domingo, 28 de fevereiro de 2010

"La Seine de notre capitale"

Num plano integrado de natureza ecológica e paisagista e de segurança das populações - vide a tragédia de 1993, o projecto, sinteticamente, baseia-se na construção de pequenas barragens, aproveitando, tanto quanto possível, as pequenas cascatas já existentes, assegurando o ano inteiro, se necessário, no Verão, com o fornecimento de água, a existência perene de espelhos de água entre as cascatas, a remoção de escolhos e detritos, com a consequente e fácil fluidez da corrente em tempo invernal.

Um sonho e um projecto estratégico

Continuei a sonhar, desta vez acordado. Quase materializei a imaginação; via-me por aquelas chapas nuas e erosionadas, com batalhões de homens, mulheres e máquinas, semeando urze e louro, plantando castanheiros, nogueiras, pau-branco e vinháticos; corrigindo as barrocas com pequenas barragens de correcção torrencial, canalizando talvegues, desobstruindo canais. E vi a serra verdejante; a água cristalina deslizar lentamente pelos relvados, saltitando pelos córregos enchendo levadas. Voltei a ouvir os cantares dolentes dos regantes pelos socalcos ubérrimos das vertentes.

Vocabulário
barrocas: barroco, escavação natural; barranco.
barroco: penedo isolado e informe.
barranco: sulfoco feito pelas enxurradas; barroca; ravina; precipício.
córrego: rego por onde corre bastante água; riacho, regueiro; caminho apertado entre montes; o mesmo que corgo;
talvegue: fundo do leito de um rio ou a linha que une os pontos mais baixos do leito de um rio ou outro curso de água; o fundo de um vale;

Zapata morreu.A Esquerda PS,BE,PCP,indignou-se?Não,porque ele morreu em Cuba,tinha de ter morrido em Marrocos!Viva Zapata.Abaixo a"esquerda"hipócrita!

Mataram Zapata, Fernanda Câncio





Aminatu Haidar. Orlando Zapata. Ela, uma activista sarauí de 44 anos, fez greve de fome num aeroporto espanhol, depois de ver a sua entrada em Marrocos recusada pelas autoridades locais e conseguiu, graças à atenção e pressão internacionais, regressar à sua terra e aos seus filhos; ele, um activista cubano de 42 anos, morreu anteontem, após 85 dias de greve de fome na prisão.

Sim: Zapata morreu. Mas dele só soubemos o nome porque morreu. Para ele não houve petições a circular no Facebook e entre as "personalidades" portuguesas e estrangeiras, mesmo se houve cartas e apelos do Movimento Republicano Alternativo (a que pertencia) e da Amnistia Internacional a alertar para a sua greve de fome e para os maus tratos e espancamentos de que era alvo. Merecia menos que Aminatu? Cuba é menos cruel que Marrocos? Ou faltaram os directos e as entrevistas e as fotografias e os artigos inflamados?

Zapata foi preso em 2003 por "desobediência", "desrespeito" e "desordem pública" e condenado a 25 anos. Os seus "crimes" dizem tudo por ele. Tudo sobre a atrocidade da sua morte e tudo sobre o obsceno regime cubano - um regime que continua a merecer o beneplácito e a bonomia de tanta gente que não hesitou em pôr o seu nome na lista pela "libertação" de Aminatu mas que de Orlando não sabe "o suficiente".

Eu, pelo contrário, sei pouco sobre Aminatu e sobre o Sara e Marrocos (deveria saber mais, decerto) mas sei o que é preciso sobre um regime do qual tanta gente diz "não é assim tão mau". Um regime envolto na mitificação romântica dos heróis de uma esperança massacrada e nas suas imagens épicas, recortadas em multidões empolgadas e em frases grandiosas que só sabem a mágoa. Um regime horripilante de verdugos charmosos.

Um regime onde se usa sobre pessoas uma palavra que pensei, depois do fim da ditadura portuguesa, nunca mais ouvir ao vivo: "subversivo". "Esse indivíduo é um subversivo", disseram-me dois polícias a propósito de um rapaz de 19 ou 20 anos filho de um veterinário que tanto me seringara na rua que, inexperiente repórter por quatro dias na Havana de 1991, lhe oferecera um jantar na Bodeguita del Medio, o restaurante "de Hemingway", e que o prenderam (prenderam!) à saída porque "é proibido os cubanos falarem com turistas".

Um regime que fez de um país bonito de gente bonita, praias bonitas, calor, rum e charutos uma coisa única, uma espécie de museu-prisão das revoluções traídas da América do Sul, das utopias "generosas" das esquerdas europeias. Um cenário de inesgotável nostalgia e amargura, sim, bom para fotografias e documentários. Mas onde se morre por "desobediência". Cuba é uma ditadura, os Castro são criminosos e Zapata foi assassinado. Outra vez.

Decifrai o procurador, Diogo Freitas do Amaral, in Visão

Congratulo-me por terem finalmente conseguido uma entrevista do sr. procurador-geral da República, que há muito se impunha. Infelizmente, a linguagem utilizada pelo PGR é algo cifrada e não inteiramente clara. Vou procurar decifrá-la para os leitores da nossa revista.

1) HOUVE OU NÃO CRIME de «atentado ao Estado de Direito»? O PGR diz que não houve, porque faz uma interpretação restritiva do conceito: para ele, só existiria tal crime (ou os respectivos actos preparatórios) se houvesse indícios de «factos adequados a pôr em causa [na sua totalidade] o Estado de Direito, apontando para a sua destruição, alteração ou subversão. E esses factos não existem».
Quer dizer: o PGR não encontrou, nas escutas que ouviu, «quaisquer indícios» de um plano para substituir a democracia por uma ditadura. Ainda bem! Creio que ninguém estaria à espera de que encontrasse isso. O que é discutível - no plano teórico - é se esse é o conceito legal de «atentado ao Estado de Direito». Não caberá neste conceito a tentativa de controlar meios de comunicação social privados? Ou, pelo menos, a de silenciar as vozes mais criticas e contundentes? O ponto é controverso, mas ficamos todos a saber a opinião que sobre o assunto tem o actual PGR.

2) QUE FACTOS OU INDÍCIOS foram apurados pelo PGR? Diz-nos ele, com toda a clareza (e se descontarmos os «eventuais» e os «hipoteticamente», que terão existido «propostas, sugestões, conversações sobre negociações» no caso em apreciação [o projecto de compra de uma posição accionista pela PT na TVI]. Três palavras importa destacar: «propostas» e «sugestões» acerca de «negociações» em curso. Estes factos existiram, mas - segundo o PGR - não correspondem a um «atentado ao Estado de Direito». Mas atenção: diz o PGR que esses factos «poderão ter várias leituras, nos planos político, social ou outros». Quer dizer: podem ser considerados, por uns, como politicamente legítimos ou compreensíveis e, por outros, como reprováveis no plano político. Porquê? O PGR não o diz, mas presume-se que poderão ser tidos como limitações pontuais (repetidas?) da liberdade de expressão, na sua modalidade de «liberdade de criticar os governos e os governantes».
O PGR tem, pois, razão ao dizer que «neste momento» o caso das escutas, na Face Oculta, «é meramente político». Só o é, porém porque o PGR optou por uma interpretação muito restritiva do conceito de «atentado ao Estado de Direito». Até ele o fazer, o caso era essencialmente jurídico.
Tal caso passou do mundo do Direito para o mundo da política, pura e simplesmente, por meio de uma decisão jurídico-política do PGR.
Em meu entender, a Assembleia da República tem competência para discutir e apreciar, politicamente, essa decisão do PGR.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

O fim do regime?, Vasco Pulido Valente

Os regimes começam a cair pelos seus partidos. Portugal é um exemplo claro. Quando os partidos tradicionais da monarquia constitucional, o Partido Regenerador e o Partido Progressista, perderam qualquer espécie de identidade ideológica e programática, falharam sucessivamente no governo e se desintegraram em facções sem significado e sem destino, a República chegou. E, na República, quando o Partido Democrático de Afonso Costa, depois de 1918, deixou o seu jacobinismo original e passou a ser um conjunto de pequenos ranchos que se guerreavam, nada podia já impedir o 28 de Maio e a Ditadura. Mesmo a Ditadura se desfez, quando Salazar morreu, em bandos de "notáveis" que se detestavam e que pouco a pouco conseguiram paralisar Caetano.

A agonia desta II República, sob que vivemos, também está hoje à vista no calamitoso estado dos partidos parlamentares. O PC há 20 anos que não acredita na revolução e só quer impedir o governo de governar - seja ele qual for: da direita, do centro ou do PS. É um apêndice maligno, que dura contra todo o senso e toda a lógica. O Bloco, que não passa do PC da nova classe média, não serve para nada. Acabou por se tornar num grupo de protesto vociferante e vão, incompreensivelmente instalado em São Bento. E o PS, que Sócrates transformou numa tropa calada e reverente, vai desaparecendo agora, afundado (com razão ou sem ela, não importa) em escândalos de vária ordem e gravidade, e numa crise que não previu e não soube tratar. Como pode ele, sozinho, sustentar o regime?


Quanto ao PSD, Santana Lopes disse ontem que é, literalmente, uma "casa de ódios". Não vale a pena insistir na balbúrdia eleitoral em curso e na irremediável mediocridade dos candidatos. Ou no congresso extraordinário, que se reunirá em Março, ninguém percebeu ainda por quê e para quê. O PSD "precisa de salvação", como explicou Santana? Com certeza que sim. Mas, "precisando de salvação", como se propõe esse náufrago salvar o país? Falta falar do CDS ordeiro e laborioso de Paulo Portas, que não sai e parece que nunca sairá do seu cantinho. Por muitos méritos que lhe atribuam ou que, de facto, tenha, contar com ele não é realista. Na II República já não existem partidos. Existem sombras de partidos, restos de partidos, destroços de partidos. O regime não irá durar muito.

Voltando à quarta classe da antiga escola primária, última página da tabuada

1 - uma unidade
10 - dez
100 - cem
1.000 - mil
10.000 - dez mil
100.000 - cem mil
1.000.000 - um milão
10.000.000 - dez milhões
100.000.000 - cem milhões
1.000.000.000 - mil milhões (10 elevado a 9)
1.000.000.000.000 - um bilião ou um milhão de milhões (10 elevado a 12)


Claro que a potenciação, já não era da primária; os números, eram.

Aviso àqueles que se julgam socialistas e partilham as ideias económicas da Direita: leia Paul Krugman

Veja onde Cavaco foi buscar a ideia do monstro, veja o que significa pedir baixa de impostos, veja o seu resultado e o que é que a Direita pretende quando o pede, veja onde está a origem dos défices actuais, veja lá se é adepto das reaganismo e do tacherismo, você que se julga socialista, e veja se a estratégia actual da direita portuguesa não é a mesma dos republicanos.

A rapaziada das falências, Paul Krugman



O propósito dos republicanos é oporem-se a tudo até que os EUA estejam mergulhados numa catástrofe fiscal. E não se esqueça, caro leitor, de que foi aqui que leu este alerta pela primeira vez


Sim, pronto, o monstro está esfaimado. E agora? Eis a pergunta com que se confrontam os republicanos. Só que eles se recusam a responder-lhe e nem sequer participam em debates sérios para encontrar uma solução.

Para os leitores que não sabem de que estou a falar, eu explico: desde o tempo de Reagan que o Partido Republicano é gerido por gente que quer um Estado mais pequeno, menos interventivo. O activista Grover Norquist proferiu um dia palavras que se tornaram célebres: os conservadores querem que o governo "seja reduzido a um tamanho que nos permita afogá-lo na banheira".

Mas houve sempre um problema com esta postura. Os eleitores podem dizer que se opõem a um governo forte, mas os programas que representam a parte de leão da despesa federal - Medicare, Medicaid e segurança social - são muito populares. Assim sendo, como pode o público ser convencido a aceitar grandes cortes na despesa?

A resposta dos conservadores, que se desenrolou nos finais dos anos 70, seria chamada, na era Reagan, "deixar o monstro morrer de fome". A ideia - aventada por muitos intelectuais conservadores, de Alan Greenspan a Irving Kristol - era basicamente que os políticos deveriam adoptar uma postura simpática e entrar num jogo de isco e armadilha. Em vez de proporem cortes na despesa, o que seria impopular, os republicanos apoiariam cortes nos impostos, sempre populares, com a intenção deliberada de piorar a situação fiscal do governo. Os cortes na despesa seriam então apresentados como necessidade e não como opção; como a única maneira de eliminar um défice orçamental insustentável.

E assim chegou o défice. É verdade que mais de metade do défice orçamental deste ano é resultado da Grande Recessão, que simultaneamente baixou a receita e exigiu um surto de despesa temporário para conter o desastre. Mas mesmo quando a crise tiver passado, o orçamento continuará francamente negativo, em grande parte devido aos cortes de impostos (e às despesas extraordinárias com as guerras) da era Bush. E a combinação de uma população a envelhecer e de despesas médicas a aumentarem provocará um crescimento explosivo da dívida após 2020, se nada se fizer para contrariar isso.

Por isso o monstro está a passar fome, como planeado. Será altura, então, de os conservadores explicarem que partes do monstro querem cortar e deitar fora. Barack Obama acaba de os convidar a fazer isso mesmo, ao convocar uma comissão bipartidária para analisar o défice.

A proposta preocupou muitos progressistas, por temerem que venha a revelar-se um cavalo de Tróia - em particular, que a comissão acabe por fazer renascer o antigo e constante objectivo dos republicanos de estriparem a segurança social. Mas escusavam de se preocupar: os republicanos no Senado votaram contra a proposta de legislação que criaria uma comissão com algum poder real e não é provável que a comissão criada por Obama por decreto presidencial venha a alcançar algum resultado significativo.

Por que razão estão os republicanos tão relutantes em se sentarem à mesa e debaterem a questão? Porque se veriam forçados a explicar-se ou calar-se. Como se opõem determinantemente a reduzir o défice através do aumento de impostos, teriam de explicar que parte da despesa querem cortar. E, imagine-se, ao fim de três décadas de preparação do terreno para este momento preciso, ainda não estão prontos para o fazerem.

Com efeito, os conservadores têm-se furtado a subscrever cortes na despesa que eles próprios tinham proposto em tempos. Nos anos 90, por exemplo, os republicanos do Congresso tentaram forçar a aplicação de cortes profundos no Medicare. Mas agora têm-se oposto a todos os esforços para se gastarem os fundos afectos ao Medicare de maneira mais racional.

E então a segurança social? Há cinco anos, a administração Bush propôs que os pagamentos futuros fossem limitados aos trabalhadores de rendimentos altos e médios, o que representaria um teste aos meios dos benefícios de reforma. Mas, em Dezembro, o editorial do "The Wall Street Journal" denunciava esse teste, porque, dizia, "os cidadãos das classes média e alta (isto é, do Partido Republicano) receberiam menos do que o que lhes era prometido, em troca de toda uma vida de pagamento de prestações". Neste momento, portanto, os republicanos insistem que o défice tem de ser eliminado, mas não estão preparados nem para aumentarem os impostos nem para apoiarem cortes em qualquer dos grandes programas governamentais. E não estão interessados em participar em debates bipartidários sérios, porque isso os forçaria a explicar qual é o seu projecto, e não há projecto nenhum, a não ser o de recuperarem o poder.

Mas há alguma lógica na presente posição dos republicanos: com efeito, o partido está a dobrar a parada no esquema de matar o monstro à fome. Privar o governo de receitas não bastou, ao que parece, para forçar a classe política a desmantelar o estado-providência. Por isso, a estratégia é oporem-se a toda e qualquer acção responsável até que estejamos atolados numa catástrofe fiscal. Economista Nobel 2008

SÓ SEI QUE NADA SEI


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

ALUNOS... INTELIGENTES

Professor: O que devo fazer para repartir 11 batatas por 7 pessoas?
Aluno: Purê de batata, senhor professor!

( Faz sentido!)

Professor:- Joaquim, diga o presente do indicativo do verbo caminhar.
Aluno:- Eu caminho... tu caminhas... ele caminha...
Professor:- Mais depressa!
Aluno:- Nós corremos, vós correis, eles correm!

(E não é verdade?)




Professor: "Chovia" que tempo é?
Aluno: É tempo muito mau, senhor professor.

(alguma dúvida?)




Professor: Quantos corações nós temos?
Aluno: Dois, senhor professor.
Professor: Dois!?
Aluno: Sim, o meu e o seu!

(a lógica explica...certinho!)




Dois alunos chegam tarde à escola e justificam-se:
- O 1º Aluno diz: Acordei tarde, senhor professor! Sonhei que fui à Polinésia e a viagem demorou muito.
- O 2º Aluno diz: E eu fui esperá-lo no aeroporto!

(fisicaquanticamente falando quem discute??? está certo!)




Professor: Pode dizer-me o nome de cinco coisas que contenham leite?
Aluno: Sim, senhor professor. Um queijo e quatro vacas..
(me diga onde ele errou?)
Um aluno de Direito a fazer um exame oral: O que é uma fraude?
Responde o aluno: É o que o Sr. Professor está a fazer.
O professor muito indignado: Ora essa, explique-se...
Diz o aluno:Segundo o Código Penal comete fraude todo aquele que se aproveita da ignorância do outro para o prejudicar!

(E então... na logica...)



PROFESSORA: Maria, aponte no mapa onde fica a América do Norte..
MARIA: Aqui está.
PROFESSORA: Correto. Agora turma, quem descobriu a América?
TURMA: A Maria.

(Uauuuuu)


PROFESSORA: Joãozinho, me diga sinceramente, você ora antes de cada refeição?
Joãozinho: Não professora, não preciso... A minha mãe é uma boa cozinheira.

(sem comentários)


PROFESSORA: Artur, a tua redação "O Meu Cão" é exatamente igual à do seu irmão. Você copiou?
ARTUR: Não, professora. O cão é que é o mesmo.




PROFESSOR: Bruno, que nome se dá a uma pessoa que continua a falar, mesmo quando os outros não estão interessados?
BRUNO: Professor.

( a melhor de todas sem duvida!!!!!!!!!!!)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Madeira: Timor contribui com ajuda financeira


(Nota pessoal: quando, em 1999, propus, na Assembleia Municipal, a geminação do Funchal com Díli, para, assim, se poder ajudar Timor, algumas intervenções perguntaram o que é que Timor tinha a ver com a Madeira. Como também não tive o apoio de alguns elementos do PS, acabei por retirar a proposta...)

O Conselho de Ministros de Timor-Leste aprovou esta quinta-feira um auxílio às vítimas da Madeira, no montante de 556 mil euros, em solidariedade com o arquipélago, avança a Lusa.

«Na sequência das inundações que atingiram a Região Autónoma da Madeira, provocando dezenas de mortos e avultados prejuízos, o Conselho de Ministros, em acto de solidariedade e apoio para com o povo e autoridades daquele arquipélago português, aprovou a atribuição de ajuda financeira, para ajudar a colmatar os estragos e perdas sofridas com as fortes chuvadas que assolaram a região», refere, em comunicado, a Secretaria de Estado do Conselho de Ministros.

Logo a seguir à tragédia, também o Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, enviou condolências a Cavaco Silva, pelas dezenas de mortos e lamentou o elevado número de pessoas feridas e a grande destruição verificada.

O manhoso do Marcelo vai candidatar-se, se ganhar, refunda a AD e pode chegar a 1º. Ministro


Como quem não quer a coisa, Marcelo deixa o programa da RTP, diz que não assina nada com a TVI antes, que talvez não vá ao Congresso extraordinário, mas vai dar uma de Cavaco, rodar o carro até lá, as duas lebres Rangel e Aguiar Branco (e está explicado por que avançaram ambos) vão desistir em nome da sacrossanta unidade e estender a passadeira a Marcelo. Este, se ganhar, refunda a AD e já se vê Primeiro-Ministro, futuro candidato a Presidente e tudo, se entretanto não lhe acontecer como Mofina Mendes e o pote lhe cair da cabeça.

A bufaria, António Marinho Pinto

O caso Mário Crespo não é um problema de liberdade de informação, mas (mais) um sintoma da degradação a que chegou a comunicação social.

Uma conversa privada do primeiro-ministro, num restaurante, sobre um jornalista que há anos o critica publicamente, é prontamente denunciada ao visado que logo tenta criar um escândalo político.

Sublinhe-se que ambos são figuras públicas com direito a terem, uma da outra, as opiniões que entenderem. Apenas com um senão: nem José Sócrates poderá usar os seus poderes de primeiro-ministro para perseguir o jornalista Mário Crespo, nem este deverá usar os meios de que dispõe como jornalista para perseguir o primeiro-ministro. Porém, os jornalistas, em geral, julgam-se no direito de publicar as opiniões que quiserem (por mais ofensivas que sejam) sobre os governantes (mesmo violando as regras éticas do jornalismo), porque entendem que isso é direito de informar. Mas se os visados emitirem a mais leve opinião sobre esses jornalistas isso é um ataque à liberdade de informação.

O jornalismo português tem vindo a degradar-se por falta de referências éticas. Hoje, tudo vale para obter informações, incluindo o recurso a "bufos". Nos tempos do Estado Novo usava-se esse termo para designar as pessoas que davam informações à polícia política sem que ninguém desconfiasse delas. Geralmente eram até da confiança das vítimas. Faziam delação às escondidas, por dinheiro ou simplesmente para tramar os visados. Agora continua-se a denunciar pessoas a quem as possa tramar. Os "bufos" são os informadores privilegiados dessa nova polícia de costumes em que se transformaram certos órgãos de informação de Lisboa.

Vejamos alguns exemplos.

Há alguns anos, um político e professor universitário (Sousa Franco), por sinal meio surdo, conversava tranquilamente num restaurante. Numa mesa ao lado, uma jornalista (talvez disfarçada de costeleta de borrego) tomava notas da conversa, sem que os visados se apercebessem. Dias depois o teor da conversa era manchete num semanário de Lisboa.

Também há alguns anos, um professor do ensino secundário (Fernando Charrua), conversando com um colega no gabinete deste, emitiu sobre o primeiro-ministro uma daquelas opiniões que só se expressam em conversas privadas. Pois, logo o colega o foi denunciar aos superiores hierárquicos.

O mesmo aconteceu com um juiz conselheiro, que, numa conversa a dois com um colega, emitira o mesmo tipo de opinião sobre o Conselho Superior da Magistratura. Logo o colega o foi denunciar ao CSM. Mais recentemente, um magistrado do Ministério Público que, durante um almoço com dois colegas, opinara sobre um processo de que estes eram titulares foi de imediato denunciado por os ter "pressionado".

Hoje não se pode estar à vontade num restaurante, porque ao lado pode estar um "bufo" a ouvir a conversa para a ir relatar ao seu tablóide preferido. Até a factura da refeição pode ser útil para o mesmo fim. A privacidade deixou de ter qualquer respeito ou protecção.

Os meus rendimentos, constantes da minha declaração de IRS, foram obtidos ilicitamente nas finanças e andaram a ser oferecidos a alguns jornais de Lisboa até que um deles os publicou. Tudo para tentar desqualificar-me como advogado, mostrando que, supostamente, eu ganhava mais como jornalista.

A sordidez desse tipo de jornalismo traz-me à memória um episódio ocorrido há cerca de 20 anos em que se chegou ao ponto de tentar fazer uma notícia sobre uma consulta de ginecologia de uma dirigente política, que na altura desempenhava funções governamentais.

Tudo isso só é possível porque o jornalismo está em roda livre, sem qualquer regulação e a própria justiça, em vez de corrigir esses desvarios, coonesta-os e acaba por também recorrer a eles.

Por mim tomei já vários cuidados. Evito conversas em restaurantes, já não falo ao telefone e mesmo no meu escritório já tomei as devidas precauções. Perdi toda a confiança nas comunicações em Portugal porque a deriva fundamentalista e justiceira de muitos dos nossos magistrados mostra que qualquer pessoa pode estar sob escuta, incluindo as mais altas figuras do Estado.

Por isso, não falar ao telefone é hoje um gesto tão prudente como o era no tempo da ditadura. E mesmo como advogado, já retirei do meu escritório quaisquer elementos que possam ser usados contra alguns dos meus clientes, pois é normal em Portugal fazerem-se buscas a escritórios de advogados, com mandados em branco, ou seja, com ordem para apreender tudo o que possa ajudar a incriminar os seus constituintes.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

MP sem provas para acusar Sócrates no caso Freeport

Jornal Público.

Gente virada para a frente, Ferreira Fernandes

As autoridades reagiram com prontidão à catástrofe da Madeira. Não, não me refiro à protecção civil, isso é uma ciência que eu não domino. Eu é mais homens. A primeira das autoridades - Cristiano Ronaldo, evidentemente - logo nas 24 horas seguintes à dor meteu um golo e ofereceu três aos companheiros. Segundo os jornais espanhóis de ontem, a melhor exibição desde que está em Madrid. Conheço muito menino que respondia com desânimo à catástrofe na terra, ai, eu estou que nem me aguento, três dias de baixa. Cristiano Ronaldo meteu os dentes, literalmente, foi assim que segurou a camisola do clube para mostrar a camisola interior onde estava escrito: "Madeira." Escrevera-o com essa fisgada, para depois de marcar aquele livre de bola com motor de propulsão (violenta para ir ter à bancada de fundo) e sistema de desmaio (que a faz cair automaticamente quando lhe cheira a redes). Golo metido, homenagem pátria exibida, outro qualquer sentir-se-ia com o dever cumprido, mas ele continuou empolgado. Para grandes catástrofes, grandes exibições - há artistas assim. Outro homem à altura: Alberto João Jardim. Mais uma vez não me peçam análises. Jardim: "Em Abril é o mês das flores. Venham à Madeira." Pensando melhor, analiso: quem em Fevereiro de lama fala das flores, em Abril é um líder.

RECONSTRUÇÃO, Alberto João Jardim

Uma catástrofe desabou sobre a Madeira.
É hora de luto, mas também de apelo às forças íntimas de cada um, as quais, ao longo de gerações e da História, fizeram e sustentaram a gesta do Povo Madeirense.
O nosso passado é construído de confrontos cíclicos entre Povo e Natureza.
Em todos os momentos que a fúria Desta parecia nos derrotar de vez, a Alma possante dos Madeirenses revestiu a couraça para enfrentar o Destino, feriu as mãos no basalto e reconstruiu.
RECONSTRUÇÃO é a palavra de ordem.
Todos os braços serão poucos.
Depende muito dos apoios que se materializarem. Mas a solidariedade que logo recebemos de todo o lado, dá-nos fé para crer que não se trata de palavras vãs.
Não é a hora da Política.
É a hora de muito TRABALHO SOLIDÁRIO E ORGANIZADO.
O Turismo e a Economia têm de assumir o seu funcionamento, custe o que custar e estão já a fazê-lo.
Eu próprio substituí por este, o escrito que aqui hoje iria ser publicado, bem como suspendi outros já preparados. E só continuarei a escrever, quando for possível.
A vida mudou por estes próximos tempos, e de que maneira!
Não há espaço sequer, para distracção com aqueles de comportamento canalha, que logo se aproveitaram desta tragédia sem precedente.
A catástrofe também mostrou o sempre denunciado analfabetismo de alguns. “Não se tira pedra da ribeira”, porém ela veio sobre nós. Não se robustece o litoral, como na expansão territorial de alguns países, e eis o mar em cima de nós. Não se canaliza as ribeiras, e se não o fizéssemos, hoje o Funchal, como cidade, teria desaparecido, tal como a Ribeira Brava.
Basta de institucionalizar a asneira!
E não percamos mais tempo com eles.
RECONSTRUÇÃO
O mais célere e correctamente possível. Não é tempo para burocracias e positivismos jurídicos.
Não é tempo para rivalidades e confrontos mesquinhos.
Estamos em ESTADO DE NECESSIDADE.
Um grande MUITO OBRIGADO a todos os que nos estão a ajudar. Desde Instituições do Estado e todas as outras, através dos seus Titulares, até ao Cidadão mais anónimo.
Que pessoas fantásticas!
E como esta Nação Portuguesa é fantástica, quando toca a reunir!
Obrigado, muito obrigado.

Hino ao Povo da Madeira

HINO DA REGIÃO AUTÓNOMA





Do vale à montanha e do mar à serra,

Teu povo humilde, estóico

e valente,

entre a rocha dura te

lavrou a terra

para lançar do pão a semente


herói do trabalho

na montanha agreste

que se fez ao mar

em vagas procelosas,

os louros da vitória

em tuas mãos calosas

foram a herança

que a teus filhos deste.




Refrão

Por esse mundo além

Madeira, teu nome continua

em teus, filhos saudosos,

que além fronteiras de ti

se mostram orgulhosos,

por esse mundo além,

Madeira, honraremos

a tua história

na senda do trabalho

nós lutaremos, alcançaremos

teu bem estar e glória
.

Amor a Portugal

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O ESTADO OS MEDIA OU VICE-VERSA:Casa Civil da Presidência divulga carta que desmente acusações de Crespo

O chefe da Casa Civil da Presidência da República divulgou hoje, quarta-feira, a carta que enviou ao director da SIC, onde assegura que as acusações de Mário Crespo de que Belém transmitia notícias inverídicas são "absolutamente falsas".
Num esclarecimento do Chefe da Casa Civil do Presidente da República divulgado no 'site' de Belém, o chefe da Casa Civil refere que decidiu tornar pública a carta que enviou ao Director de Informação da SIC "desmentindo afirmações feitas por um jornalista" depois de ter tomado conhecimento de que o seu nome foi hoje referido nas audições em curso na Comissão Parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura a propósito da missiva enviada a 8 de janeiro de 2009.
Na carta, José Manuel Nunes Liberato recorda as afirmações de Mário Crespo na edição do dia anterior do programa "Nós por Cá", quando o jornalista falou sobre o relacionamento da Presidência da República com a comunicação social referindo-se a uma "prática que tem algo de crónico, algo de preocupante".
Quando instado a precisar essa afirmação, Mário Crespo respondeu que "a mesma consistiria na transmissão deliberada de notícias inverídicas aos órgãos de comunicação social, que qualificou de 'armas para substituir a formalização de uma comunicação de uma instituição da República por uma mensagem passada subliminarmente através da imprensa'", lê-se na carta enviada por Nunes Liberato.
Ainda de acordo com o que é relatado na missiva, Mário Crespo terá ainda dito que "essa prática é atentatória da liberdade de imprensa, encontrando-se os órgãos de comunicação social a ser vítimas de um 'assédio sistemático de fontes, que marcam a agenda com mensagens que provavelmente não querem assumir sendo dadas na primeira pessoa'".
"Cumpre-me informar que os factos referidos pelo jornalista Mário Crespo são absolutamente falsos e não possuem a mínima correspondência com a realidade", sublinha o chefe da Casa Civil na carta.
Hoje, na comissão parlamentar de Ética, o jornalista Mário Crespo voltou a afirmar que o chefe da Casa Civil da Presidência da República enviou o ano passado uma carta "em papel timbrado da Presidência para a administração da Impresa".
Essa carta data do dia 8 de Janeiro e foi enviada para a direcção da SIC conforme se pode constatar na página da Presidência da República na Internet.
A afirmação foi reiterada depois de o jornalista ter a 12 de Janeiro de 2009 abordado o assunto numa crónica no JN.
"Porque é que em Portugal, em 2009, Nunes Liberato usa papel oficial da Presidência da República para falar de mim e do meu comportamento editorial à administração de quem me dá emprego?", escreveu na altura.

ESTADO PRESSIONA OS MEDIA OU VICE-VERSA: Arons de Carvalho acusa Mário Crespo de o pressionar

O socialista Arons de Carvalho acusou Mário Crespo de ter tentado que ele, então secretário de Estado da Comunicação Social, “interferisse na RTP, junto da administração”, para que o jornalista voltasse a ser correspondente em Washington e retirasse o processo disciplinar que lhe movera.
Na audição na comissão parlamentar de Ética, Arons de Carvalho referiu-se ainda a Mário Crespo para dizer que compreendia “muito bem a posição do director do JN”, mas que “talvez tivesse sido melhor ter publicado a crónica e depois logo se veria”. É que, acentuou, tal como o efeito da providência cautelar ao Sol foi o inverso do pretendido, "também neste caso, acho que a crónica só ganhou" visibilidade.
Antes o director do Diário Económico garantiu, na comissão parlamentar de Ética, que não tem notado que com o actual Governo haja mais pressões do que as que sempre houve com todos os outros governos de outros partidos.
António Costa acrescentou que, na sua opinião, não há “pressões legítimas ou ilegítimas, há pressões”. Sublinhou depois que ser director “é um risco” e que é mais pressionado pelos agentes económicos, financeiros e empresariais do que pelos políticos.
“O que é que condiciona mais a liberdade de Imprensa: um telefonema do primeiro-ministro ou cortes salariais aos jornalistas?”, foi uma das perguntas que deixou António Costa.
Quanto à eventual mudança da linha editoral no sentido de aproximação ao Governo, após a compra do Diário Económico pela Ongoing, Costa foi peremptório em afirmar que “nada mudou” e que nunca foi condicionado pela administração.
Ao ser questionado sobre a natureza da Ongoing, António Costa fez questão de acentuar que os gestores “não são pára-quedistas na Comunicação Social”.
Reiterou que a notícia que o DE publicou sobre o interesse da empresa espanhola Telefónica na Prisa “foi apenas jornalístico”.
Os deputados quiserem saber se António Costa teria editado a crónica de Mário Crespo. A resposta foi directa: “Como notícia não publicaria, mas como crónica, sim”.
Criticou ainda o primeiro-ministro por ter eleito a comunicação social como alvo. "Deitou-se na cama que fez e acabou por pagar mais do que outros governantes, pela forma como gere a relação com a Comunicação social", disse.

O ESTADO MANIPULA OS MEDIA OU VICE-VERSA: Despacho do PGR: Sócrates desconhecia compra da TVI

O procurado-geral da República considerou no seu despacho sobre as escutas do caso Face Oculta que nas referências feitas ao primeiro-ministro não existe uma só menção de que José Sócrates tenha proposto, sugerido ou apoiado qualquer plano de interferência na comunicação social, disse fonte conhecedora do processo.
No mesmo despacho de arquivamento, adiantou hoje a mesma fonte à agência Lusa, o procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, refere que das escutas telefónicas feitas no âmbito do processo Face Oculta não resulta sequer que o primeiro-ministro, José Sócrates, tenha proposto, sugerido ou apoiado a compra pela PT de parte do capital da PRISA [que detém a TVI], tal como não se mostram claras as circunstâncias em que teve conhecimento do alegado negócio.
Pelo contrário, o PGR considera que nas escutas há informação de descontentamento do primeiro-ministro, resultante de não terem falado com ele acerca da alegada operação.
Na edição de hoje, o Jornal de Notícias adiantava já que o procurador-geral da República "não encontrou provas do plano de Sócrates para interferir na comunicação social" e que, perante os indícios até àquela altura recolhidos pelos investigadores do caso Face Oculta, entendeu que não deveria mandar investigar José Sócrates.
Ao ser questionado pela revista Visão a propósito da leitura oposta que fez do magistrado do Ministério Público de Aveiro encarregado do processo Face Oculta, que sustenta que há "indícios muito fortes da existência de um plano" do Governo "visando o controlo da TVI", o PGR afirma: "Tenho muita consideração pelo senhor procurador de Aveiro, que é um bom magistrado, mas, obviamente, como PGR, não estou obrigado a concordar com as suas opiniões jurídicas".
"Não encontrei, nem nenhum dos magistrados que comigo colaboraram encontraram indícios que apontem para o cometimento do crime de atentado ao Estado de Direito, que não foi certamente previsto para casos como este", refere Pinto Monteiro.
Para Pinto Monteiro, "eventuais propostas, sugestões, conversações sobre negociações que, hipoteticamente, tenham existido no caso em apreciação não têm idoneidade para subverter o Estado de Direito".
"Poderão ter várias leituras nos planos político, social ou outros, mas isso não corresponde, necessariamente, à constituição de crime", argumenta também o PGR.
Depois de realçar que "as escutas, só por si, sem confirmação por outros meios de prova, não constituem elementos probatórios idóneos", Pinto Monteiro considera que "o chamado caso das escutas, no processo Face Oculta, é neste momento meramente político".
"Pretende-se conseguir determinados fins políticos utilizando para tal processos judiciários e as instituições competentes. É velho o esquema. Como facilmente se constata na Procuradoria-Geral da República, poucos políticos relevantes 'escaparam' a esta armadilha política", acrescenta.
A PJ desencadeou a 28 de Outubro de 2009 a operação Face Oculta em vários pontos do país, no âmbito de uma investigação relacionada com alegados casos de corrupção ligados a empresas privadas e do sector empresarial do Estado.
No decurso da operação, pelo menos 18 pessoas foram constituídas arguidas, incluindo Armando Vara, vice-presidente do BCP, que suspendeu funções.
Segundo o PGR, o primeiro-ministro apareceu em 11 escutas feitas a Armando Vara no âmbito do processo. O PGR considerou que nessas escutas "não existiam indícios probatórios que levassem à instauração de procedimento criminal", tendo também o Supremo Tribunal de Justiça decretado a sua nulidade e ordenado a sua destruição.

ESCÓRCIO SOLIDÁRIO COM SÓCRATES: UMA INSUSTENTÁVEL PERSEGUIÇÃO NUNCA VISTA

Há muita história mal contada. Tal como em outros momentos, quando pedem provas aos críticos, assobiam para o lado, do jeito: não sei, mas que ele está envolvido está! Ora bolas...

Já não tenho idade para cair em ingenuidades. Ou melhor, deixo-me ir naquelas que me dão algum prazer na vida porque nem tudo deve ser levado muito a sério. Por isso, tento parar, escutar, analisar e, só por fim, posicionar-me. Na política, então, por uma questão de princípio, não deixo que as vestes partidárias violem a minha consciência.
E tudo isto a propósito do que tenho vindo a presenciar relativamente ao comportamento político, social, ético e moral do Primeiro-Ministro José Sócrates. É inaceitável o que desde há muito, através das manobras do bas-fond político, dos interesses e apetites pelo poder, lhe movem no sentido do seu afastamento. A perseguição é total e por todos os meios. E digo isto porque, mesmo considerando que a Justiça funciona menos bem no nosso País, quando o Senhor Procurador Geral da República não encontra, nas tais escutas, matéria relevante para o incriminar, sou levado a acreditar que só a alguns interessa continuar a esgravatar. Quando um Homem político, com as responsabilidades de primeiro-ministro, pressionado a todo o momento pela oposição e por muitos comentadores, surge, à hora dos telejornais e comunica ao País que nunca teve, não tem e não terá objectivos de controlo da comunicação social e que o que lhe estão a fazer constitui claríssimos ataques de carácter, sou levado, na compaginação das decisões dos Tribunais, a concordar com aquilo que ontem à noite transmitiu ao País, e a admitir que, de facto, muitos interesses políticos se movem no sentido do seu derrube político.
Aliás, quem está atento sabe que Portugal vive hoje numa total liberdade informativa e comunicativa e que não existem condicionamentos. Basta ver e ler tudo o que é publicado em jornais, revistas e pela própria televisão. Esta "face oculta", penso que não tem pernas para andar. Aliás, as últimas sondagens de opinião continuam a dar ao PS e ao Engº José Sócrates uma larga vantagem no sentido de voto. Percorro a imprensa internacional e não vejo ninguém preocupado com a "face oculta", pelo que, tratando-se, fundamentalmente, de uma questão política pela conquista do poder, eu diria que a oposição se organize e dispute o poder, com propostas, com seriedade e não através de processos que de todo não são legítimos. E já que se fala de comunicação social, que tal um olhar para o que se passa na Região da Madeira, sobretudo com o JM?
O País não segue um bom caminho. Temo que esta situação descambe. Torna-se necessária muita serenidade e bom senso para que Portugal consiga superar as dificuldades, recuperar no plano económico, prestigiar as instituições, gerar confiança e equilibrar as contas públicas. Essa deverá constituir uma tarefa de todos os portugueses, com propostas consistentes e não através de fait-divers que apenas servem para distrair as pessoas do que é mais importante. Tudo isto cansa e já cheira muito mal!
Mas atenção, darei a mão à palmatória se as minhas leituras de processo, as minhas convicções não forem correctas. Significará, certamente, que fui ingénuo.

ESCÂNDALO: SÓCRATES EM EXCESSO DE VELOCIDADE MULTADO PELA BRIGADA C7-MMV-LFM


Finalmente, e já não era sem tempo, Sócrates foi apanhado: Gonçalo, Filipe, Eduardo, e Sancho, escondidos numa curva da A8, apanharam José Sócrates: ia em excesso de velocidade e foi, obviamente, multado. Seguem-se os autos. Até que enfim. Só falta agora o PGR mandar arquivar o caso e o STJ mandar destruir!

O ESTADO MANIPULA OS MEDIA OU SÃO OS MEDIA QUE MANIPULAM O ESTADO DE DIREITO DEMOCRÁTICO?

"hoje não são tanto os media que têm que defender a sua posição contra o Estado, mas, inversamente, é o Estado que tem de acautelar-se para não ser cercado, isto é, manipulado pelos media".

- Não há crime - disse ele, António Santos Carvalho, juiz-conselheiro do Tribunal de Contas

Para António Santos Carvalho, juiz -conselheiro do Tribunal de Contas, as explicações do procurador-geral "são claras e do ponto de vista jurídico encerram a questão, por se tratar do esclarecimento bastante de um caso resolvido em última instância". Santos Carvalho defende que "mal ou bem, do ponto de vista do direito, as decisões de última instância não só têm de ser acatadas, como nem sequer envolvem em responsabilidade judiciária".

Em suma, no entender deste juiz, "o procurador-geral, ao referir que não há indícios que autorizem a investigação criminal de um crime de atentado ao Estado de direito, perante os materiais que lhe foram presentes e porque outra instância superior judiciária lhe não é sobreponível, tomou uma decisão que deve ser aceite de pleno e, como tal, desautoriza as ofensivas políticas que tenham base na refutação do seu despacho". Por isso mesmo, salienta, "continuar a alimentar o caso ao contrário destes princípios significa a instrumentalização do aparelho judiciário no campo da política, que deve ser servida por outro tipo de motivos e razões: degrada-se a justiça e degrada-se a política - assim sim, há crise do Estado de direito".

- Não há crime - disse ele, José Augusto Rocha, presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Avogados

"as declarações de Pinto Monteiro "são esclarecedoras e tornavam-se necessárias face ao conhecido "efeito de pelourinho" em que o estavam a envolver conhecidos meios de comunicação social e as vozes das novas Erínias de comentadores oficiosos de interesses bem referenciados".

O que se conhece das escutas, que Augusto Rocha classifica de "ilegais", "de forma alguma integra os pressupostos, a estrutura axiológica normativa e o bem jurídico dos crimes contra a realização do Estado de direito", afirma, sublinhando que "nessa acusação" se pressente "uma cultura antiga e que nada tem a ver - essa, sim! - com a realização do Estado democrático".

Referindo-se concretamente à questão da liberdade de imprensa, este advogado defende que esta é "cada vez mais um poder de poucos, onde cada vez mais relevam os interesses económicos dos grandes grupos". E sublinha que "hoje não são tanto os media que têm que defender a sua posição contra o Estado, mas, inversamente, é o Estado que tem de acautelar-se para não ser cercado, isto é, manipulado pelos media".

- Não crime - disse ele, o Procurador Geral da República

- Não há crime - disse ele, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça

José Sócrates cometeu um crime contra o Estado de Direito?

Convém não esquecer: a comissão de ética está a ouvir meio mundo no pressuposto de que José Sócrates contra o Estado de Direito. Depois, diz-se, é preciso separar a questão judicial da questão política. Neste caso, elas são inseparáveis, visto que a Comissão ouve pelo que decorre de um eventual crime. Mas separemos: da política - se o Primeiro-Ministro não tem condições, a Oposição que aja, se houver coragem. Mas o que é que ela quer? Que o PS afaste Sócrates. Sem eleições, claro, um governo frágil, sem legitimidade eleitoral, à mercê do PR. Depois, é só afastá-lo, por isso mesmo e com o argumento de que, ao contrário de Sócrates, o tal Primeiro-Ministro fabricado por Pacheco nas Caldas, seria atacado por falta de legitimidade eleitoral. O Pacheco julga-se iluminado. Não havendo coragem política, vamos à questão judicial e deixar falar quem fala.

«Mentiroso»...

... é o argumento deste. Baseado em quê? Ora, mas isso o que é que interessa?

Publicidade: Turismo contraria José Manuel Fernandes

O Turismo de Portugal negou que tenha prejudicado o Público, esclarecendo que as inserções publicitárias que fez no jornal, na altura dirigido por José Manuel Fernandes, "foram aquelas que constavam inicialmente na proposta da Carat".

Quarta feira, o ex-director do diário, na comissão parlamentar de Ética - no âmbito do processo sobre liberdade de expressão e alegada interferência do Governo na comunicação social -, afirmou ter conhecimento de que o Turismo de Portugal deu instruções a uma agência de meios para não divulgar uma campanha publicitária no jornal que dirigiu. Fonte oficial do organismo disse que tais declarações "não correspondem à verdade", adiantando que a contratação de publicidade é distribuída pelas centrais de meios (responsáveis pela intermediação da venda de tempo/espaço pelos Media) através de um concurso público e que "as inserções que o Turismo de Portugal fez no Público foram aquelas que constavam inicialmente na proposta da Carat, nem mais nem menos".

"O Turismo de Portugal trabalhou com a OMD até final de 2008, passou a trabalhar com a Carat a partir do concurso público efectuado em 2009 e tem actualmente em curso o lançamento de novo procedimento concursal para a contratação de publicidade a efectuar nos próximos meses", adiantou, esclarecendo ainda que a "proposta seleCcionada pelo júri é que potencia o valor atribuído ao plano de meios".

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O Chefe do Governo vai falar à Nação


José Sócrates, Primeiro-Ministro de Portugal, por vontade soberana e livre da Nação expressa nas urnas, vai falar aos Portugueses às oito em ponto da noite. Certamente não deixará de responder a certos sectores que vêm desencadeando nos últimos anos, e que se agudizou depois das eleições, uma campanha de cariz fascista contra o Estado de Direito, cujos alvos são, além do Primeiro-Ministro, instituições como o Banco de Portugal, a Procuradoria Geral da República, o Supremo Tribunal de Justiça e que já atingiu a própria Presidência da República, como se viu ontem e hoje na Comissão de Ética, o que, aliás, já mereceu repúdio da Casa Civil do Presidente da República.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

De índole fascista, SIM!

Sim, de índole fascista, em que há um não reconhecimento do resultado das urnas, obtido em eleições livres, tal como na Alemanha dos anos trinta; sim, de índole fascista em que o respeito e o prestígio dos titulares só é reconhecido aos da ideologia; sim, de índole fascista, em que o adversário é alvo de assassinato de carácter e enxovalhado; sim, de índole fascista, em que há uma dinâmica revolucionária em que a violência física está claramente insinuada, quando não declarada; sim, de índole fascita, em que o processo de constestação da legitimidade só termina com a aniquilação do adversário. Sim, de índole fascista, em que as eleições com resultado desfavorável são um pormenor que não conta. Exemplo: o que é que se diz de Sócrates antes das eleições que não se diz agora? Que não tinha condições para exercer o cargo. E o que é que interessou o resultado das eleições? Nada! Sim,há uma dinâmica antidemocrática e fascista.
P.S. - Se o Sócrates teve tentações? Oh homem, e quem é que não tem, só que , a democracia funcionou! E , oh, homem, e , gosta?

Comissão Política do PS-M - 5 pontos


1. Voto de protesto contra o baixo nível do investimento do PIDDAC na RAM.
2. Voto de louvor a Luís Miguel França pela atitude de autonomia estratégica na LFR.
3. Voto de Solidariedade ao SG do PS pela campanha de índole fascista de que está a ser alvo, que tem ainda como alvos o Governador do Banco de Portugal, o PGR e o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça. ou seja, o Estado de Direito Democrático.
4. Proposta de recomendação ao GP para que pondere uma iniciativa legislativa para baixar em 10% os vencimentos dos titulares de cargos públicos.
5. Recomendação ao Secretariado do Partido para que pondere a questão das quotas.

Onde é que a supervisão não falhou?

Se a supervisão e as entidades reguladoras não houvessem falhado, não existiria a atual crise. No caso do BCP, por exemplo, as garantias exigidas pelo Banco de Portugal foram acrescidas. Uma questão que se coloca é a de se saber se quem falhou foram as entidades reguladoras ou as entidades judiciais. Já agora, conhece algum país onde as entidades reguladoras tenham previsto e prevenido a crise?

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Consciente de quão efémero é o poder, Sócrates reúne o Secretariado Nacional do PS na Quarta-Feria de Cinzas

A quarta-feira de cinzas é o primeiro dia da Quaresma no calendário cristão ocidental. As cinzas que os cristãos católicos recebem neste dia são um símbolo para a reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida, recordando a passageira, transitória, efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.

Victor Constância nomeado Vice-Presidente do Banco Central Europeu: alguém já se esqueceu da campanha do CDS contra ele?

Ou será que ele foi nomeado por ser boy do PS?

Sectores Antidemocráticos lançam campanhas contra os principais órgãos do Estado: Primeiro-Ministro, PGR, Presidente do STJ, Banco de Portugal

Sectores antidemocráticos de Direita, com o apoio de certa esquerda, lançaram uma campanha contra os principais órgãos do Estado, com excepção do PR, com o fim de os descredibilizarem. É interessante que, quando a Direita está no poder, nada disto acontece. Estas movimentações têm dinâmica de índole fascista e visam claramente atingir o cerne do funcionamento do estado de direito democrático, pondo em causa o voto popular e as decisões da Justiça, que convém desvalorizar enquanto não forem favoráveis aos desígnios obscuros destes sectores.

PIDDAC - OS VALORES ATRIBUÍDOS À MADEIRA DEVEM SER REFORÇADOS EM SEDE DE DISCUSSÃO NA ESPECIALIDADE

Esta diferença não se justifica:

PIDDAC-2010)
21,4 milhões de euros para os Açores
427,6 mil euros para a Madeira.

Despesas de soberania, Adriano Moreira

Uma novidade que despertou por exemplo a atenção de Friedman quando, em The Lexus and the Olive Tree (2000), vaticinou que o futuro, num mundo global, pertencerá a inovadores e simples utilizadores ligados às redes da informação e do saber, podendo na relação estarem empresas ou consumidores, superpoderes ou indivíduos dotados de altas capacidades de intervenção.



Por muito que o soberanismo clássico resista à reformulação do conceito para atender à dureza dos factos, a crise é evidente, com uma erosão que empurra muitos dos antigos médios e pequenos Estados para a categoria de exíguos. Também com as velhas grandes potências ocidentais a organizar-se em grandes espaços com definição política incerta, com a superpotência sobrante a mostrar demorado reconhecimento dos poderes emergentes no antigo chamado resto do mundo, e a compreender que o unilateralismo multiplica os desafios e aconselha a meditar sobre a metodologia da cooperação para equilibrar a capacidade e evitar uma ruptura semelhante à fadiga dos metais.

Entre os analistas mais vocacionados para encontrar um paradigma racionalizador da mudança em curso, com alguma salvaguarda da função antes dominante dos Estados, os factos parecem encaminhar a percepção incerta para a cautelosa hipótese de que o modelo do state center paradigm cede a um world politics paradigm.

A nota dominante é que o processo decisório, em cada desafio que se agudiza, se traduz numa negociação entre uma pluralidade de agentes, certamente entre eles muitas sedes de poderes políticos, mas com uma heterogeneidade de intervenientes que emergem de uma espécie de sociedade civil transestadual, e com vinculação institucional a centros que não possuem a validação do direito internacional.

Uma novidade que despertou por exemplo a atenção de Friedman quando, em The Lexus and the Olive Tree (2000), vaticinou que o futuro, num mundo global, pertencerá a inovadores e simples utilizadores ligados às redes da informação e do saber, podendo na relação estarem empresas ou consumidores, superpoderes ou indivíduos dotados de altas capacidades de intervenção.

Quando, em 1995, por exemplo, os jornais noticiaram que Bill Gates tivera conversações com Jiang Zenin, na China, comentadores divertiram-se a imaginar que os EUA eram uma subsidiária da Microsoft Corporation, com isto reconhecendo que os poderes internacionais não eram necessariamente Estados, e que a soberania tem concorrentes de nova espécie.

Sendo inquietante que a globalização económica frequentemente faça recordar a geografia da fome de meados do século passado, exige empenhamento lidar com o facto de que é nessas paragens que a invocação da ilusória soberania aparece como único recurso, designadamente a muitos dos países latino-americanos onde 40 por cento da população vive na pobreza ou na miséria, redefinindo uma esquerda na qual finalmente se inscreve Evo Morales, um cocalero da Bolívia.

O Fórum Social Mundial, nesta data a lutar contra o que chama a hegemonia mediática que foi causa de uma das grandes crises da UNESCO, vai-se perfilando como resposta ao G8 dos mais ricos, tudo sendo uma emergência que se define articulada no seio da anarquia madura em que se traduz a imagem da comunidade internacional em mudança.

Voltando à previsão de Friedman, os pequenos países, que são os mais atingidos pela crise do Estado soberano ainda quando são sólidos como Estados-Nações, também cada vez mais sabem que as despesas de soberania exigem reformulação, e que o seu acento tónico se desloca para conseguir uma relação sólida da população, dos responsáveis pela formação científica e técnica, das entidades económicas e dos quadros estaduais às redes da informação e do saber.

Trata-se de uma situação em que a diplomacia também necessariamente se reformula para encontrar, e reconhecer como interlocutores, não apenas governos, também multinacionais e activistas, centros eventualmente a lutar por objectivos contraditórios, por vezes a vitória na guerra, por vezes o lucro, mas por vezes, e acima de tudo, a dignidade dos homens e dos povos.

Estamos numa circunstância de fortes carências financeiras do Estado, de crise económica, de quebra dos valores da sociedade de confiança.

A exigência de uma meditação sobre o núcleo essencial e renovado das despesas de soberania, na sua relação com a sociedade da informação e do saber, com uma identificação dos interlocutores emergentes para além dos Estados, com uma perspectiva de sociedade transnacional em mudança, deriva imperativamente de um conceito responsável de governo.

As despesas de soberania não são um conceito que inclui apenas as tradicionais funções, entre as quais avultam a defesa e a segurança. Temos desafios que são identificadamente novos, e entre eles o desafio científico e técnico exige uma perspectiva de soberania.

Agora já não é grave?

Não.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O que dizem os comentadores de Direita sobre o candidato preferido do PSD-M, Rangel

Heresias
O problema de Rangel
Paulo Rangel destaca-se entre os nossos políticos – pela inteligência invulgar e natural aptidão para o desempenho de cargos públicos.


Apesar disso, não creio que seja o melhor presidente para o actual PSD.

A sua candidatura foi procriada e impingida pelos interesses político-geriátricos que condicionam o PSD. Rangel colocou-se a si mesmo na posição de ser o continuador do pior do ‘leitismo’: a recusa obstinada na renovação do PSD, o irrealismo de Pacheco Pereira, as cedências vergonhosas a Preto e a Jardim e o temor reverencial pelos acomodados do cavaquismo. Rangel tornou-se na bandeira ocasional dos que preferem o PSD da ‘mesmice’ a que nos habituou desde 1995 – sem vigor de alternativa mas com os mesmos de sempre a fazerem o que querem do partido.

OLHA DE QUEM É AFINAL A FACE OCULTA: Notícia dedicada a um grande santanista


'Face Oculta'
Godinho pagou a Santana Lopes
A investigação às contas bancárias do sucateiro refere como movimentos suspeitos quatro cheques. Três deles estão em nome de Santana Lopes e um foi para o irmão do ex-líder do PSD.


Saiba todos os pormenores na edição em papel do jornal 'Correio da Manhã'.

GUERRA CIVIL NO PSD: PSD/Madeira ameaça com ruptura caso Passos vença directas

Dirigentes e deputados madeirenses acusam o candidato de fazer o jogo do PS e de ser "marioneta" de grupos económicos


Hugo Velosa, deputado do PSD/ /Madeira na Assembleia da República, antevê um clima de ruptura entre o partido liderado por Alberto João Jardim e uma nova liderança do PSD nacional encabeçada por Passos Coelho.

"Vai ser uma alegria. Para já não acredito que Pedro Passos Coelho ganhe as eleições internas, mas se tal vier acontecer, o PSD/M terá uma outra actuação para com o PSD nacional… e deverá encontrar outras hipóteses. Com ele, não haverá solidariedade! Espero que não haja um militante da Madeira a votar Passos Coelho", disse Hugo Velosa ao DN.

Apesar de não adiantar mais pormenores, o que o deputado do PSD/M deixou nas entrelinhas é uma hipótese há muito ventilada nos meandros sociais-democratas regionais. O PSD/M, dada a sua autonomia em termos financeiros e de estrutura, pode, um dia, transformar-se num novo partido, de cariz regionalista e romper de vez com as ligações ao berço da Lapa. Uma coisa é certa. Quando Passos defendeu que a Madeira não pode ser tratada de forma diferente do resto do País, demonstrando desacordo pela recente aprovação da Lei das Finanças das Regiões Autónomas, abriu uma guerra com o PSD/Madeira. Hugo Velosa diz-se "nada surpreendido" com esta posição porque "há já algum tempo que constatei que Pedro Passos Coelho é o candidato apoiado pelo Partido Socialista, basta ver que algumas das coisas que defende coincide com as ideias de muitos socialistas e de comentadores ligados ao PS. E este é o candidato do PSD? É uma grande decepção", reiterou.

Alberto João Jardim acusou PPC, após o Conselho Nacional da passada sexta-feira, de ter "traído a unidade do partido", considerando, inclusive, que a partir de agora, para ele, só há dois candidatos, Paulo Rangel e Aguiar Branco. Em entrevista à TVI, Passos disse que não precisava da "licença ao dr. Alberto João Jardim para dizer o que penso". Medeiros Gaspar, deputado do PSD/M ao parlamento regional, acha que, nesse aspecto Jardim até ganha. " Se há alguém que nunca precisou de ninguém para dizer o que pensa, essa pessoa é o dr. Alberto João", afirmou ao DN. Daí que ache que Passos terá "muita dificuldade em reunir apoios na Madeira depois da declaração que fez sobre a Lei das Finanças Regionais. Lamento mas é a verdade", reiterou. Neste aspecto, as fileiras estão cerradas Luís Filipe Malheiro, membro da comissão política, chefe de gabinete do presidente da Assembleia Regional e um dos homens mais próximos do líder madeirense, diz que Passos Coelho "é um candidato fabricado e manipulado pelos grupos económicos combatidos por Alberto João Jardim. Ele é uma marioneta, não se libertou das teias, e não tem perfil para ser líder do PSD nem uma alternativa séria e urgente ao cargo de primeiro ministro de Portugal", disse ao DN. Para Filipe Malheiro, Passos "em vez de se preocupar com umas migalhas das verbas para a Madeira deveria falar, por exemplo, dos milhões e milhões enfiados pelo Estado no BPN. Aliás, porque será que Pedro Passos Coelho, ainda, não falou deste banco?", questionou.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Manifesto: Pela Democracia, nós tomamos Partido

Já assinei!

Artigo de Luís Calisto: publicado aqui para ser lido pela blogosfera do regime, para ver se têm vergonha nas fuças!

Aquilo é um polvinho
Continentais dizem deter o recorde de agressões aos media. Que tal virem à Madeira?


O 'polvo' que estupora o panorama nacional dos media pode vir a proporcionar uma grande caldeirada. Porém a verdade é que ainda não passa de um polvinho. Um projecto de monstro alimentado por suspeitas, indícios, diz que disse, escutas publicadas às prestações, hipóteses, interpretações subjectivas, leituras partidárias tendenciosas, acusações e desmentidos, episódios e desculpas esfarrapadas. Portugal está em choque. Exige-se - e muito bem - esclarecimento cabal das acusações expressas de que havia um plano do governo de José Sócrates para tomar conta da comunicação social. Havia um plano. Que acontecerá naquele Continente se um dia se comprovar que o plano já resultou, como na Madeira? A Face Oculta mostra indícios fortes de que Sócrates queria ver a PT, através da Ongoing, comprar a TVI, a fim de o governo se ver livre de Manuela e seu Jornal Nacional e do chefão Eduardo Moniz. Escândalo badalado no País, como é mais do que natural. Mas... e se Sócrates, mais do que querer, já tivesse comprado a TVI, alimentando-a com dinheiros públicos e proibindo a estação de divulgar a opinião de políticos não PS, reservando toda a antena para quem obedece ao regime rosa, tal como Jardim faz aqui com o Jornal da Madeira, dispensando-se de guardanapo? Fizesse-o Sócrates e o País estaria hoje em situação de guerra civil.

Por ora, o que passa um pouco além da suspeita é que Sócrates esteve na origem do cancelamento de um noticiário semanal, o "Nacional" da sexta-feira de Manuela Moura Guedes. Levantaram-se protestos mais do que justos em todas os quadrantes da vida portuguesa. Mas imaginemos que, em lugar de um só noticiário semanal, Sócrates decidia fechar por inteiro um órgão de comunicação com mais de 130 anos e para isso usava todos os meios financeiros públicos necessários e todos os métodos ilegais, exactamente como Jardim faz na Madeira, no seu projecto assumido de levar o Diário de Notícias à falência? Ou então, de que grau na escala de Richter seria o terramoto na capital se Sócrates ameaçasse expropriar um jornal? Foi o que Jardim fez relativamente ao Diário, aliás com todo o País a ouvir. José António Saraiva do 'Sol' e a 'Sábado' atribuiram aos desígnios de Sócrates a interferência governamental nos jornais, através da redução de publicidade institucional nos órgãos incómodos e do aumento nos mais 'amigos'. A ERC, e muito bem, logo chamou os autores da denúncia para saber o que se estava a congeminar. Então... e se, mais do que a tentativa de usar a publicidade como castigo ou prémio, o governo de Sócrates tivesse mesmo cortado há mais de dez anos os anúncios oficiais a um órgão para os canalizar todos ao jornal da sua cor, tal como faz na Madeira o dr. Jardim? Que, além de negar publicidade ao Diário para a entregar ao JM, e ainda intimidar nos discursos públicos os empresários que anunciam no Diário, mandou que todos os órgãos públicos cortassem a assinatura do DN, incluindo escolas. Sócrates, que com toda a lógica paga já pelo atrevimento da 'tentativa de interferência', onde já não andaria se chegasse ao cúmulo que Jardim pratica nesta Região, com dinheiros públicos! Que aconteceria naquela Lisboa e arredores se Sócrates resolvesse governamentalizar o DN de lá até 99% do capital, injectar-lhe uma fortuna diariamente, e depois, apesar do crescendo assustador do passivo, torná-lo gratuito e agravar ainda mais as despesas com o aumento da tiragem e alargamento desenfreado da distribuição, tudo com a ambição de fechar os que não domina? Como reagiriam Correio da Manhã e Público, por exemplo, e quantos dias mais aguentaria Sócrates no poder? Pois é essa situação que existe na Madeira, sem tirar nem pôr, e bem à vista de todos. Sócrates foi acusado, neste final de semana, de andar a gizar uma tramóia tendo em vista controlar o DN-Lisboa, o JN-Porto e a TSF. Com essa 'bomba', o 'Sol' vendeu duas ou três edições no mesmo dia. Os leitores, com toda a naturalidade, quiseram conhecer o escândalo por dentro. Mas vamos que o 'Sol', mais do que contar uma história ilustrada com frases soltas extraídas das escutas, confirmava com letras garrafais umas diligências concretas de Sócrates para mudar directores e sanear jornalistas, como se tem visto na Madeira de há anos para cá, com sucesso em alguns casos? Sócrates foi criticado por atacar Manuela Moura Guedes - e muito bem criticado, pela falta de respeito e pelo menoscabo com que tratou uma profissional da informação, como legitimamente se realçou na altura. E se Sócrates fizesse como o sr. Jardim, que calunia, insulta e enxovalha diariamente os jornalistas com epítetos de corruptos, traidores, comunas, súcias, fascistas, tolos, incapazes, incultos, vingativos, desonestos, gente reles, mentes recalcadas, bastardos, exóticos, incumpridores de estatutos editoriais, ralé que não toma banho? E as jornalistas de vendidas, descompensadas, sovaqueiras...? Que seria de um Sócrates cavalgando tal paradigma? É claro - dirá algum leitor continental -, é claro que se Sócrates ou sátrapa mais bem pintado se atrevesse a tanto no Continente, sairia muito maltratado da refrega. O governo tem uma Constituição para respeitar. O patibular Cavaco Silva, que em tempos não lia jornais nem olhava de frente para os jornalistas, mas isso quando era primeiro-ministro de centro-direita, o 'homem do leme' puxaria da Constituição para fazer cumprir o texto de 1976. Sem vacilar, demitiria o candidato a ditador. E com todo o apoio nacional. Mas mesmo afectado por indícios e meras suspeições, Sócrates não está livre de cair. Quanto mais se repetisse as ilegalidades tornadas banais na Madeira! Pois. Cá para a parvónia é que não há Constituição a cumprir. O Presidente da República tem a queixa do Diário nas mãos e, quando veio cá, elogiou a "obra" de Jardim (obra da Madeira Nova que por acaso está a ser derretida pela chuva, tirando aeroporto e algumas vias rápidas). Quanto ao resto, Cavaco pediu paciência, já que "isto está perto do fim". Ou seja, vivamos em estado de sítio, sem Constituição, até ver, e não rebusquemos embaraços que desenterrem o "Sr. Silva". ERC, Jaime Gama, Almeida Santos, Manuela Ferreira Leite, Paulo Rangel, PS e oposição nacional, todos têm conhecimento do estado da comunicação social insular. Mas vivem entretidos com o 'polvinho' que brinca no Mar da Palha e no lago de Entrecampos. Preferem fingir que ignoram o polvão de braços longos e viscosos que sufoca a liberdade de informar na Madeira. Esse molusco predador que há 30 anos usa as medonhas ventosas para se alimentar a si próprio e a seus validos, que continua a turvar a vista dos Madeirenses cobrindo a babugem com a sua sinistra tinta camuflante. Solidarizemo-nos com as vítimas continentais das escandalosas suspeições. Aquilo vai tão mal por lá em matéria de atentados ao jornalismo que o próprio Jardim desabafou à porta do Conselho Nacional PSD, escandalizado com a falta de respeito pela liberdade de imprensa no Continente: "Num País com a tradição democrática como a Inglaterra, Sócrates já não era primeiro-ministro." Ninguém nos contou esta declaração. Ouvimo-la na rádio.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Nella Fantasia - Ben Escorcio on All Ireland Talent Show 31.01.10



Este é o primo Ben de uma amiga, concorrente num programa irlandês equivalente ao nosso "Ídolos". (recebida por email)

Demagogia ou moral? Imposto Extraordinário de Salvação Nacional

Virão os do costume dizer que a proposta de baixar os vencimentos dos poíticos é demagogia. Na verdade, o problema do País não está nos vencimentos dos políticos, nem nas fundações, nem nas empresas municipais que duplicam os serviços camarários, nem nos serviços de consultadoria pagos a peso de ouro, não, o problema não está em nenhum deles, o problema está no todo e não em cada uma das partes, mas são estas que formam o todo.
Na actual circunstância, defendo mesmo um Imposto Extraordinário de Salvação Nacional com carácter transitório e de cariz solidário para fazer face aos custos sociais a que neste momento o País tem de fazer face.

Mais Dinheiro para os Madeirenses, nada pró PPD: a proposta do PND se não tem ranço já é velha


A ideia do PND já é velha. Já o Bastaqsim a defendeu aqui e aqui, (19 e 31 de Outubro de 2008).

Em eleições, há derrotados e há vencedores. As convicções, porém, não se sufragam. Baixar vencimentos dos políticos é um acto moral no actual momento

Há quem tinha lido o que aqui escrevi, mas há talvez quem lhe tenha escapado o que reafirmei aqui. Por isso reafirmo, eu fui eleitoralmente derrotado no último Congresso. Não obstante a Moção que subscrevi ter sido aprovada, a estratégia que defendia, foi derrotada. Claríssimo. Agora, as convicções não são submissivas pelo sufrágio, senão os socialistas madeirenses já tinham deixado de o ser. E já agora não poderiam apresentar proposta na ALR. Por isso, a proposta que anuncio de baixar os vencimentos dos políticos na RAM trata-se de uma concretização das minhas mais profundas convicções socialistas. Peço a quem concordar com elas, dentro e fora do PS, que lute por ela. Essa proposta é um sinal de solidariedade àqueles que mais sofrem com esta crise. Vencido mas não convencido, ou, como dizia o grande democrata e impoluta figura, aquele que foi a consciência moral de todos os socialistas, "só é vencido quem desiste de lutar", Francisco Salgado Zenha.

Ponderação: estou a ponderar apresentar na Comissão Política PS uma Proposta de Recomendação ao GP para baixar 10% vencimentos dos políticos na RAM


Com esse dinheiro, e com outras medidas, e salvaguardado o princípio da não consignação, julgo ser possível arranjar fundos para um suplemento aos desempregados da Região. Estou a discutir o assunto com vários camaradas.

O Orçamento regional a bem dizer devia chamar-se Orçamento de Financiamento do Sistema Laranja: o monstro é insaciável e devora tudo!

Dinheirinho da nova LFR já tem destino: SD's querem mais 100 milhões! E não chega. Faça-se nova alteração à LFR, já!


E não chega, é preciso nova alteração à LFR.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Alberto João Jardim, sem os pruridos ideológicos de alguns socialistas,propõe compromisso histórico para Portugal.Já o faço para a Madeira desde 1996

Voltei a fazê-lo no último congresso e venho-o fazendo desde 1997: acordo global entre as diferentes forças políticas regionais para ultrapassar o bloqueio constitucional da autonomia. Acontece que alguns, que se têm, no PS, aproveitado das minhas ideias para mero protagonismo pessoal, não têm tido competência para as executar. Espero que, ao menos, aprendam com o arrojo de AJJ que tanto criticam mas invejam.

A Grande Coligação já tem líder: AJJ sugere "compromisso histórico" para Governal Portugal


Cavaco "terá que tirar ilações do acordo estabelecido entre 4 partidos"
~
A pergunta que aqui fiz, já tem resposta:

Alberto João Jardim declarou que a aprovação deste diploma na Assembleia da República, mesmo com a oposição do PS, veio demonstrar que "há solução alternativa de governo" para o país. Tal passaria por uma ampla coligação - PSD, CDS/PP, PCP/Verdes e BE -, a qual constituiria uma maioria no parlamento nacional. (...) provou-se com esta Lei que é possível (...) fazer um compromisso histórico que liberte o país de um partido que hoje não tem qualquer ideologia ou valores.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O "caso Crespo" e a liberdade, Vasco Pulido Valente

O primeiro-ministro resolveu almoçar com o ministro da Presidência e Jorge Lacão no restaurante do Hotel Tivoli, que é notoriamente frequentado por personagens da política, do jornalismo e dos negócios. Foi um almoço de amigos ou, pelo menos, de colegas de trabalho. Sem qualquer dúvida um acto privado. A certa altura, o director da SIC e Bárbara Guimarães pararam uns minutos na mesa dele e o primeiro-ministro, provavelmente inspirado pela companhia, resolveu dar a sua opinião sobre Mário Crespo, com quem anda com certeza furioso por causa do programa Plano Inclinado. Para Sócrates, como seria de esperar, Mário Crespo é um "problema a resolver", e devia (com Medina Carreira) estar higienicamente metido num manicómio. As pessoas sempre falaram assim na intimidade. Dizer mal do próximo é um prazer velho como o homem.

Mas Sócrates falou alto de mais. Tão alto que um coscuvilheiro qualquer conseguiu ouvir e começou a divulgar a conversa, ninguém sabe, ou pode saber, com que exactidão e respeito pela verdade. O que não impediu Mário Crespo de se erigir tragicamente em vítima e de contar o episódio numa "coluna" do Jornal de Notícias, que o director do dito jornal (que não é em bom rigor um tablóide inglês) se recusou a publicar. Isto provocou um enorme escândalo na imprensa e na televisão, que tomaram indignadamente o partido de Crespo e trataram Sócrates como se não houvesse a menor diferença ente o restaurante do Tivoli e a Assembleia da República. Não se percebe porquê. Parece que o primeiro-ministro não tem direito à privacidade ou que de repente a coscuvilhice se tornou numa fonte fidedigna e usável.

Se de facto assim é, daqui em diante nenhuma personagem com alguma notoriedade pública fica ao abrigo dos piores vexames. Nada agora, eticamente, impede que a imprensa e a televisão recrutem bandos de espiões com o propósito de recolher ou "extrair" todo o lixo disponível sobre criaturas de quem não gostam ou que, em geral, atraem audiências: políticos, músicos, jogadores (ou treinadores) de futebol e até, calculem, jornalistas. Claro que o exemplo vem de cima: vários deputados do PS já querem revelar na Net os rendimentos de cada um de nós. Tarde ou cedo, mais cedo do que tarde, vamos viver numa sociedade ao pé da qual a Ditadura passaria por um regime tolerante e digno. O "caso Mário Crespo" contribuiu consciente ou inconscientemente para apressar as coisas. Portugal nunca, no fundo, se habituou à liberdade.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Cavaco veta

Não haverá crise política, o ministro não se demitiu nem o governo o fará: tudo acabará às mãos de Cavaco, que vai vetar a LFR.

Afinal, quem lidera esta maioria? Eles já derrotaram o feroz Sócrates! Serão capazes do compromisso total e Governar o Império?




AJJ, 2 - Sócrates, 1

Não tenhamos dúvidas, Alberto João Jardim averba a segunda vitória sobre Sócrates, depois do primeiro round, em que foi derrotado na LFR em vigor, ganhou em 2007 as regionais e derrota Sócrates na AR, conseguindo criar, com cedências tácticas, uma maioria na AR, para uma nova versão da LFR.

Agrava-se a situação nas PILOP's, Províncias Ibéricas de Língua Oficial Portuguesa: Comandante Teixeira dos Santos fala às 8 a uma estação separatista

O que é que a baiana tem?

Afinal, o que é que AJJ tem? É ele um político isolado no plano nacional, como querem fazer crer certos sectores?


Alberto João Jardim está de parabéns, não há dúvida, e não é por fazer anos. Depois da quase unanimidade na ALR, consegue obter apoio maioritário na Assembleia da República para a sua vontade de alterar a Lei das Finanças Regionais em vigor. A verdade é que demonstrou uma capacidade negocial com partidos desde a extrema direita à extrema esquerda - Bloco de Esquerda, PCP, PSD nacional e Partido Popular - que desdiz a ideia que seria um político isolado no xadrez político nacional. É uma vitória política assinalável.

LFR: alastra a revolta nas colónias luso-ibéricas, fartas de ser exploradas pela Metrópole, leia-se Madeira



É o grito do Ipiranga: as províncias ibéricas de língua oficial portuguesa (as PILOP's), estão em convulsão: a Metrópole, leia-se a Madeira, não só não lhes manda um tostão para a sua defesa - elas que se amanhem e se defendam dos espanhóis - e ainda por cima quer a exploradora e rica Metrópole de PIB elevado lhes sacar cada vez mais dinheiro. Basta!, gritam. Queremos a Independência já! Não queremos mais obedecer às directrizes do parlamento da Madeira. Independência ou morte, grita-se nas capitais provinciais do Minho ao Algarve! A questão está já a ser analisada atentamente pela Comissão da ONU para os territórios não descolonizados.

Isto está encrespado, Raquel Gonçalves

Duas linhas

Mário Crespo acusou Sócrates de o querer silenciar. E fê-lo com base numa coisa que lhe contaram. Pior do que isso, numa conversa que alguém terá escutado num restaurante. Mário Crespo é jornalista e essa sua condição faz toda a diferença nesta história. Não só não há notícia no 'diz que disse', como também existe a regra de que o jornalista não é notícia.

Contudo, ao que parece, o Mário Crespo jornalista quis fazer tábua rasa de tudo isto e criar, à pala de uma bilhardice, um clima de vitimização. Quis aparecer como um perigoso jornalista a abater, mesmo que a ideia mais forte que tenhamos dele seja a de um senhor que conta histórias enquanto a meteorologia diz que vai chover a Norte e fazer sol a Sul.

É verdade que poder e liberdade de expressão não rimam, nem em Lisboa, nem cá na ilha. Mas uma coisa é essa dialéctica, e outra, completamente diferente, é esta ideia generalizada de que os jornalistas estão acima de qualquer suspeita ou crítica. Não estão. Fica mal isto de ir atrás de bilhardices de mesa de café ou de restaurante, dando-se uma importância que, de facto, não se tem.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Gonçalo, Sancho, Eduardo, não sei se LFM, indignam-se, e bem com o episódio Crespo. Óbvio, não estão habituados a que tratem assim os "bastardos"*

* sem tradução, Gonçalo, Eduardo, Sancho e LFM conhecem bem este idioma, não precisam de legendas!

Mais traições à Madeira em Lisboa: agora é o PSD que dá uma facada à Região!



O PSD-Madeira recua e faz alterações em Lisboa à proposta aprovada na Madeira, prescindindo de milhões de euros, abrindo, assim, ao deputado socialista Luís Miguel França espaço para votar contra a Lei, uma vez que aquela já não é a Lei a favor da qual o PS-Madeira votou!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A percepção do real na poesia de Fiama Hasse Pais Brandão

Disponível na Biblioteca Nacional

"A Esquina do Tempo"

Disponível na Biblioteca Nacional.

Rosa Lobato Faria

Calhandra e calhandrice



A propósito de calhandrices, vejamos alguns significados de vocábulos relacionados:

calhandrice(calhandro + -ice), s. f. Atitude de quem gosta de intrigas ou de boatos. = bisbilhotice, coscuvilhice, mexeriquice

calhandro (origem obscura)s. m.
1. Ant. Bacio grande e alto em que se despejam os pequenos.
2. Infrm. Casa de detenção. = cárcere, prisão

calhandra s. f.
1. Ornit. Espécie de grande cotovia de bico forte e voo rasteiro.
2. Calandra.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O Futuro chega cada vez mais depressa: Sexta-Feira é o Dia D

Sexta - dia em que também reúne a nova Comissão Regional do PS - é votada a nova versão da LFR. Do resultado e no resultado dessa votação, muita coisa está em jogo.

As mãos, Manuel Alegre



Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema - e são de terra.
Com mãos se faz a guerra - e são a paz.

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas, mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

E cravam-se no tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor, cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.

Presidente da República apela a um novo espírito de cidadania nas comemorações do I centenário da República