiserem servir a Madeira, como é certamente o teu caso.
Depois falas na credibilidade e velhos problema internos. Duas notas: se há coisas que distinguem o Partido Socialista é a sua pluralidade, a ideia da Plataforma Democrática é uma ideia livre, adere quem quer e é bem provável que haja socialistas que não adiram. Problemas internos, ó Roberto, achas que eu te vou lembrar quem apoiou ou deixou de apoiar os lideres internos no teu partido ou no meu? Achas que isso é um problema ou é um sinal de democracia nos nossos partidos, sendo que no partido do poder todos são obrigados a apoiar o líder? Olha, como sabes, eu não subscrevi nem a moção de Sócrates nem de Serrão para lideres mas aceitei a vontade da maioria.
Já quanto à credibilidade também não vou por aí, mas há, de facto, uma corrente em cadeia. Paulo Portas diz que Sócrates não é credível para Primeiro-Ministro e, por via, disso os socialistas escolheram-no mal; José Manuel Rodrigues diz que Alberto João Jardim não é agora o líder indicado para Presidente do Governo e, portanto, isso obrigaria os outros, o PSD, a escolherem outro; agora, Roberto, dizes que não devia ser nem o PS nem Serrão a propor a Plataforma Democrática.
Eu não cometerei a descortesia de dizer que José Manuel Rodrigues não tem credibilidade para liderar o PP por dois motivos: porque não me meto na vida interna dos outros partidos; porque, permita-se-me a interferência, é neste momento o melhor líder para o PP, eu que, helá!, já votei no passado Ricardo Vieira, tal como já votei Paulo Martins, ou Ilda Figueiredo, em diferentes actos e épocas eleitorais, que simpatizo com a franqueza de José Manuel Coelho, embora nem sempre concorde com o PND. Não concordei com a forma como JMR pôs as coisas quanto à liderança de AJJ, num artigo, aliás, muito bem lavrado.
Há um ponto, porém, do (teu) texto, que vale a pena realçar especialmente, que é quando tu dizes, Roberto “esta solução teoricamente poderia servir de facto para derrubar este regime instalado, visto que acima de tudo está a nossa Madeira”. Lúcido e clarividente como és, tocaste no ponto! Não sirva a ambição do CDS, legítima, para impedir a sua participação nesta convergência, porque a Plataforma Democrática respeita as ambições cria as condições de quem, em nome delas, quer servir a Madeira. Não sirva a credibilidade ou a alegada falta do partido proponente para bloquear a participação de ninguém – se a ideia é boa, Roberto, empresta-lhe a tua credibilidade, a ambição de criar uma nova solução política por parte do CDS e convirjam na Plataforma Democrática.

Plataforma Democrática, um lúcido texto de opinião do Presidente do Grupo Parlamentar do PS



Plataforma Democrática - a bússola que indica um Novo Rumo - a uma terra desnorteada, desorientada e desgovernada!


Todos deveriam reflectir no que aconteceu em 2007, que fizeram ponto de honra atacar, em uníssono, o PS, a propósito da Lei das Finanças Regionais, e nas consequências dessa atitude. Todos perderam, todos foram vítimas daquela monumental mentira que foi a LFR. Todos acabaram por entregar de bandeja ao PSD mais quatro anos de governo.

O Presidente do PS-Madeira, Dr. Jacinto Serrão, tem vindo a apelar a uma "plataforma democrática", isto é, a um acordo de princípios entre todos os partidos da oposição, no pleno respeito pelos posicionamentos ideológicos de cada partido.
Apoio, sem reservas, esse entendimento. Considero-o fundamental, até porque, para uma situação de total anormalidade democrática e em uma terra que caminha ou já está no abismo, nos planos económico, financeiro, social e cultural, o bom senso faz apelo a essa convergência que salve a Madeira. Aliás, pelo que assisto na Assembleia, aquando dos debates sobre os diplomas que por ali passam, globalmente, a ideia com que fico é que são maiores os pontos de convergência relativamente às divergências. No fundo, trata-se de dar corpo a esse sentimento, envolvendo toda a sociedade, todas as forças políticas, para que todos possamos sair deste sufoco de 36 anos de regime absoluto. É isto que está em jogo, repito, no pleno respeito pelos posicionamentos ideológicos e até programáticos. Inventar outras coisas corresponderá a um insuportável ruído.
Acho estranho que não se compreenda isto, que subsista uma onda de algum egoísmo, como se o PS, mentor da iniciativa, até porque é o maior partido da oposição, não tivesse legitimidade para o fazer ou, então, queira retirar dividendos dessa convergência. Puro engano. Todos ganham com isso e mais, só a Madeira ficará a ganhar com uma atitude de bom senso. Todos deveriam reflectir no que aconteceu em 2007, que fizeram ponto de honra atacar, em uníssono, o PS, a propósito da Lei das Finanças Regionais, e nas consequências dessa atitude. Todos perderam, todos foram vítimas daquela monumental mentira que foi a LFR. Todos acabaram por entregar de bandeja ao PSD mais quatro anos de governo.
Pasmo quando ouço declarações que confundem a situação da Madeira com a do Continente, quando se quer arrastar para lá e para o Primeiro-Ministro uma luta política local, quando o debate político é aqui, os contextos são os daqui, as pessoas são as daqui, a sofisticada engrenagem está aqui e as políticas e os compadrios estão aqui. Como se esta terra não fosse Autónoma e não tivesse órgãos de governo próprio. Confundir as duas situações porque a sigla do partido proponente é a mesma, não me parece correcto. O que poderá acontecer, repito, é a entrega, de bandeja, com um naperon laranja, de bordado Madeira, a vitória eleitoral ao PSD. Àquele PSD que todos dizem combater e que todos dizem que, pelo futuro da Madeira, precisa de uma cura de oposição.
A leitura que faço é que, possivelmente, o problema não está a ser bem analisado. Precisa, naturalmente, de uma outra e mais ponderada reflexão. Precisa que o Presidente do PS-Madeira, explique, pessoalmente, partido a partido e a toda a sociedade, as suas grandes preocupações. Espero que todos convirjam, partidos e sociedade no seu conjunto, porque a Madeira e o seu futuro devem estar em primeiro lugar.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Arame farpado à volta da Ilha

A propósito da cobertura dos órgãos nacionais, TVI, SIC, RTP, Lusa, Diário de Notícias, Público, do que se passa na Madeira - e a diferença de critérios na cobertura do Chão da Lagoa e da Fonte do Bispo, veja-se o que escrevi aqui em 2 de Abril de 2008 e aqui.
O PS propôs a criação de uma Plataforma Democrático, a cobertura mediática nacional deixou, em alguns casos, muito a desejar. Na verdade, a o que se quer é fazer passar para o continente a ideia de que na Madeira só há o PSD e Alberto João Jardim, o resto, a Oposição, não existe.
A análise está a ser feita por quem de direito.

Os deuses devem estar loucos

Onde o autor mostra, e bem, que a culpa do nosso desleixo, incúria e incompetência é culpa dos deuses. Só pode. Vão à bruxa!

não temos plano regional de defesa da floresta contra incêndios, nem temos os respectivos planos autárquicos; não definimos objectivos de médio e longo prazo; não possuímos um plano de combate a incêndios, usando boas práticas adequadas à nossa realidade; não temos um envelope financeiro com dimensão adequada para garantir objectivo de "zero incêndios"; não temos nenhum programa em curso que aumente a resiliência do território aos incêndios, com uma gestão florestal activa e com adequadas revisões de políticas e legislação; não temos nenhum esforço concreto e planeado para reduzir a incidência de incêndios com mais fiscalização, com efectiva dissuasão de comportamentos de risco e com programas de educação, sensibilização e informação com efeitos óbvios no longo prazo; não temos, por fim, um plano para melhorar a eficácia e eficiência de ataque e gestão dos incêndios com uma rede de postos de vigias, com técnicas e tácticas estudadas para a situação e posicionamento orográfico do parque natural da Madeira, com medidas de intervenção rápidas impedindo o crescimento de incêndios, com uma centralização da gestão dos meios tendo em conta o risco e o valor, entre outros...

Serrão apela à criação de uma "Plataforma Democrática"



Líder do PS-M disponível para dialogar com restantes partidos para derrubar o PSD-M

O presidente do PS-M, Jacinto Serrão, apelou hoje à criação de uma "plataforma democrática" na Madeira para a viabilização de uma alternativa política aos mais de 30 anos de governação do PSD-M liderado por Alberto João Jardim.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

MPT critica política sobre medicamentos

Faltam medicamentos na farmácia do Hospital do Funchal, mas administração adquire sistema de segurança no estacionamento.


Incêndios: PS, PP, PCP fazem sugestões, criticam, dão solidariedade. Guida Vieira, BE, escreve sobre o tema


PP condena competição entre câmaras e governo na questão dos incêndios; PCP denunciam sistema de falta de videovigilância nas serras; CDS-Câmara de Lobos quer mais controlo das queimadas; Guida Vieira, do Bloco de Esquerda, faz uma crítica exaustiva do problema e PS manifesta solidariedade às populações, apoio às forças de segurança e condenação dos actos criminosos

Governo exproria e não paga: e o Estado de Direito?

Governo expropriou a 49 cêntimos por m2 e adquiriu terrenos florestais nos montados de Santo António e São Roque. O incêndio chegou primeiro que o pagamento


No alto da Barreira, Santo António, a vegetação rasteira formada por carqueja e silvado serviu de rastilho para a propagação dos incêndios.
Hélder Spínola diz que mais caminhos florestais não resolvem.
No alto da Barreira, Santo António, a vegetação rasteira formada por carqueja e silvado serviu de rastilho para a propagação dos incêndios.
Há dois anos que os terrenos estão abandonados: carqueja e silvado minam os montados

O Governo Regional expropriou, há cerca de dois anos, centenas de parcelas de terrenos florestais nos montados de Santo António e São Roque, para integrá-los no chamado 'tampão verde'. Chamou a si a propriedade de 332 hectares do domínio privado por entender que estavam mal geridos. A maioria ardeu e ainda nem foi paga.

O Executivo tomou a posse administrativa há seis meses, renovando a declaração de utilidade pública. Lançou a empreitada de 'repovoamento florestal das zonas altas do concelho do Funchal', mas os trabalhos só deverão ir para o terreno em princípios do Outono.

Entretanto, pouco ou nada mudou nos montados, além da carqueja, urzes e silvado que cresceram, sobrando a manta morta que foi minando o solo abandonado, servindo de rastilho para os incêndios. Além de agastados com os montados agora reduzidos a cinzas, centenas de proprietários expropriados estão a 'arder', sem ver pago um cêntimo dos 49 prometidos por cada metro quadrado, há cerca de dois anos.

A última grande aquisição de parcelas de terreno florestal aconteceu há seis meses e permitiu ao Governo adicionar ao 'tampão verde' mais 332 hectares, totalizando 6 mil hectares. O Executivo propunha-se indemnizar os expropriados dispondo de uma verba global de 674 mil euros - o que dá uma média de 49 cêntimos por metro quadrado - mas o pagamento nunca mais se efectivou.

De resto, este processo de expropriação não tem sido uma batalha fácil. O braço-de-ferro litigioso acabou por chegar aos tribunais.

Um dos proprietários com quem o DIÁRIO falou, membro da Associação de Regantes da Levada da Serra de Santo António e um dos proprietários do 'Montado das 69 Partes' - que engloba uma área de 38 hectares no alto da Barreira -, lamenta a oferta do Governo, considerando o valor uma ofensa ao património privado e aos antepassados que, até há bem pouco tempo, faziam da lenha uma actividade rentável e, sobretudo, mantinham as florestas limpas. "Devia haver uma padaria com forno a lenha por freguesia. Assim não havia incêndios", apontou, agastado com o cenário cinzento que agora prolifera nas zonas altas.

A representar "várias centenas de proprietários" está o advogado Ricardo Vieira. Contactado pelo DIÁRIO, o mandatário explica que não está em causa apenas a contestação dos valores da indemnização mas a efectivação do contrato, que carece de mútuo acordo entre todas as partes envolvidas.

O Governo notificou sobre a intenção de expropriar, publicou a resolução do conselho de governo (n.º 68/2010), declarando a utilidade pública das parcelas de terreno, suas benfeitorias e todos os direitos a elas inerentes constantes da lista de 'repovoamento florestal das zonas altas do concelho do Funchal'. Fez as vistorias e avançou com a posse administrativa, conforme a lei confere.

O advogado diz que "tudo isso é possível antes de avançar para os tribunais". Porém, a área expropriada só estará efectivamente nas mãos do Governo por uma de duas vias: através da adjudicação por contrato com a assinatura dos cerca de 400 privados, entre heréus e donos das parcelas; ou por adjudicação dos terrenos à entidade expropriante pelo Tribunal.

Faltam Acessos, limpeza das matas e vigilância
"No Curral Velho, Estrela, Barreira, Lombo dos Aguiares, Pomar Miradouro, faz falta um ou outro guarda florestal para estas zonas altas andarem mais protegidas". A opinião é de um dos mais experientes membros da Associação de regantes da Levada da Serra de Santo António, com quem o DIÁRIO falou.

Na Barreira, a população teme dar o nome, mas tem a evolução das florestas bem presente na memória. Este, que é um dos 300 regantes da localidade, conhece cada nascente e galeria de água dos montados de Santo António como os traços da palma da sua mão. E a convicção é que "hoje está tudo abandonado": o silvado tomou conta das veredas ao longo das levadas e a faúlha amontoa-se na sombra da carqueja e das urzes que crescem entre o pinhal e eucaliptal. Sente o coração destroçado ao ver árvores seculares destruídas pelo incêndio.

Já no Pico do Cardo, a maioria dos 400 expropriados do montado (113 hectares) apoia a aquisição pública e reflorestação dos terrenos descampados. Mas não compreendem porque razão o Governo não fez ainda corredores corta-fogo por exemplo até à Ribeira da Lapa, de forma a facilitar o acesso aos bombeiros.

QUERCUS DIZ QUE PROJECTO NUNCA PASSOU DO MAPA

Hélder Spínola, dirigente da Quercus, não conhece qualquer intervenção na zona do 'tampão verde', desde que o projecto teve início, há nove anos. O ambientalista diz mesmo que os 6 mil hectares adquiridos pelo Governo Regional não tiveram outro mérito, além da demilitação no mapa das parcelas que passaram a ser propriedade pública.

"Sendo algo que o governo chamou a si, é inconcebível que não tenha sido feito nada, bem ou mal, e que a acção se tenha resumido simplesmente a delimitar no mapa a área do tampão verde, sem uma reposição do coberto vegetal autóctone, sem gestão florestal para reduzir a carga de biomassa para assim evitar a propagação de incêndios com grandes proporções, nem vigilância para detectar focos de incêndio de modo a que possa ser atacado de imediato", manifesta ao DIÁRIO.

O ambientalista nota que a intenção do Governo seria implementar um projecto de requalificação florestal semelhante àquele que foi desenvolvido pela Câmara com o Parque Ecológico do Funchal (PEF). Mas, se por um lado, este último conseguiu cumprir as metas como a recuperação do coberto indígena ou a substituição de plantas invasoras, "o projecto do tampão verde, desde que nasceu em 2001/02 que não se lhe conhece nenhuma intervenção além da delimitação no mapa". Constata ainda que, "fora do PEF, toda aquela área não tem tido gestão nenhuma, à excepção de uma ou outra iniciativa conjunta com as associações e os moradores na limpeza de poios, uma situação de educação ambiental pontual e não de gestão florestal".

Hélder Spínola defende uma estratégia florestal que aposte na prevenção e não em "medidas de fim de linha", como a criação de novos acessos. "Não se fala em evitar ignições de incêndios, em ter meios aéreos para combate directo, volta-se ao mesmo de fazer mais estradas que também acabam por ser usadas pelos incendiários". O ambientalista diz que a "estratégia do deixa arder" ficou bem patente na forma vertiginosa como que se propagou o fogo entre o Poiso e o Pico do Areeiro ou ainda no PEF, servidos por "acessibilidades quase perfeitas".

"Não fizemos nada porque não pudemos"
Instado pelo DIÁRIO, Manuel António Correia explica que o Governo não avançou ainda com a limpeza das matas, a criação de acessibilidades ou a reflorestação, conforme está previsto no projecto do 'tampão verde', porque "o regime jurídico normal numa propriedade privada impede as entidades públicas de intervirem no espaço físico, mesmo que seja por bons motivos".

"Não fizemos nada porque não pudemos. Só recentemente é que a posse administrativa se concretizou e as acessibilidades em Santo António estão paradas muito à custa disso", nota o secretário regional do Ambiente e dos Recuros Naturais, referindo-se aos atrasos decorrentes da identificação dos proprietários e herdeiros, muitos ausentes e com dificuldades em comprovar o registo cadastral das múltiplas parcelas.

O governante diz que o Governo tudo fez para impedir o desleixo nas áreas florestais e que só são expropriadas os casos de má gestão florestal, identificados através de uma vistoria prévia. "Já fizemos muitas aquisições por acordo, outras por arrendamento que permitem a posse e executar os trabalhos de reflorestação e outros em que não houve acordo e partimos para a figura mais extrema (declaração de utilidade pública) mas que demonstra bem a energia, a vontade e a pressa do Governo em fazer esse projecto de reflorestação", sustenta o governante.

"Mostram que o Governo estava certo na identificação que fez: definir a área como estratégica para a RAM e na posse privada não funcionava para esses fins", observa. "Penso até que foi um dos primeiros casos de expropriação por razões ambientais, para defesa do património natural e da segurança das populações", sublinha o secretário.

Convicto de que "estamos no caminho certo", Manuel António Correia assegura que "esta política vai continuar e é para ser estendida para outros concelhos", como as zonas altas da Encumeada, Campanário, Paul da Serra, "onde também já existem terrenos públicos, porque tornam ainda mais evidente a posse pública que não é um fim em si mesmo".

PS quer auditoria às estatísticas

Escórcio pede uma avaliação externa aos cálculos da taxa de desemprego

As diferenças, substanciais, entre os valores da taxa de desemprego, apresentadas pelo Instituto Nacional de Estatística e pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional da RAM, são uma das razões que levam o grupo parlamentar do PS-M a solicitar ao Governo Regional a realização de uma auditoria externa, para avaliar os cálculos efectuados por estes dois organismos.

Os dados do desemprego nacional, referentes ao segundo trimestre do ano, foram anunciados ontem e a Madeira registou um grande aumento, de quase dois pontos percentuais, passando para 8,2% de taxa de desemprego. No primeiro trimestre estava muito abaixo dos 7%.

Mesmo com este aumento, os socialistas recordam que os valores do INE não batem certo com o desemprego real, registado na Madeira.

O IEFP reconhece a existência de mais de 15.000 desempregados, enquanto o INE apenas contabiliza pouco mais de 9.000. O primeiro valor, face à população activa da Madeira, inferior a 140.000 pessoas, deveria resultar numa taxa de desemprego superior a 11%.

"Não é possível aceitar que duas instituições com credibilidade apresentem, para a Madeira, valores de desemprego substancialmente diferentes", afirma André Escórcio.

O líder parlamentar do PS-M reconhece que as duas instituições têm formas de cálculo diferentes, mas lembra que em mais nenhuma região do País se verificam discrepâncias tão grandes nas taxas.

O PS-M também recorda que já pediu, em Março, uma audiência com os departamentos do Governo Regional que tratam das estatísticas e nunca recebeu qualquer resposta.

O candidato a presidente do governo

Já toda a gente percebeu tudo: o aparecimento constante mesmo nas ocasiões mais inadequadas, o conluio mediático, o querer estar em tudo até em questões de índole fora da sua área, a marcação cerrada aos seus colegas de partido.
Mas vamos por partes: não existe candidatura a presidente do governo assim como não existe candidatura a primeiro-ministro. Contudo, desde de Benjamin Disraeli que as eleições parlamentares se tornaram na escolha do chefe do governo.
Uma coisa é certa: quem se «candidatar» a chefe do governo contra o líder assume a ruptura e não pode ser candidato a membro do parlamento na lista proposta pelo líder do partido. Além de ser alvo do descontentamento das bases. Mas, enfim, isso são lá problemas do PSD.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Soem as trombetas do Apocalipse: Comunicado do Grande Conselho


Reunião Extraordinária do Grande Conselho

Comunicado a toda a População deste Cantão


Ponto Um: Face à situação de emergência que atravessamos, reuniu o Grande Conselho para tratar do assunto mais candente da actualidade.

Ponto Dois: boatos irresponsáveis postos a circular fizeram crer que o Grande Conselho teria reunido para tratar da Reconstrução da Madeira em face do 20 de Fevereiro, da destruição de 95% de área ardida do Parque Natural do Funchal, da dezena e meia de desempregados na Região, da falência das empresas, dos madeirenses sem habitação e com fome, da falência das Sociedades de Desenvolvimento, da queda em declive do PIB, do apuramento de responsabilidades da perda de 500 milhões em Bruxelas. Nada mais falso, tudo isso já é conhecido da população.

Ponto Três: alguns chegaram mesmo a alvitrar que o Grande Conselho iria abordar as relações instáveis entre o PSD-M e o PSD-Nacional: é preciso não ter imaginação! Já toda a gente sabe que a instabilidade é a situação normal entre o PSD-Madeira e o PSD nacional, mesmo que, depois, o PSD-Madeira se agache à malfeitorias à Madeira quando o PSD está no poder!

Ponto Quatro: cabe agora, declarar solenemente o motivo da Reunião Extraordinária do Grande Conselho, à porta fechada, aberta apenas à nossa inigualável Comunicação Social.
O Grande Conselho, com o Apoio da Grande Comunicação Social da Madeira, reuniu-se para (toquem as trombetas do Apocalipse), para, sustenham a respiração, anunciar que, sem embargo do habitual convite de cortesia das respectivas estruturas na Madeira sempre que se realiza a respectiva Festa, o Grande Bem Feitor da Madeira e Líder d’Aquele Partido não se deslocar à Região.

Ponto Cinco: estamos a falar, como é óbvio, do Extraordinário e Grande Primeiro-Ministro, Engenheiro José Sócrates.

Ponto Seis: finalmente, o Grande Conselho, em sua Reunião Extraordinária, aprovou, por unanimidade e aclamação, um voto de louvor ao Alto Sentido de Prioridade e Responsabilidade da Mui Preclara Comunicação Social deste Território Autónomo da União ao eleger como assunto de máxima e prioritária actualidade não os assuntos corriqueiros supra referidos no Ponto Dois mas a não confirmação da hipótese que chegou a ser levantada, e que tanto emoção nos havia causado, a vinda à Região do Salvador da Nossa Região, ENGENHEIRO JOSÉ SÓCRATES, ILUSTRE PRIMEIRO-MINISTRO, cujo Alto Sentido de Estado sempre foi Louvado pelo Grande Conselho.


Funchal e Quinta da Sentinela, aos 17 dias do mês de agosto do Ano do Senhor de 2010

A todo o Momento, Comunicado do Grande Conselho

Emergência!

Nas próximas horas, toda a População da Madeira, será Informada, através da Comunicação Social da Madeira, cujo critério de prioridade não pode ser colocado em causa, do motivo da reunião do Grande Conselho.

Comunicação Social da Madeira, já informada do motivo, acorre em massa ao à Reunião Extraordinária do Grande Conselho

Reunião Extraordinária do Grande Conselho. Saiba aqui porquê na próxima hora.

sábado, 14 de agosto de 2010

Quem busca a outrance a rampa de lançamento pode ir borda fora

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Agradecimentos ao Pravda

O Professor Miguel Luís Fonseca contactou-nos, para, através deste blogue, agradecer ao Pravda, linha democrática, a publicação das referências que ali lhe têm sido feitas e etc. Pede também ao Pravda para não publicar os 2 nomes que ainda não revelou do Triunvirato, sobretudo um deles, com quem se dá muito bem e por quem tem real apreço, sobretudo numa das suas linhas políticas heteronímicas, e, quanto ao outro, nem pega a pena, diz o referido Professor, que, aqui para nós, tem coisas de irracionalidade abstracta pura (contágio do pravda, linha fascista).

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Quais são os 2 elementos do Triunvirato que os esbirros do Pravda querem proteger? Elementar, meu caro Dr. Wattson!

Tendo MLF lançado a teoria da conspiração à volta de um suposto Triunvirato, teoria que MLF não provou, o Pravda, a linha fascista, diga-se, resolveu lançar às feras o primeiro nome que dava jeito aos 2 elementos restantes do tal Triunvirato. - A ser esse um dos constituintes, a atitude de delação do Pravda, linha fascista, está a esconder 2 elementos do Triunvirato famigerado mas não provado. O que o Pravda, nessa sua atitude atabalhoada revela, a ser verdade a interpretação que a sua linha fascista faz da teoria da conspiração de MLF, é que é fácil chegar aos 2 outros elementos que integram ou integrariam o referido Triunvirato.
Ou seja, a linha de intrepretação do Pravda, ala fascista, revela o que não queria: diz-me com quem ele - o tal suposto denunciado pelo Pravda - dir-te-ei quem são os outros 2.
Ou seja:
1. Vê-se que o Pravda tem na cabeça 2 nomes que não revela;
2. Vê-se que esses 2 nomes são protegidos pelo Pravda;
3. Mesmo não querendo ou não dizendo explicitamente, o Pravda revelou os outros 2, por ligação com o 1º;
4. Vê-se, pela revelação de 1 dos 3, que:
4.1. O Trinvirato que o Pravda supõe está partido;
4.2. Que já não há (ou nunca houve) solidariedade entre esses 3 elementos do Triunvirato que o Pravda (sim, foi o Pravda, e mais ninguém) denunciou;
5. Que a atitude desses 2 (que o Pravda insinua, delata involuntariamente, ao revelar 1), é do tipo "salve-se quem puder);

Em síntese, quem é atingido em cheio por este quiproquo da linha fascista do Pravda é o PND. Trata-se, na verdade, de um haraquiri! E porquê? Porque o tal Triunvirato, na linha interpretativa da conspiração de MLF feita pelo Pravda, era pró-PND. É como os agentes secretos, uma vez revelados publicamente os seus nomes deixam de existir.
Já tivemos casos desses na política portuguesa. Enfim, uma balbúrdia - tutti contro tutti a favore di nessuno i di niente.

Fractura e teoria da conspiração no Pravda

Adenda: quem apontou no Pravda o nome de um camarada como integrando o grupo pró-PND quis sacudir a água do capote e tem tendências de esbirro da PIDE.

Em menos de 24 horas o Pravda muda de posição sobre o tal professor Miguel Fonseca: passa de lucidez a teoria da conspiração. Incoerênca? Não. Há uma fractura na linha editorial do Pravda. Há uma linha popular, democrática e revolucionária e há uma linha burguesa, fascistóide e com tons nazis. Aliás, o Pravda, que tanto diz ser contra o regime, segue uma linha que é igual, igual é favor, mil vezes pior, de alguns excertos de alguns artigos da publicação confessional: ataques pessoais, sendo que os do Pravda são da mais baixa índole, para além de serem covardemente anóninos (digo "covardemente" e não "cobardemente" porque é assim que se diz na Madeira e está correcto. No Brasil também, depois há os que falam continental).
Ora, a linha nazi-fascista lança nuvens de fumo e aponta o nome de um camarada como integrando o grupo. Pois bem, fique o Pravda sabendo que MLF seguiu uma estratégia que foi decisiva para que o candidato a líder fosse esse camarada, que tem defeitos quase tanto quanto MLF, mas que tem as suas virtudes. O professor MLF impediu, por exemplo, que o chamado "grupo do sotaque" impusesse a sua via, por isso, também por isso, MLF susteve os ataques que esse grupo do sotaque desencadeou contra o Professor João Carlos Gouveia. Esse grupo sotaquenho pretendia apear o professor a meio do mandato para colocar lá um homem da sua confiança, ainda por cima um desastre político. Por isso, quem segue essa linha de conspiração no Pravda só pode ser, e é, quem serve os interesses do PND, a linha copinhos de leite e não a linha copinho de vinho seco, fascista e não popular, em conluiu com o grupo pró-PND. Não vou ao ponto de dizer que é, que apoia a corrente dentro desse grupo que andou a conspirar contra VF e queria que ele não fosse o candidato, e só não conseguiu porque assim o Professor Miguel L. Fonseca não consentiu. Quanto ao tal professor MLF não compreendemos nem temos de compreender as suas constantes guinadas estratégicas, ou, pelos menos, tácticas. Mas isso também não é da nossa conta.Nesse aspeto, tirando os ataques de carácer nazi que o Pravda faz a qualquer pessoa que quer abater, até haverá alguns pontos convergentes quanto ao MLF.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

João Carlos Gouveia: informação ao deputado José Manuel Coelho do PND

Adenda informativa: quem alimenta, quem distorce, quem intriga, quem informa, quem lança o boato, a intriga e a calúnia ao editor e faz loby junto dos media contra o partido é o Triunvirato (1) que lidera o Grupo Pró-PND, que, nas últimas eleições, se movimentou no sentido abaixo descrito.. (Esse é o grupo de fariseus que usam a palavra partido em vão).
Adenda 2: Triunvirato: função ou tarefa exercida a três. E não a um.

1. O professor João Carlos Gouveia soçobrou, soçobrou, é como quem diz, ele ainda não desistiu do combate, porque o grupo que o terá apoiado a chegar à liderança do PS, que tem ligações com os confrades do Deputado José Manuel Coelho no PND, que apoiou táctica e tacitamente o PND nas eleições autárquicas no Funchal e os independentes em Santa Cruz, que enganou alguns dirigentes do PND prometendo-lhe coincidência estratégica mas que nunca teve intenções de o fazer, a não ser um deles, sabotou a acção política do professor, que o deputado JMC tanto diz apoiar, quando JCG era líder do partido. Capice? Capire, Signore?
2. O mais curioso é que o deputado JMC, tão frontal, nunca diga o nome de nenhum dos elementos do referido grupo, que, aliás, têm interesses políticos conflituantes, que teriam já sidos expostos, não fossem quem são, os tais disponíveis ao PND.
3. Como o deputado JMC, que eu respeito, faz intriga, esquece que também se pode fazer intriga com o seu tão fracturado PND de copinhos de leite que gostam de fazer de capacho o copinho de vinho seco ao seu serviço, ou seja, o proletariado explorado pela burguesia reaccionária, trauliteira e caceteira que domina o PND.
4. Quanto ao referido grupo, sabemos perfeitamente o que fez, o que faz e o que se prepara para fazer. No momento azado, seremos implacáveis!
5. O deputado JMC, que tanto gosta de apontar o dedo, diga lá o nome desses que armaram uma tocaia ao Professor tão seu idolatrado enquanto ele era líder do partido. E diga lá porque é tão frontal, e diga lá porque sabe quem eles são. Ai sabe sabe!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010


refrescar as ideias

A Obesidade Mental - Andrew Oitke

A Obesidade Mental - Andrew Oitke
Por João César das Neves - 26 de Fev 2010

O prof. Andrew Oitke publicou o seu polémico livro «Mental Obesity», que
revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.

Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o
conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da
sociedade moderna.
«Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do
excesso de gordura física por uma alimentação desregrada.
Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e
conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses.»
Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos
que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de
carbono.
As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos
tacanhos, condenações precipitadas.
Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.
Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e
comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e
realizadores de cinema.
Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e
romances são os donuts da imaginação.»
O problema central está na família e na escola.
«Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se
comerem apenas doces e chocolate.
Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta
mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e
telenovelas.
Com uma «alimentação intelectual» tão carregada de adrenalina, romance,
violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma
vida saudável e equilibrada.»
Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os
Abutres", afirma:
«O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de
reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações
humanas.
> > A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e
> manipular.»
> > O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade
> fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante.
> > «Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.»
> > Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura.
> > «O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.
> > Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy.
>
> > Todos dizem que a Capela Sistina tem tecto, mas ninguém suspeita para que
> é que ela serve.
> > Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê.
>
> > Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um
> cateto».
> > As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras.
> > «Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes
> realizações do espírito humano estejam em decadência.
> > A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a
> cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal
> ou doentia.
> > Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o
> egoísmo.
> > Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da
> civilização, como tantos apregoam.
> > É só uma questão de obesidade.
> > O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos.
> > O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos.
> > Precisa sobretudo de dieta mental.»
> >
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terça-feira, 10 de agosto de 2010

A CDU APONTA OS ELEFANTES BRANCOS DO REGIME



Mostrando que não é exatamente como se queixam alguns diáconos do socialismo doméstico, o PCP na Madeira sabe assestar baterias contra o sistema laranja, e com que pontaria!